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The Legend of Zelda – Skyward Sword

O The Legend of Zelda – Skyward Sword é o mais recente jogo da saga que fez este ano os seus 25 anos.

Desde 1986, que o Link parte numa aventura para salvar a Princesa Zelda. Nas suas aventuras, o Link vai crescendo gradualmente como herói. Não só faz amizades, ajuda os seus amigos e conhece os mais hilariantes e estranhos personagens,  como também combate os mais ferozes inimigos e ultrapassa obstáculos, onde a capacidade lógica e perícia são elementos chave. Neste Zelda, a receita é a mesma. No entanto, está recheada de surpresas e pequenas coisas que tornam este jogo num dos melhores Zeldas de sempre, comparável ao tão aclamado Ocarina of Time.

O Skyward Sword é o segundo jogo da saga The Legend of Zelda que sai para a Nintendo Wii, e pretende contar a origem de toda a sua história.

Uma obra de arte

Ao nível artístico este jogo está simplesmente genial. Os cenários são cheios de cor e vida, que por vezes nos lembram obras de arte de Van Gogh ou Pissarro. De facto, os cenários vistos de longe são feitos exactamente para parecem um quadro.

À medida que nos vamos aproximando dos objectos eles vão ganhando mais detalhe.

A nível gráfico, o jogo também está muito bom. Dado que estamos a falar de um jogo para a Wii, cuja capacidade gráfica é fraca quando comparada com a XBox ou PS3, os gráficos e texturas estão bastante bem conseguidos, mas notam-se algumas falhas tais como arestas não polidas (anti-aliasing), ou animações um pouco mecânicas demais. No entanto, estes problemas não são intrusivos ao ponto de nos impedirem de termos uma experiência de jogo verdadeiramente épica.

De espada e escudo nas mãos

A mecânica de jogo deste Zelda é uma verdadeira revolução. Durante o jogo temos literalmente a espada e escudo nas nossas mãos para atacarmos e defendermos. A espada é o nosso Wii Remote, e o escudo é o Nunchuck. Simplesmente abanar os comandos não nos adianta muito, dado que os combates estão tão bem pensados que temos de acertar nos nossos inimigos na direcção e até no ângulo certo para furarmos o bloco.

Temos também outras situações em que a utilização do Motion Plus é soberba e funciona bastante bem:

  • controlamos a Beetle pelo ar simplesmente direccionando-a com o Wii Remote.
  • Atiramos bombas pelo ar e também as lançamos como se fossem bolas de bowlling pelo chão
  • voamos acima das nuvens e combatemos inimigos com a ajuda do nosso Loftwing (pássaro)

Estes são apenas alguns exemplos em que a utilização do Motion Plus está muito bem conseguida. Existem mais alguns pequenos e deliciosos pormenores que vos deixamos descobrir por vocês mesmos!

Apesar da jogabilidade ser muito boa, é necessária alguma habituação inicial à câmara. É diferente de qualquer outro jogo e por vezes causa alguns problemas… principalmente quando temos de acertar a direcção de alguns saltos.

Outro problema que sentimos é na utilização do arco. Quando usamos o arco, fazer lock aos nossos inimigos com o botão Z não nos adianta de muito. Todo o trabalho de apontar para o alvo é nosso, o que não seria uma coisa má se os nossos inimigos não fossem tão difíceis e tornassem a tarefa de os matar um pouco frustrante ao fim de algum tempo.

Coragem, Inteligência e Poder

Como já é habitual, neste Zelda temos dungeons que para chegarmos ao fim temos de enfrentar inimigos e resolver puzzles. No final temos um boss que temos de derrotar para passar à fase seguinte da história.

O game design das dungeons está muito bem pensado, com puzzles extraordinários, em que quando descobrimos como se resolvem ficamos completamente abismados com o nível de detalhe.

Matar alguns bosses também é um verdadeiro puzzle. Desde onde e como temos de lhes acertar, até saber que item temos de utilizar.

Com a exepção de poucos, podemos fazer upgrade aos nossos itens para os tornar mais fortes, rápidos etc. Para isso temos que ir coleccionando alguns materiais durante as nossas aventuras.

As poções são outro item que podemos levar na nossa Adventurer Pouch durante a nossa aventura. Elas dão jeito para quando estamos com pouca vida ou stamina, entre outras situações, e também podem ser alvo de upgrades.

O nível de dificuldade do jogo vai aumentando progressivamente, à medida que o nosso herói vai também crescendo e ficando mais forte, perspicaz e destemido.

O nascimento de um herói

Como já foi referido este Zelda pretende contar a origem de toda a história. Na complexa timeline da saga, este jogo é o início de tudo… E que início!

A história está recheada de pormenores, de pequenas coisas que nos parecem insignificantes, mas que não o são. De facto está tudo diante de nós, e à medida que nos vamos apercebendo, ficamos hipnotizados com o desenrolar do enredo. Não há falhas na história, tudo está encadeado, tudo tem um significado e uma cadência que contribui para um final verdadeiramente épico, que é tudo e mais do que poderíamos esperar.

O Link segue a mecânica que conhecemos – não tem falas nem interacções voluntárias com o mundo, no entanto sentimos a personagem crescer com o desenrolar da história. A ligação que ele tem à sua amiga de infância, a Zelda é grande responsável pela sua evolução. De facto, a Zelda neste jogo é uma personagem fulcral no desenrolar dos eventos, e desempenha um papel mais activo do que estamos habituados.

Outra personagem que também nos cativou foi a Fi, o espírito da espada. De certa forma, a Fi faz-nos lembrar a GLaDOS do Portal, que com a sua racionalidade e honestidade brutal tornam algumas situações bastante cómicas.

Outras personagens do mundo são também importantes para o desenrolar da história, outras apenas nos dão quests que nos levam a enfrentar alguns desafios que, em geral, nos dão  boas recompensas.

A origem de todo o mal

Antes de este jogo ser lançado, o Miyamoto (lead producer da Nintendo), revelou que no Skyward Sword muitas questões em aberto seriam respondidas. Em especial, o surgimento da Master Sword e a origem do Ganondorf.

No que respeita a vilões, cedo na história conhecemos o Ghirahim, uma personagem intrigante, maléfica e algo cómica que se auto intitula Demon Lord.

Encontramos o Ghirahim algumas vezes durante o desenrolar da história, mas nada nos prepara para o que acontece no nosso último encontro. É verdadeiramente épico. O Ghirahim é de facto chave para conhecermos como surge posteriormente o Ganondorf.

O veredicto

Lendário, épico e completamente revolucionário. Não há mais palavras para descrever tal masterpiece. Para os mais antigos fãs da saga este jogo é definitivamente um must have. Para quem pouco sabe sobre a saga, este jogo vai-vos deixar completamente viciados em Zelda.

É uma grande história, com uma mecânica de jogo genial. Tem algumas pequenas falhas, que à medida que vão jogando vão deixar de reparar pois vão ficar completamente imersos no resto.

  • ProdutoraNintendo
  • EditoraNintendo
  • Lançamento18 de Novembro 2011
  • PlataformasWii
  • GéneroAventura
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Pequenas imperfeições gráficas
  • Habituação à câmara foi um pouco difícil

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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