EDOdyssey (1)

Análise – Elite Dangerous: Odyssey (Fase Alpha)

Quando em 2013 a Frontier Developments lançou a primeira versão de Elite Dangerous, na mente de cada jogador estava o “sonho” de um dia ser possível, não apenas navegar o espaço a bordo de naves, como descer delas e deambular a pé por planetas exóticos. É isso mesmo que Elite Dangerous: Odyssey oferece aos jogadores.

Na verdade, desde 2016 que já podemos explorar alguns planetas nesta vasta galáxia em jogo. Só não o podíamos fazer com a nossa personagem de pés assentes no chão. Tínhamos de usar um veículo motorizado, o que, na prática, acaba por ser uma extensão da nossa própria nave. Talvez por isso Elite Dangerous: Horizons não tenha sido a experiência que os fãs desejavam. A produção foi preparando o caminho para algo substancial, criando as naves com capacidades coop (multi-crew) e a criação do nosso avatar, culminando nas gigantes naves capitais na sua última grande actualização. Subitamente, em meados do ano passado, a produção anunciou finalmente o que já vinha a prometer há alguns anos. Uma nova expansão estava a caminho para finalmente nos colocar na pele do nosso Avatar, a percorrer bases e planetas de arma em punho. O tal “sonho” agora tornado realidade.

Convenhamos que a essência de Elite Dangerous é a de um jogo de simulação espacial, com elementos Role Play, exploração, economia e combate. Colocar uma nova experiência de jogador na primeira pessoa, que essencialmente resulta num First Person Shooter, é uma mudança radical de paradigma. Se Elite Dangerous e uma referência no género de simulação espacial, com poucos jogos a fazer frente, entrar no infame mundo dos shooters pode ser uma tarefa ingrata. Ainda assim, aqui estamos, com a Frontier a adicionar um novo género embebido num jogo francamente consolidado.

É algo inédito? Nem por isso. Anda por aí um tal de Star Citizen que pretende fazer exactamente o mesmo. Contudo, enquanto o jogo de Chris Roberts continua eternamente em produção, sabendo-se lá quando ficará pronto (se é que alguma vez ficará), Elite Dangerous já cá está. Tudo bem, Odyssey está em fase Alpha, ainda um pouco longe de estar completo. Mas, indiscutivelmente, a componente de simulação das naves está mais que consolidada e a de infantaria está agora a entrar na fase final de produção. O que demonstra bem a estratégia da Frontier. Ao invés de em 2013 prometer muito e encaixar tudo de forma incoerente num jogo disperso, foi criando algo sólido, construído por etapas, aperfeiçoando cada uma delas com expansões.

Com a dimensão que tem, tanto em jogo como na sua comunidade, quando Elite Dangerous: Odyssey estiver completo na sua produção, será a única experiência espacial completa, com simulação de combate no espaço e na primeira pessoa e com um sistema complexo de carreira em várias frentes. Dentro de alguns meses, segundo a produção no próximo do Verão, será possível pegar no nosso avatar, deambular pelas bases ou entrar na nossa nave e explorar toda a galáxia em busca de uma carreira como negociador, pirata, mercenário, caçador de prémios, enfim, são vocês que escolhem, sem pré-definições ou regras. Outros jogos proporcionarão sistemas mais complexos (EVE, por exemplo) mas, também aí este jogo será único pela sua simplicidade.

Mas, não estamos no Verão de 2021. Nesta fase Alpha, estamos ainda com um longo caminho para percorrer até a experiência ficar definitivamente completa. E mesmo assim, devemos ter diversas melhorias e adições de conteúdo nos meses seguintes. Tal como o jogo original, as diversas alterações na jogabilidade envolvem algumas mudanças de lógicas, upgrades técnicos e outras evoluções que precisam de polimento. A abordagem da Frontier, porém, é abrir as portas aos jogadores para participarem activamente no desenvolvimento de cada novidade. O que também é bastante diferente do que se faz noutros lados, com Alphas e Betas constantes que resultam em pouca interacção com os jogadores.

Esta não é uma análise a Elite Dangerous propriamente dito. Assumo que, por esta altura, se o conceito de Odyssey vos atrair, já devem conhecer o que o jogo base vos traz. Ainda assim, vou tentar resumir um pouco o que este título oferece para quem não o conhece. Tendo pela frente toda a Via Láctea, imaginem podem comprar uma nave e explorar cada sistema solar, cada estação espacial ou cada colónia erguida em planetas habitáveis. Pelo meio, temos uma reputação para construir. Esta reputação é dividida em capacidades de negociação, exploração e combate. A ideia é chegar ao estatuto de Elite em cada segmento, tornando-nos autênticas lendas e obtendo acesso a zonas exclusivas.

