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Análise: How to Survive

Desenvolvido pela EKO Software e publicado pela 505 Games, chega How to Survive, um título de acção que combina elementos de Survival-Horror com RPG. Como o nome bem indica, o objectivo principal será sobreviver, só que depressa vamos perceber que não será uma tarefa fácil. Vamos então analisar How to Survive. 

Antes de começar a minha aventura surgiu a minha primeira “encruzilhada: “Que personagem vou escolher? Apesar de não haver muito espaço para dúvidas (são três personagens), a escolha não deixa de ser difícil, uma vez que cada uma tem os seus atributos e talentos na Skill Tree (Árvore de Talentos). Temos o balançado Kenji, a ágil e letal com um arco, Abby e, finalmente, Jack, especialista em força bruta. Como não sabia bem o que me esperava, joguei pelo seguro e escolhi Kenji. Dei início à minha jornada e sem qualquer explicação dei por Kenji naufragado a acordar na costa de uma ilha. Ouvindo o som de gemidos, depressa me apercebi de que não estávamos sozinhos…

No que diz respeito à história, How to Survive consegue transportar-nos para momentos de grande tensão, onde realmente damos por nós a pensar “Pronto, é agora que vou desta para melhor!” e é extremamente gratificante conseguir ultrapassar esses momentos. No entanto, não deixa de ser em grande parte algo aborrecida, servindo mais como uma desculpa para toda a acção que vamos encontrar à medida que vamos percorrendo os cenários.

Estes por sua vez mostram-se bem interessantes. Ao todo são quatro as ilhas que vamos explorar e a nível gráfico, apesar de não ser deslumbrante, How to Survive cumpre muito bem. À medida que avançamos na história vamos encontrar alguns sobreviventes e entre eles está Kovac, um indivíduo, no mínimo, misterioso que fez das quatro ilhas o seu território de caça. Falando com ele descobrimos que este deixou manuais de sobrevivência espalhados por toda a parte. Numa espécie de “Como Sobreviver Para Tótós” vamos perceber que sobreviver nestas ilhas tem muito que se lhe diga.

Água, comida e descanso serão vitais para que a nossa personagem consiga desfrutar ao máximo de todas as suas capacidades. Mas não é só isso que revelam os guias. Uma vez que ao murro não vamos a lado nenhum, para sobreviver aos perigos que nos rodeiam vamos aprender a criar e utilizar armas, a caçar (ou pescar) e cozinhar o que vamos comer (nada de carne crua pessoal, é um conselho que vos dou). São conceitos algo óbvios, é um facto mas acreditem que pela forma como estão elaborados, não vão querer deixar de encontrar os guias de Kovac. Se quisermos descansar, vamos ter de encontrar pontos seguros. Distribuídos em pontos estratégicos dos cenários, estes constituem uma espécie de abrigo e ao encontrá-los basta “limpar” toda a área circundante. Depois disso podemos, finalmente, fechar a porta e descansar. Mas atenção que nem sempre será assim tão fácil. O que será que acontece quando um barulhento alarme começa a tocar?

Para sobreviver aos vários perigos que nos rodeiam, vamos também dar por nós a encontrar algumas receitas que explicam não só a construção de diversas armas, de tiro, Melee e de arremesso mas também de objectos, como poções e equipamento para o nosso personagem. Claro que também podemos descobrir receitas ao experimentar combinar alguns dos itens que temos no inventário. O sistema de Crafting é bastante robusto e só é pena que o espaço inicial de inventário seja tão pequeno, visto que até encontrarmos algumas das partes necessárias, vamos ter de andar carregados de objectos. em detrimento de outros, tão ou mais importantes.

Em relação aos perigos com que nos vamos deparar, estes são na sua maioria Zombies. Como já é habitual neste tipo de jogos, enquanto que individualmente não apresentam qualquer perigo, em grupo já não é bem assim, especialmente lá mais para a frente em que alguns Zombies surgem com armadura e capacete. Mas há mais. Temos criaturas gordas, enormes, que explodem quando nos aproximamos delas ou quando as matamos de longe, piranhas que devoram tudo o que passa por elas e quando digo tudo, é mesmo tudo (se é que me entendem) e mais tarde até animais infectados começam a atacar. Outro principal perigo é a noite que traz consigo inimigos “exclusivos”. Se nos quisermos defender deles, temos de apontar ou uma tocha ou a luz da lanterna. Isto faz com que recuem, permitindo-nos fugir ou contra-atacar.

À medida que vamos evoluíndo o nosso personagem, além de termos direito a mais talentos na Skill Tree, este vai ficando mais forte.À distância, especialmente com o arco, o uso das armas é bastante interessante, se mantivermos pressionado o botão de disparar, infligimos um tiro mais forte no adversário. Isto faz com que alguns inimigos vacilem o suficiente para que, com outro botão, consigamos rapidamente executá-los. Já noutros, por exemplo, vamos precisar de, primeiro com um tiro certeiro, retirar o capacete e só depois iniciar a sequência anterior. Não é fácil mas se quisermos sobreviver terá de ser feito, por isso não se esqueçam também de analisar bem o cenário onde se encontram. Vêm um caminho estreito e além de Zombies têm as tais criaturas mais “roliças” atrás de vocês? Experimentem encaminhá-los para esse caminho, abatam o gorducho e vejam-no a rebentar com tudo o que estiver perto dele.

Claro que isto é mais fácil dizer do que fazer, nomeadamente pela jogabilidade que oferece que é muito ao estilo da que podemos encontrar em Dead Nation. Como já acontecia com as armas de longo (e curto) alcance, como arcos, pistolas e espingardas, também com as armas Melee, facas, paus e ferros, podemos manter pressionado o botão de ataque para executar um movimento mais forte. Só que o confronto físico é bem mais trapalhão quando comparado com o que oferece a jogabilidade com as outras armas.

Outro aspecto interessante é o facto de podermos passar toda a história com um amigo, algo que eu (e muita gente) gostava que tivesse também sido implementado em State of Decay da Undead Labs. Tanto offline como online, a sobrevivência a 2 torna a experiência mais aliciante. O mesmo acontece com o modo Challenge, onde somos colocados em vários cenários que teremos de percorrer o mais rápido possível e que por sua vez também pode ser jogado com um amigo.

Veredicto

How to Survive é um bom jogo mas não vai além disso. Com uma história aborrecida, mesmo apesar de algumas macacadas (depois percebem o que quero dizer), este título acaba mais por oferecer uma jogabilidade interessante (menos, quando somos obrigados a confrontos melee) e um robusto sistema de Crafting que, se bem explorado, nos pode deixar praticamente invencíveis.
Se são fãs do género, podem encontrar boas horas de diversão. Para aqueles que preferem uma boa história a combinar com mecânicas de jogo interessantes, talvez a compra deste título não deva ser feita de ânimo leve.

  • ProdutoraEKO Software
  • Editora505 Games
  • Lançamento5 de Junho 2014
  • PlataformasPC, PS3, Wii U, Xbox 360
  • GéneroAcção, Role Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • História aborrecida
  • Combate Melee algo trapalhão

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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