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Análise – Super Mario Odyssey

O famoso canalizador está de volta. Esta sua nova aventura chamada de Super Mario Odissey é como uma “brisa de ar fresco”. É que, mesmo para uma personagem que já está entre nós há 30 anos, não mostra quaisquer sinais de envelhecimento. 

Como manda a tradição, a famosa mascote da Nintendo traz novidades para a série com a sua nova aventura. Desta vez construída sobre o molde de Super Mario Sunshine e Super Mario 64, há total liberdade para encontrar e apanhar diversos coleccionáveis. Nesta autêntica odisseia, Mario conta com a ajuda de um novo amigo e é aí que tudo ganha uma nova dimensão. Escovem o bigode, ajustem o chapéu e venham daí!

De certa forma, até já estamos habituados que o eterno antagonista Bowser rapte a Princesa Peach. Como já mencionámos, já lá vão três décadas de constantes salvamentos e a evitar que o pior aconteça. Contudo, nesta aventura o objectivo do antagonista é mais pérfido. Para além de ter raptado a princesa, Bowser está a tentar forçar o seu casamento com ela para que, depois, possa roubar-lhe o Mushroom Kingdom. Uma premissa rápida e bastante simples.

Este Super Mario Odyssey marca o regresso de Mario a um mundo aberto à exploração, algo que não tínhamos tido oportunidade desde Super Mario Sunshine, lançado para a consola Nintendo Gamecube. A diferença é que, aqui, Mario irá viajar por uma série de reinos diferentes para salvar a princesa e coleccionar Power Moons. E, como companhia, também não está sozinho. Conta com a preciosa ajuda de Cappy.

E quem é este chapéu com um par de olhos? Depois do encontro inicial com Bowser, Mario vê o seu fiel chapéu destruído e dá por si num mundo recheado de fantasmas obcecados com chapéus. Algo bastante conveniente para o nosso protagonista, convenhamos. Um desses fantasmas, Cappy, acaba por unir esforços com Mario para que possam salvar os seus respectivos entes queridos, prisioneiros de Bowser. Uma aliança curiosa que depois ser irá traduzir também na jogabilidade.

Como a área inicial serve como tutorial, podemos experimentar imediatamente as novas habilidades, para assim também conhecermos as capacidades desta nova dupla. O mais interessante é o facto de podermos utilizar este chapéu, não só como uma espécie de boomerang, como também para controlar os inimigos que já conhecemos, identificados assim com o característico bigode e chapéu. Cappy permite ainda interagir com grande parte do ambiente que nos rodeia, o que oferece uma grande versatilidade na jogabilidade.

Esta inovação, muda por completo a forma como habitualmente jogamos um título de Super Mario. Significa que podemos jogar com dezenas de personagens únicas, cada uma delas com diferentes habilidades. Se capturarem um sapo, por exemplo, poderão dar saltos enormes e chegar a locais que antes eram impossíveis de alcançar. Dei por mim várias vezes a pensar como deveria passar algumas partes, quando na verdade só precisava de usar a cabeça ou, neste caso, o chapéu.

Depois de derrotar o primeiro boss, encontramos finalmente a nave Odyssey que, entretanto, também empresta o seu nome para esta aventura. Com ela, conseguimos viajar entre os diferentes reinos, consumindo as necessárias Power Moons que ajudam a restaurar a nave. Quantas mais obtivermos, mais longe chegamos. Obtê-las, pode ser um processo tão simples como chegar ao topo de um prédio, ou mais complexo, como derrotar um boss.

Cada reino tem um tema específico. Temas como areais, selvas, oceanos, zonas geladas e todos os demais que já conhecemos. De referir talvez, a New Donk City, criada como uma espécie de homenagem a Nova Iorque. Aqui encontramos empresários, os famosos táxis e vários arranha-céus. Todos os reinos estão abertos à exploração e podem ser revisitados quando bem entenderem. Para passar para o próximo, têm de derrotar o seu boss e adquirir as já mencionadas Power Moons para evoluir a nave. O caminho que escolhem para atingir esse objectivo, porém, é com vocês.

Dentro de cada reino há ainda uma moeda específica que podem usar para adquirir novos fatos e utensílios para Mario. Podemos nomear alguns, como por exemplo, o fato de cozinheiro, usar calções de banho ou até mesmo completos fatos de explorador. São tantos, que acaba por se tornar um vício coleccioná-los.E já todos sabem o poder da personalização no que toca a objectos de cosmética e fatos de personagens.

Em termos de jogabilidade, Mario funciona e movimenta-se tal como estamos habituados. A novidade está na tal habilidade de usar Cappy para chegar a locais mais complicados e resolver puzzles. Podem atirar o chapéu e usá-lo como plataforma para subir a locais mais altos, por exemplo. Enquanto que a maior parte do jogo é em três dimensões, também existem alguns canos que nos transportam para algumas secções em 2D. Se jogaram The Legend of Zelda: A Link Between Worlds já devem ter uma ideia de como isto funciona.

Outra grande novidade é que as “vidas” fazem agora parte do passado. Por muito que Mario caia de um precipício ou seja morto por um inimigo, perde apenas 10 moedas e volta para um local próximo da sua “morte”. Também não existem quaisquer power-ups. O único bónus que pode ser entendido como um power-up pode ser o poder do chapéu que permite encarnar todas as personagens que encontramos pelo caminho.

Visualmente o jogo está realmente fantástico. Se tivermos em conta que a Nintendo Switch não possui um processamento ao nível das restantes consolas, é impressionante observar que, ainda assim, consegue dar-nos uma experiência Full HD. E, melhor, esta experiência é muito fluída graças aos 60 FPS. A Nintendo teve ainda uma excepcional atenção ao detalhe, visível em pequenos pormenores como a movimentação do chapéu e do bigode ou ainda nos calafrios do nosso protagonista nos reinos mais frios.

Não podemos esquecer que a Switch possui uma filosofia familiar. Assim, na sua configuração amigável, podemos emprestar um dos joy-con a um amigo para que nos acompanhe nesta aventura. O segundo jogador fica encarregue de controlar Cappy, desta feita, livre e independentemente do protagonista. Notem, porém, que Mario poderá, ainda assim, atirá-lo sempre que necessário. É uma forma divertida para jogar com um amigo cooperativamente sem perder quaisquer capacidades ou habilidades.

Veredicto

Com a possibilidade de jogar com vários fatos diferentes e de controlar os inimigos que conhecemos desde 1985, Super Mario Odyssey irá certamente colocar um sorriso na cara de qualquer fã da série. Arrisco dizer que a série atingiu o seu pináculo. Mario já é uma presença constante, não mostra quaisquer sinais de envelhecimento e continua a entregar aventuras memoráveis.

  • ProdutoraNintendo
  • EditoraNintendo
  • Lançamento27 de Outubro 2017
  • PlataformasSwitch
  • GéneroPlataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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  • Peach raptada outra vez

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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