Contudo, a nossa evolução não será fácil. Podemos optar por ignorar as constantes guerras políticas de facções que resultam em batalhas reais pelo domínio de alguns sectores. Podemos nem sequer equipar armas nas nossas naves, optando por prospecção de minério ou pelo aborrecido comércio de especulação de componentes raros ou até no transporte de passageiros. Ainda assim, não podemos mesmo fugir desta galáxia em conflito, com piratas e mercenários em busca de um alvo fácil e até extraterrestres nada dispostos a negociar. Por outro lado, podem partir numa jornada de conflito, mas precisam ter cuidado com o prémio com que ficam por cada acto ilegal ou actividade ilícita.

E é muito fácil cair na tentação de atacar uma nave carregada de bens ou entrar num sector proibido para fazer contrabando. Isto, porque a principal medida de evolução, aquela que nos dá o verdadeiro estatuto na comunidade, é a nossa frota de naves. Só que as mais interessantes e úteis, são também as mais caras, havendo naves a custar centenas de milhar de créditos. Não, não precisam gastar dinheiro real para as comprar, todo o dinheiro que precisam é ganho em jogo mas o grind é a única forma de o conseguir.

Minerar será a actividade mais pacífica e mais “simples” para obter grandes somas. Contudo, temos de adquirir naves de dimensão considerável para carregar minério e equipamento próprio. E ainda temos de lidar com os piratas que nos atacam pela carga preciosa. Outra forma de ganhar bom dinheiro é como caçador de prémios. Mas, também aqui o desafio aumenta porque, não só o alvo nunca é alguém indefeso, como terá quase sempre uma escolta igualmente armada.

Felizmente, tudo isto é francamente facilitado pela componente multi-jogador, em que podemos jogar cooperativamente com outros Comandantes para obter lucro em conjunto. Os prémios por caçar meliantes são divididos, embora o minério seja angariado de forma individual. E, sim, combates PvP são possíveis, com jogadores literalmente a patrulhar bases à espera dos incautos.

Tudo o que descrevi acima é a base de Elite Dangerous. O que Odyssey vem adicionar é uma “humanização” do nosso avatar, por lhe permitir jogar de forma directa, sem ter de ficar confinando à sua nave. Essencialmente, poderemos fazer tudo o que está acima descrito e ainda executar missões na primeira pessoa. Contudo, nesta fase Alpha ainda não é possível usar o nosso Avatar já criado ou pilotar nenhuma das nossas naves em jogo. Como em todas as fases Alpha e Beta de Elite Dangerous, temos um perfil separado, dedicado às novidades desta nova expansão e inicialmente limitado em actividades, expandido-se em várias fases.

Assim, uma vez instalada a expansão, começamos com zero horas de voo, com a reputação igualmente a zero, com uma nave básica e apenas 50.000 créditos. Temos de criar um novo avatar e dar-lhe um nome, enfim, como se começássemos Elite Dangerous pela primeira vez. Notem que a vossa progressão nesta Alpha (e possivelmente também na futura Beta) não transitará para a versão final do jogo. O que significa que estarão só a experimentar as novas funcionalidades, ajudando a produção a melhorá-las. Ainda não estão a jogar no universo final do jogo. Aliás, todos os jogadores estão confinados a um único sistema, não sendo possível, para já, viajar além de 20 anos-luz em jogo.

A ideia da produção nesta fase é agrupar os jogadores numa só área, possibilitando uma maior interacção. Obviamente, é importante escolherem jogar numa sessão pública. Caso contrário, ao jogar numa sessão privada, por exemplo, nunca encontrarão outros jogadores. A alternativa é convidar amigos para jogar nessa sessão privada. Contudo, a opção multi-crew (jogo cooperativo em naves), por agora, não estará disponível.

Para explorar, temos muitas bases e estações espaciais para descobrir. Honestamente, tudo me parece francamente semelhante e com o mesmo design em todos os locais que visitei, embora a disposição das várias áreas me pareça aleatória. Como no caso dos planetas em jogo, muitos são gerados de forma procedimental através de um algoritmo. Uma vez descobertos, passam a constar da sempre crescente base de dados. O mesmo deverá acontecer com cada base ou estação.

O que torna tudo mais interessante é que o interior de muitas das bases que já conhecíamos, passa a estar moldado e acessível. É qualquer coisa de genial sair de uma nave no enorme hangar onde há anos estacionamos a nossa nave e poder andar à sua volta. E, pela primeira vez neste jogo, entrar no Concourse e ver outros humanos que não sejam elementos da tripulação das nossas naves.

