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Análise – SEGA Mega Drive Classics

A SEGA já não faz consolas como antigamente mas isso não a impede, de tempos em tempos, de voltar aos anos 90 e recordar os gloriosos dias dos seus clássicos intemporais. Desta feita, temos mais de 50 classicos para recordar com SEGA Mega Drive Classics.

A febre dos jogos clássicos está cada vez mais forte. Grande parte desse sucesso deve-se ao lançamento de diversas miniaturas de consolas clássicas. Em todos os casos, estas mini consolas apelam à nostalgia e é essa mesma motivação que nos leva a tantos remakes, remasters e reedições. A SEGA deu início à sua colectânea de clássicos intemporais ainda na PlayStation 2, mais tarde lançando também uma nova versão na PS3 e Xbox 360. Agora, aproveitando a febre, temos também uma nova versão disponível na PS4, Xbox One e no PC. Levem-nos lá ao passado dos 16-bits…

Quem jogou ou possui a Mega Drive Ultimate Collection lançada para a PlayStation 3 e Xbox 360, já terá uma ideia do que irá encontrar nesta nova edição. A SEGA não mexeu em praticamente nada, nem adicionou conteúdo de peso nesta amálgama de jogos da era de 16-bits. Mesmo assim, esta é uma colecção apetecível para todos os que cresceram com estes clássicos. Alguéns deles, absolutamente intemporais e inultrapassáveis.

A versão de PC traz um total de 59 jogos, curiosamente, temos apenas 53 disponíveis nas consolas. Não tenho a certeza do que provocou essa diferença, talvez algumas restrições de marcas ou de licenças. Até pode mesmo ter sido um problema de ports ou compatibilidades de software. Seja qual for o motivo, é uma perda importante na PS4 e na XB1, principalmente porque se tratam de clássicos tão interessantes como Ecco The Dolphin, Eternal Champions ou Sonic 3.

A Lista completa dos jogos disponíveis é a seguinte:

  • Alex Kidd in the Enchanted Castle (1989)
  • Alien Soldier (1995)
  • Alien Storm (1991)
  • Altered Beast (1988)
  • Beyond Oasis (1992)
  • Bio-Hazard Battle (1992)
  • Bonanza Bros. (1991)
  • Columns (1990)
  • Columns III (1993)
  • Comix Zone (1995)
  • Crack Down (1990)
  • Decap Attack (1991)
  • Dr. Robotnik’s Mean Bean Machine (1993)
  • Dynamite Headdy (1994)
  • Ecco the Dolphin* (1992)
  • Ecco Jr.* (1995)
  • Ecco: The Tides of Time* (1994)
  • ESWAT: City Under Siege (1990)
  • Eternal Champions* (1993)
  • Fatal Labyrinth (1990)
  • Flicky (1991)
  • Gain Ground (1991)
  • Galaxy Force II (1990)
  • Golden Axe III (1989)
  • Golden Axe (1991)
  • Golden Axe II (1993)
  • Gunstar Heroes (1993)
  • Kid Chameleon (1992)
  • Landstalker: The Treasures of King Nole (1992)
  • Light Crusader (1995)
  • Phantasy Star II (1989)
  • Phantasy Star III: Generations of Doom (1990)
  • Phantasy Star IV: The End of the Millennium (1993)
  • Ristar (1995)
  • Shadow Dancer (1990)
  • Shining Force (1992)
  • Shining Force II (1993)
  • Shining in the Darkness (1991)
  • Shinobi III: Return of the Ninja Master (1993)
  • Sonic 3 & Knuckles* (1994)
  • Sonic 3D Blast (1996)
  • Sonic CD* (1993)
  • Sonic Spinball (1993)
  • Sonic The Hedgehog (1991)
  • Sonic The Hedgehog 2 (1992)
  • Space Harrier II (1988)
  • Streets of Rage (1991)
  • Streets of Rage 2 (1992)
  • Streets of Rage 3 (1994)
  • Super Thunder Blade (1988)
  • Sword of Vermilion (1989)
  • The Revenge of Shinobi (1989)
  • ToeJam & Earl (1991)
  • ToeJam & Earl in Panic on Funkotron (1993)
  • VectorMan 2 (1995)
  • VectorMan (1996)
  • Virtua Fighter 2 (1996)
  • Wonder Boy III: Monster Lair (1990)
  • Wonder Boy in Monster World (1991)

* Apenas disponível na versão PC.

