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Análise: StarCraft II – Nova Covert Ops

Depois de Heart of the Swarm e Legacy of the Void, eis o terceiro pacote de expansão para StarCraft II. Este novo DLC, porém, é um pouco diferente com pacotes de missões ao invés de campanhas inteiras. Vamos ver como é personificar a agente Ghost mais famosa dos infames Dominion, November Terra, nome de código “Nova”.

Esta é uma análise ao primeiro pacote episódio de três planeados para estas Operações da agente Nova. Este novo esquema de lançamento lançará três missões de cada vez, com este já lançado no final de Março e outros dois nos próximos meses. Este modelo episódico pode parecer um estranho se tivermos em conta as expansões anteriores, mas há uma nuance: Embora seja compatível, não é preciso a versão completa de StarCraft II para jogar estas missões, podendo jogá-las apenas com a versão light gratuita “Starter Edition”. Cada pacote pode ser comprado individualmente ou com um passe de época, a escolha é nossa e inteiramente opcional. Nem toda a gente gostou de saber que seria assim, resta saber se o conteúdo o justifica.

Depois dos eventos de Legacy of the Void, os Dominion tentam repor a normalidade. A guerra com os Zerg parece terminada, mas internamente há problemas políticos a afectar o governo do Imperador Mengsk. Alguns agentes Ghost desapareceram e a agente Nova Terra é encarregue de investigar este mistério relacionado com um grupo chamado “Defenders of Men”. Infelizmente, Nova acaba por desaparecer também. Quando finalmente ganha consciência, descobre que está sob custódia dos Defenders e sofre de amnésia. Em perigo, foge com a sua equipa de volta para a frota dos Dominion… apenas para ser acusada de traição.

Ao invés de uma nova campanha com missões sucedidas, as missões são jogadas de forma individual. A história parece-me algo repescada de Heart of the Swarm, até mesmo nos elementos que individualizam as protagonistas. E apesar de continuarmos a usar os elementos de estratégia em tempo real (Real Time Strategy ou RTS) do jogo original há diversas diferenças na acção e jogabilidade que o alteram. Nova possui diversas características únicas, como esconder-se com o seu manto invisível, pode fazer combate corpo-a-corpo, tiro à distância e até saltar para outros níveis no terreno. Isto confere novos elementos e, por momentos, esquecemos a formação de bases e minagem de recursos.

Algumas fases destas novas missões são bem mais furtivas e obrigam a temporizar os movimentos das sentinelas e esgueirar pelas sombras evitando contacto. Nestas fases os inimigos possuem cones de visibilidade e fases de alerta, como quase todos os demais jogos de acção furtiva. Depois temos de contar com os diversos perigos espalhados pelos mapas e que devemos estudar e evitar. A ideia é mesmo passar ao lado da acção, movendo Nova de forma individual, quase como um Third Person Shooter de acção indirecta e furtiva. Um claro contraste com a acção de infantaria do resto do jogo que nem todos os fãs vão gostar.

Felizmente, estas novas missões não chegam a abandonar por completo os elementos RTS que já conhecemos deste título. Teremos sempre fases para cuidar e expandir bases, mesmo que Nova tenha sempre um papel importante com as suas habilidades, tal como Kerrigan tinha nas missões de Heart of the Swarm. Até mesmo as evoluções de carreira e unidades são idênticas, recorrendo a pontos ganhos em missões a bordo da nave da protagonista, a Griffin. Há, no entanto, uma pequena novidade que é podermos escolher o equipamento e armamento de Nova antes de cada missão, embora esta funcionalidade não ofereça grande variedade.

Sabendo que cada uma destas missões terá cerca de 20 minutos de jogabilidade, parece-nos algo curto comparando-as à vastas campanhas anteriores. Felizmente, ainda faltam mais missões em dois outros pacotes. E ainda temos o modo “Master Archives” que nos permite jogar novamente as missões que já completámos, mas com outros níveis de dificuldade e modificadores de jogabilidade ou novos objectivos. Isto é uma outra forma de dar longevidade a estas missões. Podemos regressar com outro equipamento e jogar aquele mesmo nível, talvez até com novas estratégias.

A nível visual, contem apenas com as espectáveis diferenças de interface e modelos dos Dominion, em claro contraste com os últimos pacotes com Zerg e Protoss. De resto, não há grandes novidades visuais a assinalar. É o mesmo jogo, com outras caras e novas mecânicas, repleto de cenas intermédias como só a Blizzard sabe fazer. Mas o motor gráfico de StarCraft II já acusa idade. Sem grandes actualizações, porém, o título mantém-se visualmente competente. E não seria numa nova expansão que iríamos ver grandes mudanças visuais. Talvez só mesmo num futuro título.

Veredicto

Estas “Nova Cover Ops” de StarCraft II são perfeitas para quem não quer gastar muito tempo nas extensas campanhas do jogo, ou até para quem não conhece o título, experimenta a “Starter Edition” e não quer gastar muito para jogar “um pouco mais”. Os veteranos irão encontrar umas poucas novidades no tipo de acção que podem não agradar a todos os puristas dos RTS. Este primeiro pacote adiciona poucas horas com as suas três missões de cerca de 20 minutos cada uma. Se as próximas duas partes tiverem a mesma duração, porém, terá uma longevidade próxima das expansões anteriores. Resta só saber se os fãs estão dispostos a esperar pelos demais pacotes de missões.

  • ProdutoraBlizzard
  • EditoraActivision
  • Lançamento30 de Março 2016
  • PlataformasPC
  • GéneroEstratégia
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Enredo é um pouco "Dejá Vu"
  • Modelo episódico encurta longevidade
  • Motor gráfico original acusa idade

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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