Está feito: A Activision Blizzard é oficialmente uma empresa Xbox

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69 milhões de dólares, mais de um ano (quase dois) de negociações, processos em tribunal, reviravoltas, polémicas e contratempos, finalmente a Activision Blizzard é oficialmente uma empresa Microsoft.

A oficialização foi feita, como previsto, horas depois do anúncio de que a última oposição ao negócio, a da Britânica CMA, tinha sido levantada, desimpedindo a concretização da compra. Esta concretização é uma vitória importantíssima para a Microsoft, não apenas a nível legal, tendo lutado contra várias autoridades para a concorrência mas também pela oposição cerrada de outros lados, inclusive de outras empresas do sector.

Com esta aquisição, a Microsoft Xbox passa a ser detentora de todas as empresas do grupo Activision, incluindo a própria Blizzard, a produtora e editora de jogos mobile King e vários estúdios como a Infinity Ward, Treyarch, Raven, entre outros. Também passa a deter várias franquia de peso como Call of Duty, Candy Crush (mobile), Crash Bandicoot, Diablo, Overwatch, Warcraft e muitas outras de vários níveis de popularidade. Inclusive Guitar Hero.

Uma das questões pendentes com este negócio era a continuidade do polémico CEO da Activision, Bobby Kotick. É que o executivo é uma das últimas figuras controversas desta indústria, tendo, não só sobrevivido a infames processos litigiosos no comando da empresa, como feito algumas intervenções embaraçosas ao longo dos anos. Para muitos, algumas decisões de carácter administrativo mais caricatas ou mais dolorosas vieram de Kotick e do executivo. Com a aquisição da Microsoft, especulou-se que Kotick teria os dias contados… e, de facto, assim será.

Segundo a carta aberta ao staff tornada pública, Kotick alega que o próprio Phil Spencer pediu que se mantivesse na empresa até final de 2023 para ajudar no processo de transição, “reportando a ele”. Não sabemos se isso irá acontecer no cargo de CEO mas, se está a reportar a outra pessoa, não soa, de facto, a um responsável máximo de uma empresa. Seja como for, no final deste ano Kotick deverá abandonar a Activision Blizzard. Pelo menos é o que fica implícito nesta carta.

Na altura do anúncio original de Janeiro 2022, criámos um artigo de “previsão” sobre o que poderia acontecer quando esta aquisição se concretizasse. Não podia estar mais actual, mantendo todos os pontos que especulámos. De facto, há ainda dúvidas se os jogos da Activision Blizzard continuarão mesmo a ser lançados nas plataformas da concorrência, mesmo com alguns acordos pontuais.

Contudo, foi louvável ver como a perspectiva de compra da Microsoft, mesmo com tantos revezes, deu novo ânimo a estúdios e franquias. Tirando alguns lançamentos mais ao lado, pelo menos Call of Duty e Diablo são sucessos sem precedentes. O futuro é risonho na parte criativa. Resta saber se os problemas internos do passado são mesmo passado.

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