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Análise – Razer Cynosa

Quando se trata de teclados dedicados a gaming, o preço pode facilmente atingir valores elevados. Mesmo assim, tem de haver alternativas mais em conta para um “simples” teclado. O Razer Cynosa pode ser a solução, sem perder a qualidade que já conhecemos da marca.

Os periféricos da Razer são normalmente tidos como um exemplo de excelência no mundo do gaming. Mas, porque muitas vezes se associa qualidade a preços premium e porque as tecnologias são também dispendiosas, alguns dos melhores teclados desta e de outras marcas podem ter preços proibitivos. O Razer Cynosa é uma excepção. Com um preço aconselhado de 69,99€, porém, nunca senti que o fabricante tivesse criado um produto com menos valor que os modelos mais caros. Mantém a qualidade de construção, teclas programáveis e possibilidade de configurar macros através do teclado. Por outras palavras, mantém todo o potencial de um teclado dedicado ao gaming.

O design deste modelo é simples. A nível de arquitectura, segue as linhas e formato dos demais teclados da Razer. Não possui o habitual bypass de portas USB ou Jack 3.5mm, mas já era de esperar essa ausência. As teclas são de médio perfil, algures entre as teclas de portáteis e as teclas mecânicas mais altas. Todas possuem iluminação independente e estão alojadas num chassis de plástico. Não existem teclas adicionais para macros nem as dedicadas às funcionalidades multimédia. Estas características fazem deste um teclado simples com as medidas de um teclado francamente convencional, pensando cerca de 900g.

A nível de performance, a grande diferença em relação aos teclados mais caros está mesmo nas suas teclas. Conforme já expliquei, deixam de parte os switches mecânicos a favor da tecnologia Mecha-Membrane, que a Razer já nos tinha apresentado no modelo Ornata. Desta vez, porém, diria que estas teclas híbridas têm um toque mais suave e silencioso. Se for o vosso primeiro teclado para gaming, não irão sentir grande diferença em relação aos mais convencionais. Contudo, para quem já passou tempo considerável com um teclado mecânico irá imediatamente sentir o contraste.

Fazer esta mudança dos cliques enfáticos dos interruptores mecânicos para a resposta suave das teclas de membrana, pode ter um impacto importante no feedback que, por sua vez, pode mesmo ter efeitos na nossa forma de jogar. Mesmo depois de passar um tempo considerável a familiarizar-me novamente com o uso de switches de membrana, a falta de feedback às vezes deixou-me a pensar se tinham sido registadas. Mas, uma coisa é certa, estas teclas são super silenciosas e isso é algo pode ser muito importante. Sobretudo naqueles jogos que se arrastam noite dentro e há quem queira dormir.

Em termos de funcionalidades embutidas na sua operação, este teclado traz consigo as novidades dos modelos anteriores. Possui um sistema anti-ghost até dez teclas, querendo com isto dizer que podem pressionar até um máximo de 10 teclas sem se anularem. Este era um problema comum em teclados de membrana clássicos, já agora. Com a chegada do protocolo USB, o número máximo de teclas em simultâneo aumentou. Mas pressionar 10 teclas em simultâneo num teclado, continua a ser um feito do sistema anti-ghost proprietário da marca da cobras. Obviamente, duvidamos que a maioria dos jogadores vão pressionar 10 teclas em simultâneo, mesmo com macros à mistura.

Uma vez mais, uma grande vantagem de um teclado Razer vem do uso do software Razer Synapse. E mesmo com este teclado “mais em conta” é possível fazer muita coisa. Isso inclui, não só as opções básicas, como desligar a tecla Windows, alt+tab e alt+F4, como também dar uso à nova opção HyperShift que falámos há pouco tempo na análise do rato Naga Trinity. Para quem não conhece, esta opção permite-nos adicionar uma função secundária às teclas sem alterar a sua função principal. Isso é feito pressionando uma tecla específica para ligar a opção de HyperShift e, em teoria, terão o dobro das possibilidades. O registo de macros também é possível com este modelo e podem fazê-lo no software ou directamente no teclado, com um conjunto de atalhos específico para esse efeito.

Ainda no software poderão personalizar as cores e animações do teclado ao vosso gosto. Como já mencionei, cada tecla tem a sua própria iluminação, o que permite atribuir uma cor específica a cada tecla. Como seria de esperar, tem toda a panóplia de efeitos e cores que já estamos habituados da família Chroma. Provavelmente, a minha parte favorita é a integração que a iluminação Chroma tem com alguns jogos. Um exemplo dessa integração é o jogo Overwatch. As teclas de jogo mudam de cor consoante a personagem escolhida de forma automática. Outros jogos possuem até efeitos específicos pré-definidos.

Veredicto

O facto deste não ser um teclado mecânico pode afastar os jogadores mais acérrimos. Contudo, também é verdade que a Razer tem vindo a evoluir imenso a tecnologia de membrana ao longo do anos. A diferença está lá, de facto, no toque e na sensibilidade, mas também é uma questão de hábito. Se procuram um teclado mais em conta, com todas as funcionalidades de gaming e não se importam com a falta de teclas dedicadas ou não vos incomoda a distinção entre teclas de membrana e mecânicas, então o Razer Cynosa é para vocês.

  • MarcaRazer
  • ModeloCynosa
  • Lançamento2018
  • Plataformas
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Não tem apoio para pulsos
  • Não tem teclas dedicadas multimédia ou para macros
  • Teclas de membrana podem afastar jogadores

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