Como podem verificar, é uma colecção que não arrisca e resgata sagas inteiras que são ícones da SEGA. Contudo, tenho de apontar a ausência de títulos sonantes, como é o caso de OutRun ou até mesmo Thunder Force IV. Neste ponto, acho que a colectânea sai um pouco a perder. Se o critério era dar-nos uma fatia importante do gaming da era 16-bit, porque não trazer todos os grandes clássicos? Qual foi o, então, o critério de escolha?

A apresentação desta colectânea é feita através de recriação de um quarto de um qualquer adolescente no anos 90. Um adolescente muito feliz, diga-se de passagem. Neste quarto há uma televisão CRT, cartazes dos jogos da SEGA, um sistema de som bem retro, uma estante cheia de jogos (com a possibilidade de colocar os favoritos na fila da frente), um relógio de parede para controlar a hora do dia e, claro, a primeira versão da SEGA Mega Drive em destaque no centro. Até mesmo este menu inicial transpira nostalgia.

Este quarto funciona como um hub inicial permite aceder aos jogos, aos extras e às várias opções de apresentação. Entre estas opções, estão diversos filtros para recriar o aspecto característicos das televisões CRT e mudar o rebordo que preenche a televisão. Ou seja, transformam a vossa Smart TV UHD 4K num vulgar televisor CRT 4:3 dos anos 90. Simplesmente, fantástico. Curiosamente, este menu especial foi disponibilizado gratuitamente no Steam em 2016.

Entre as várias funcionalidades que merecem destaque, a que chama mais a atenção é a possibilidade de retroceder ou avançar no progresso em qualquer jogo. Passo a explicar, se errarem um movimento como um salto, por exemplo, podem carregar no L2 (ou LT) e voltarão atrás no tempo para corrigir a acção. Por outro lado, o R2 (ou RT) avança o que retrocederam a mais. Pode ser interessante para os que não possuem grande paciência para a inerente dificuldade de alguns clássicos.

As outras funcionalidades que tenho de destacar, passam pelo Mirror Mode e modo Online. O primeiro, tal como o nome indica, inverte a apresentação de todos os jogos, como um espelho. Na minha opinião, apesar de parecerem novos jogos, acaba por ser algo inútil. O modo Online permite jogar qualquer jogo da colecção que tenha opção para dois jogadores, com um amigo através da Internet. Contudo, o lag é muito comum e aconteceu-me ter terminado um nível e ainda ficar à espera que o segundo jogador o acabasse. Como tal, esta opção também não tem grande apelo.

Por fim, o que torna esta colecção realmente interessante, é a adição dos desafios. Dentro de cada jogo, na secção de extras, há vários tipos de desafios. São 20 no total, espalhados por alguns jogos. Quem já jogou NES Remix já tem uma ideia do que se trata. Coloca-nos numa situação em que precisamos de realizar o que o jogo pede periodicamente. Por exemplo, acabar o segundo acto do Green Hill Zone em menos de 1 minuto ou derrotar os minotauros no Golden Axe III sem usar a opção continue.

Este modo coloca-nos logo na situação proposta pelo desafio e só acaba se falharmos ou completamos esse desafio. Na prática é bastante divertido, obrigando-nos a jogar de uma forma específica, por vezes bastante difícil. E olhem que há jogos já de si difíceis nesta colectânea. Contudo, penso que a oferta destes desafios é algo escassa. No meu ponto de vista, deveria existir facilmente o dobro destes desafios ou talvez mais, pelo menos um por cada jogo presente.

Veredicto

É inegável a qualidade de muitos jogos incluídos neste SEGA Mega Drive Classics. Os desafios são uma adição bem vinda para aqueles que já conhecem os jogos da colecção e procuram algo mais. Contudo, deveriam existir mais informação sobre cada um dos jogos, talvez uma enciclopédia ou museu dedicado à sua história. O jogos estão lá apenas para ser jogados, sem sequer ser possível consultar o seu manual. Na minha opinião, é uma oportunidade perdida nesta geração. Os fãs mais sérios da consola de 16-bits terão aqui mais uma oportunidade para recordar os clássicos intemporais da SEGA. Os demais podem desperceber o seu valor intemporal.

  • Produtorad3t
  • EditoraSEGA
  • Lançamento29 de Maio 2018
  • PlataformasPC, PS4, Xbox One
  • GéneroAcção, Arcade, Aventura, Plataformas, Puzzle, Role Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Deviam existir mais desafios
  • Ausência de alguns jogos
  • Falta de informação de cada jogo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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