Como já disse, não temos mesmo as nossas naves disponíveis. O jogo dá-nos uma pequena nave inicial (uma Sidewinder MkI) mas não faremos muito com ela. Inicialmente, estamos confinados a transitar entre planetas a bordo de um táxi. Por cada viagem, pagamos 100 créditos e a nave leva-nos sempre para um porto espacial ou coloca-nos na sua proximidade se não tiver ponto de aterragem. A “pior” parte é que a viagem é feita em “tempo real”. Ou seja, o comandante da IA faz toda a viagem como se fossemos nós a fazê-la, igualmente sem interrupções e usando a famosa Frame Shift Drive e tudo.

Num ambiente de simulação que Elite Dangerous sempre seguiu, não há lugar para algum formato de “fast travel”. O sistema de taxi Apex Interstellar pode parecer aborrecido mas é a solução ideal para viajar ao mesmo tempo que nos focamos na acção na primeira pessoa propriamente dita, que é o objectivo desta Alpha. E quando tivermos acesso ao jogo completo, mesmo assim, consigo ver-me a usar este sistema, se isso significa que me pode levar para onde quero automaticamente, sem ter de planear rotas ou logísticas. Só não sei se a pequena “Adder” nesta Alpha será a única nave usada como táxi. Espero que não, porque alguns destinos costumam ser bem longínquos para o seu fraco alcance.

Agora, a pergunta que todos farão: como é a interacção na primeira pessoa? Diria que é algo rude, embora esteja num óptimo caminho. Não há muito para inventar, tanto nos jogos de RPG como nos shooters na primeira pessoa. Aqui a movimentação da personagem é, digamos, competente, não ganha nenhum prémio de realismo mas também não compromete. Agora, o que eu não gosto mesmo é da complicação desnecessária com a mira no ecrã usando um sistema de tracking, como o Track IR. A produção está a trabalhar em melhorar esta interacção mas, por agora, usando o rato a mira aponta para um lado mas a nossa visão com TIR aponta para outro. O que cria um desfasamento crítico que é incrivelmente prejudicial na hora de começar aos tiros.

Aliás, nem sequer recomendo que partam para este jogo logo à procura de violência. Nas estações e bases que servem de “hub” para o jogo, não podem usar armas. Em zonas de missão, o uso de armas já é possível mas é um pouco ingrato nos primeiros instantes. O que é irónico para um novo elemento de jogo que, essencialmente, quer adicionar o género first person shooter. A sério, evitem missões de combate logo no arranque. Idealmente, devem escolher missões de angariação de itens, evitando alguma que envolva combate. E tenham em conta que algumas missões podem não antever tiroteios mas envolvem a invasão de alguma zonas restritas ou outras actividades ilícitas onde podem acabar ao tiros.

Já agora, é bem possível que se percam um pouco a procurar o que fazer nas primeiras horas de jogo. Não há um tutorial definido e não sei se a Frontier planeia algum. Já o jogo base “não nos leva ao colo”, obrigando-nos a explorar muito para conseguir entender as suas lógicas mais profundas. Aqui, acontece o mesmo. Acredito que a produção possa criar algumas ajudas mas também acredito que nunca terão um ícone a dizer “sigam por aqui”. Eventualmente, vão entender que há vários NPCs com quem poderão falar para obter missões, todos com diálogos diferentes (embora repetitivos ao fim de umas horas) e com níveis de dificuldade adaptativa.

Em cada base ou estação, terão imensos painéis de informação que agem como menus interactivos de cada base e da vossa personagem e onde também podem escolher missões. Carregando na tecla “Q”, terão também o menu pessoal do jogador, que funciona como um mini menu com quase todas as opções o que teríamos na nave. No rigor, este menu individual substitui aqueles menus flutuantes a bordo, embora seja navegado numa lógica de roda. Também encontrarão alguns vendedores para vender itens ou comprar novas peças de equipamento ou materiais especiais. Claro que inicialmente tudo é mais caro que 50000 créditos, pelas razões óbvias.

Voltando um pouco atrás, falemos então do combate na primeira pessoa. Como disse, esta é uma mudança de paradigma para uma produção nada virada para este tipo de jogabilidade. Também já mencionei que há alguns problemas de interacção, especialmente com a mira. E também já mencionei que há uma inerente dificuldade inicial para quem tem uma reputação ou equipamento de baixo nível. Contudo, depois de umas quantas missões simples, dinheiro ganho e equipamento comprado (e com alguma audácia), estarão prontos para testar a vossa sorte em alguma missão de combate. Regra geral, será uma missão de assassinato de algum meliante ou de limpeza de um grupo de inimigos. Ou então, é uma missão de infiltração que acaba em combate, para o qual devem estar preparados. As lógicas, contudo, são idênticas.

