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Análise: Inazuma Eleven GO Chrono Stones: Wildfire e Thunderflash

A nova série Inazuma Eleven GO entra na segunda volta novamente na 3DS, com Wildfire e Thunderflash, pronta a subir a qualidade da série nas novas portáteis da Nintendo. Com ela chega uma nova narrativa alternativa, um mundo diferente para explorar, novas mecânicas e a força das novas capacidades 3D das New 3DS.

A história destes novos títulos começa quando Arion, também protagonista no jogo anterior, regressa à escola secundária de Raimon para descobrir que toda a gente se esqueceu do futebol e o substituiu pelo basebol. O protagonista parte então numa demanda para restituir tudo ao estado normal, numa aventura que vai envolver uma série de viagens no tempo numa carrinha “pão de forma”, o regresso de algumas personagens habituais na série e ainda personagens históricas. Algumas até em versões alternativas que trazem algumas reviravoltas interessantes e momentos inesperados durante o jogo. Tudo isto com a ajuda de um misterioso viajante do tempo (onde é que eu já ouvi isto?), Fei, que aparece para ajudar Arion.

A temática das viagens no tempo já foi bem explorada em todos os media e mais alguns. Basta pensar nos filmes do Regresso ao Futuro, as clássicas aventuras de Martin McFly com as quais cresci, no Dragon Ball ou até mesmo em Chrono Trigger e Chrono Cross que abordam o tema de uma forma que ainda hoje nos maravilha e questiona. Mesmo com o tema usado vezes sem conta, introduzir uma temática destas numa série de futebol é, sem dúvida, diferente e até parece uma tentativa esforçada para trazer algo de novo a Inazuma. Não obstante, o resultado até é bem interessante e os encontros entre personagens de linhas temporais diferentes são empolgantes e causam interesse no jogador.

Talvez por isso mesmo, este tenha sido o jogo da série Inazuma que mais me cativou na 3DS e aquele que mais qualidade possui indiscutivelmente enquanto experiência para aqueles que não são fãs ou acompanham a série original. No entanto, a construção dos diálogos é estranha e sofre ainda mais por um problema que tenho apontado recorrentemente na saga Inazuma na 3DS: os estranhos sotaques britânicos nestas personagens anime, os mesmos da versão britânica da série animada. A falta de opção para seleccionar as vozes originais em japonês continua a ser uma lacuna grave nestes títulos.

Visualmente, este título é excelente e as animações, em conjunto com o novo 3D das também novas New 3DS, parecem querer saltar do ecrã da consola portátil em mais um excelente trabalho da Level-5. Também as cinematics regressam, com animações fiéis ao nível da anime,  preenchendo momentos chave da narrativa.

Os poderes dos jogadores, carregados de faíscas e raios luminosos, transformam uma partida de futebol numa verdadeira batalha ao bom velho estilo Dragonball. E nesta nova versão na série chegam também as transformações Mixi Max, numa espécie de fusão entre duas personagens, e a possibilidade de transformar um summon numa armadura para o nosso jogador (uma verdadeira homenagem aos Cavaleiros do Zodíaco). Dois sistemas bem interessantes e que desenvolvem o sistema de jogabilidade das batalhas campais… desculpem, dos jogos de futebol de Inazuma.

Veredicto

Este novo título traz uma lufada de ar fresco à série, com uma narrativa diferente, estranha até por vezes (que se leva a si própria sempre muito a sério), mas que nos entretém. A ela juntam-se duas novas mecânicas que alteram a jogabilidade dos encontros e os tornam mais interessantes do que nas anteriores entradas. Também as animações são excelentes e Inazuma Eleven GO Chrono Stones: Wildfire e Thunderflash rejubilam com as novas capacidades 3D das novas portáteis da Nintendo. Imaginem a storyline de Trunks em Dragon Ball Z, misturem uma pitada de Tsubasa e o resultado é este Inazuma! Um produto que tem tanto de estranho como de interessante, mas que fundamentalmente é o primeiro título na saga que realmente me cativou.

  • ProdutoraLevel 5
  • EditoraLevel 5, Nintendo
  • Lançamento27 de Março 2015
  • Plataformas
  • GéneroRole Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Não Gostámos
  • As vozes britânicas...

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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