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Análise: Munin

Com o apoio da Daedalic Entertainment, o estúdio português Gojira traz até nós Munin. Neste título, completamente inspirado na mitologia nórdica, vamos viajar pelos nove mundos de Yggdrasil, ajudando Munin na sua demanda que, diga-se, não aparenta ser, de todo, fácil. Comecemos então a nossa análise a Munin.

Para quem não sabe, Hugin (do nórdico antigo, “Pensamento”) e Munin (do nórdico antigo, Memória ou Mente) são dois corvos que estão ao serviço do deus Odin. Estes sobrevoam o mundo dos Humanos, conhecido como Midgard, informando-o sobre tudo o que nele se passa.

Neste título Munin é vítima do travesso Loki que a transforma numa simples mortal. Desprovida da sua capacidade de voo mas ao mesmo tempo munida de uma grande determinação, Munin, terá de percorrer os nove mundos de Yggdrassil se quiser recuperar as suas penas perdidas. Quando conseguir, pode então regressar a Asgard, o reino dos deuses.

A sua viagem, como já tinha referido em cima, não será nada fácil. Numa espécie de side-scrolling com puzzles, vamos ter a capacidade de rodar algumas das partes do cenário em que nos encontramos. Ao fazê-lo podemos então alcançar as penas de Munin e avançar para o nível seguinte. Ao todo são 77 cenários e cada um será mais complicado do que o outro, como já era de esperar. Enquanto que, em certos níveis, vamos depender apenas da nossa capacidade de raciocínio, à medida que progredimos vamos também acabar a ter de depender da nossa capacidade de timing. Muitas vezes, vamos ter de lidar com elementos mais perigosos, como pedras rolantes, espinhos e lava. Também vamos lidar com água e outros mecanismos mas aqui só um salto mal calculado nos pode prejudicar.

Caímos assim na jogabilidade e no que diz respeito à interactividade com os cenários, ou seja a sua componente rotacional que nos permite criar vários caminhos até às penas que temos de recuperar, é sem dúvida interessante. Chega até a ser gratificante solucionar vários dos níveis que vamos encontrando. O pior é quando dependemos das capacidades do nosso personagem, mais precisamente da sua mobilidade.

Talvez por esta não estar habituada à forma humana (vamos por aí), a mobilidade de Munin deixa algo a desejar. Os saltos são curtos bem como a sua capacidade de deslocação. A coisa complica-se quando precisamos de alcançar por exemplo umas escadas para nos desviarmos de uma pedra rolante. Outras alturas existem em que vamos precisar de manusear essas ditas pedras. Depois de rolarmos pela sétima vez a pedra para um sítio do qual não a podemos tirar, tendo que ir buscar outra e tentar colocá-la no mesmo sítio, pode, repito, pode resultar numa experiência mais… intensa, capaz de elevar o PEGI para bem mais do que 7.

O aspecto visual é sem dúvida o que mais se destaca e nesse campo Munin agrada e muito. Não existem cenários iguais e cada mundo tem, evidentemente, o seu tema. No ponto de vista artístico a malta do simpático estúdio português está de parabéns. A banda sonora, apesar de variar pouco, acompanha muito bem a nossa viagem oferecendo sempre tonalidades que oscilam entre a calma e o mistério.

Veredicto

Munin é um título visualmente fantástico e mais do que interessante, interagir com os seus vibrantes cenários chega mesmo a ser gratificante, especialmente depois de solucionarmos todos os desafios. No entanto, não deixa de nos oferecer momentos algo frustrantes quando precisamos de depender mais da jogabilidade oferecida pela protagonista. Fica o aviso mas, se gostarem de títulos deste género, este será um aspecto que vão conseguir contornar. Aí, o literalmente fantástico universo de Munin será capaz de vos prender durante umas belas horas.

  • ProdutoraGojira
  • EditoraDaedalic Entertainment
  • Lançamento10 de Junho 2014
  • PlataformasPC
  • GéneroPlataformas, Puzzle
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Jogabilidade oferecida pela protagonista
  • Consegue ser frustrante
  • História tem pouco relevo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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