Sempre achei o combate nas naves deste jogo um tanto difícil de dominar quando se trata de combates contra adversários no mesmo nível. Se tiverem uma nave gigante e estão a lutar contra uma mais pequena, mesmo essa sendo mais ágil, o desfecho é previsível. Agora, contra naves equivalentes, por mais que sejam ases a manobrar, tudo se resume a um combate de atrito e alguma perícia. O mesmo acontece na primeira pessoa, com tiroteios de persistência e que convidam mais à estratégia, que andar a correr de arma em riste. Quando finalmente dominamos as dinâmicas e a mira errática, começamos a ganhar alguns duelos mas não duramos muito se os inimigos são numerosos e disparam todos na mesma direcção.

Como está agora, acho que o combate poderia ser um pouco menos desequilibrado. Bem sei que a preparação é tudo neste jogo, sendo bastante possível planear um ataque faseado, limpando bases inteiras com boas estratégias de combate e fuga, evitando múltiplos inimigos. Ainda será melhor se tiverem amigos para ajudar. Contudo, a acção beneficiaria bastante por ser ligeiramente mais fácil, permitindo que as nossas armas façam mais dano e que os inimigos não sejam tão precisos e persistentes. Por outro lado, falta aqui uma lógica de acção furtiva. Seria óptimo numa missão de roubo de informação poder eliminar adversários de forma silenciosa, por exemplo.

Outro elementos um tanto injusto é o hacking. Alguns sectores em algumas bases precisam de acesso especial que só é possível aceder subvertendo o sistema. Ora, no início não temos nenhuma forma de hackear os sistemas de nível mais elevado, o que nos impossibilita de aceder a uma boa parte dessas áreas. Ironicamente, é possível entrar nelas esperando apenas que um NPC abra a porta. Agora, cofres ou computadores de nível mais elevado, só com a habilidade de os hackear. Não seria justo podermos simplesmente hackear livremente e entendo que tenha de haver um incentivo à progressão. Contudo, ver tantas áreas vedadas numa base, onde possivelmente não voltaremos mais, parece-me um desperdício de recursos.

A nível gráfico e performance, nota-se perfeitamente que esta é uma versão experimental do jogo. Inicialmente, há algum deslumbre no nível de detalhe das novas áreas a explorar. Tudo é novo e obviamente queremos explorar cada canto. E nota-se que a Frontier gastou bastante tempo a criar personagens e áreas completamente novas. Contudo, há uma clara falta de polimento a nível visual, com algumas áreas a precisar de mais variedade. É algo que considero normal quando passamos de um ambiente vastíssimo, onde as bases e estações são vistas a uma certa distância e depois passamos para o seu interior para observar tudo de perto.

Por outro lado, temos esta nossa expectativa concreta do que é um jogo de acção na primeira pessoa ao nível visual. Achamos que tudo tem de entrar no plano hiper-realista, mesmo se tratando de um jogo de ficção científica e teoricamente impossível de recriar na realidae. Ainda assim, esperava mais no visual, pelo menos melhores efeitos visuais e melhores animações no geral. Há muito para polir ainda e espero que a Frontier aproveite este tempo para tirar ideias de outros FPS Sci-Fi consolidados. Se Odyssey apostar numa qualidade igual ou superior ao jogo base, porém, em breve estaremos a louvar o seu visual.

Numa nota final… bugs, muitos bugs… É o esperado numa Alpha. Desde personagens que flutuam no ar, erros nas animações e na detecção de colisões, a perdas de ligação aos servidores e crashes, experimentei de tudo. A única forma de entrarem já no jogo é através da pré-compra desta expansão na versão Deluxe Alpha. Como já expliquei, apesar de usarem o mesmo ED Launcher, não estarão a jogar a mesma versão estável do jogo final. Por isso, esperem estes e outros erros nesta versão de ensaios. É só mais um motivo para ajudarmos a produção a criar algo sólido ou, simplesmente, para esperar pela versão final.

Veredicto da Versão Alpha

Esta é, claramente, uma análise em progresso de uma expansão ainda em desenvolvimento. Elite Dangerous: Odyssey oferece uma integração pioneira num género de jogo completamente diferente do original. Isto obriga a um “jogo de cintura” que a Frontier Developments simplesmente tem de aprender a dominar. Não é fácil criar um novo género de raiz dentro de outro jogo, mantendo-se na familiaridade de algo já consolidado. É uma saída de uma “zona de conforto”, onde Elite Dangerous era já um produto final de elevada qualidade. Seguem-se semanas de aprimoramento e desenvolvimento para elevar Odyssey onde quer ir. Cá estaremos dentro de alguns meses para o revisitar e vermos onde “colocamos os pés”.

Elite Dangerous: Odyssey será lançado na sua versão final no final da Primavera para PC e nas consolas PlayStation 4 e Xbox One no Outono.

  • ProdutoraFrontier Developments
  • EditoraFrontier Developments
  • Lançamento29 de Março 2021
  • PlataformasPC
  • GéneroAventura, Shooter, Simulação
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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