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Análise: Nihilumbra

Maldito, perseguido, desajustado… este é o calvário de Born ao longo da sua história. Estás pronto para escapar ao ‘Vazio’?

O jogo independente da companhia espanhola Beautifun chega aos PC’s para nos contar a história de Born e da sua fuga ao ‘Vazio’ (Void), uma enorme ausência de massa que tudo engole e destrói. Este é um jogo de plataformas melancólico e obscuro cujo protagonista procura incessantemente relacionar-se com o mundo que o rodeia dando significado à sua existência. No entanto, o ‘Vazio’ não concorda com as acções de Born e tudo fará para o impedir de deixar a sua marca no mundo, enviando criaturas abomináveis e deformadas para o apanhar.

Nihilumbra é um puzzle platformer onde o domínio de Born sobre as cores é essencial. Quando encontra determinados tipos de flores, Born aprende a utilizar o seu respectivo pigmento cujos efeitos são em muito semelhantes aos daquelas substâncias peçonhentas do Portal 2: se uma cor te permite andar mais rápido, outra permite-te saltar mais alto ou até mesmo prender-te à parede. É entre as várias cores, cinco ao todo, que os puzzles de Nihilumbra são feitos e aprender a superar obstáculos utilizando os seus vários efeitos é a chave para o sucesso de Born.

Como companheiro ao longo da aventura tens um narrador que por vezes faz tudo menos motivar-te, tentando-te desviar do caminho.

Narrador! Achas que foi assim que o Commander Shepard derrotou os Reapers? Hum?

Humor à parte, como jogamos com um protagonista mudo é através das narrações que conseguimos perceber aquilo que vai na mente de Born. O narrador desempenha, por isso, um papel fundamental naquilo que é a nossa percepção da história.

Ao longo do jogo, Born vai atravessando vários níveis ao longo de cenários gelados, de floresta, de deserto, vulcânicos e até através de uma metrópole em ruínas. No final de cada um dos cenários podes contar com uma espécie de ‘boss fight’ numa “tentativa” de fuga alucinante do ‘Vazio’ enquanto és obrigado a executar os mesmos puzzles sob a ameaça de seres apanhado. E digo tentativa porque, infelizmente, o que devia ser um momento tenso acaba por se tornar um anti clímax quando o jogador é mais rápido que o próprio cenário e acaba por ficar parado à espera que o mesmo avance com o ‘Vazio’. Perde-se a tensão e a situação torna-se inadequadamente estranha.

Ao longo de todo o jogo, as melodias misteriosamente bem conduzidas sobre a mão de Álvaro Lafuente dão uma potência emocional ao jogo que de outra forma não alcançaria. Carregada de graves profundos, acordes subtis mas em harmonia com o sentimento melancólico do jogo, a banda sonora é o ex libris de Nihilumbra. O trabalho de Lafuente é espectacular e um Final Fantasy, um Uncharted, um Zelda ou qualquer outro “blockbuster” do mundo dos videojogos não ficaria mal servido com um trabalho deste nuestro hermano de Barcelona.

Veredicto

Nihilumbra é um jogo com uma fórmula simples mas que faz com que todos os momentos dentro dele sejam bem passados num mundo obscuro e melancólico. Este puzzle platformer não é um jogo difícil ou espectacular mas está abrilhantado pela divina banda sonora de Álvaro Lafuente. Só é pena alguns momentos anti-climáticos que impedem que este indie espanhol leve melhor nota do WASD.

  • ProdutoraBeautifun Games
  • EditoraBeautifun Games
  • Lançamento25 de Setembro 2013
  • PlataformasLinux, Mac, PC, Wii U
  • GéneroPlataformas, Puzzle
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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  • Momentos anti-climax

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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