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Análise: Grow Home

Num misto de aventura com acção de plataformas, Grow Home, a cargo da Ubisoft Reflections aposta na simplicidade, em visuais exuberantes e na originalidade. Para salvar o seu planeta, o nosso robô B.U.D. terá de colher as sementes de uma enorme planta alienígena. Só que para isso seja possível esta planta terá de crescer, e muito. A premissa é bastante simples de facto, será que é o suficiente? É o que vamos descobrir nesta análise a Grow Home.

Tendo finalmente encontrado a Star Plant que lhe permitirá salvar o seu planeta, teremos de controlar o simpático Robô B.U.D. (Botanical Utility Droid) para colher as suas sementes. Para isso teremos de ajudar esta enorme planta a crescer mas primeiro temos de saber controlar o nosso amigo B.U.D.

Os primeiros minutos de Grow Home, não vão ser lá muito entusiasmantes, isto porque a mobilidade do nosso simpático robô é muito peculiar. Com um jogo de pernas algo trapalhão, só bastava mesmo o facto de termos um botão para controlar o braço esquerdo e o braço direito. Parece complicado, e no começo certamente que o será mas depressa, e tal como aconteceu com a jogabilidade igualmente original de Chariot, vamos dar por nós a manusear o nosso B.U.D. com uma naturalidade incrível.

Assim que apanhamos o jeito, abre-se todo um mundo que exige que o exploremos. Vamos trepar e saltar vezes e vezes sem conta. Aliás trepar é o que mais vamos fazer. Assim que começamos a nossa aventura vamos reparar que Grow Home se apresenta como um Open-World na vertical, ou seja de baixo para cima. Olhando para cima vamos reparar em pedras flutuantes, algumas chegam mesmo a ser enormes, maiores até do que a primeira ilha onde começamos a nossa aventura. Em Grow Home, o céu não será de todo o limite! Ao treparmos, vagarosamente, a enorme planta, num ritmo de esquerda, direita, esquerda, direita, vamos reparar em alguns rebentos. Ao alcançá-los teremos de os fazer crescer para que consigamos alcançar as várias ilhas flutuantes que este título tem para nos mostrar. Enquanto crescem nós temos o poder de os direccionar, será que quero que vá para esta ilha ou aquela? Ou será que quero que este rebento seja posicionado para que possa cair sobre ele, quando estiver numa altura superior? São vocês que decidem e não se preocupem, pois com cada rebento que cresce há mais que aparecem, por isso divirtam-se a explorar as várias possibilidades.

Mas voltando às ilhas flutuantes, nelas vamos encontrar flora e fauna estranha para o nosso B.U.D. que terá como missão secundária efectuar a sua análise. Se estivermos atentos vamos também descobrir cenários lindíssimos escondidos, alguns até com direito a troféu. Outras ilhas terão também uma luz amarela na parte rochosa. Isto significa que vão ajudar a nossa planta a crescer, por isso não hesitem em levar até lá um rebento da Star Plant. Além de tudo isto, vão também encontrar uma série de cristais brancos. Com eles vão ter a capacidade de desbloquear as várias habilidades do nosso B.U.D., como por exemplo o Jetpack.

Com tanto que trepei, foi para mim impossível não cair, claro, e não pensar em Son Goku quando trepou a torre de Karin. Isto por uma razão muito simples, quando ele foi derrubado, mal se apercebeu do rápido que foi escalar tudo outra vez. O mesmo acontece em Grow Home, à medida que progredimos há toda uma naturalidade que nos invade e vamos dar por nós a trepar a velocidades bem interessantes e a posicionar estrategicamente os rebentos da Star Plant, a utilizar folhas como trampolim, enfim… Até parece que fazemos isto há anos, é o que vão pensar, vão por mim. Não quer isto dizer que não vão haver frustrações, claro que sim, afinal de contas este é um título de plataformas e todos conhecemos as consequências de um salto mal calculado.

Mas o que acontece quando caímos? Ao contrário de Son Goku que dispõe de uma agilidade sem igual nós teremos de nos contentar com outras ferramentas. A primeira é uma flor, assim que a apanhamos esta fica nas nossas costas pronta a ser utilizada como para-quedas. Só que atenção, assim que as pétalas chegarem ao fim, entramos em queda livre e teremos de nos agarrar, se conseguirmos, claro. Mais tarde, em vez de flores, podemos utilizar folhas, estas não se gastam mas se não as guardarmos a tempo, assim que batermos em alguma coisa podemos deixá-las cair. Não querem fazer um salto de 2000 metros para apanhar uma folha, pois não? Se caírem e durante a queda-livre não se conseguirem agarrar a nada, bom… aí não há volta a dar, morrem e ressuscitam no último checkpoint, acompanhados pelas palavras encorajadoras da M.U.M. (o sistema da nave de B.U.D.). Não sabem onde se encontram os vários checkpoints? É fácil, basta ver onde piscam as luzes vermelhas.

Visualmente este é um título impressionante. Explorar os vários cenários é além de imperativo, aliciante, ou não fossem todos eles tão vibrantes e concebidos de uma forma tão única. Só é pena que esta sensação zen seja arruinada pela animação do nosso B.U.D. que nem sempre é a melhor. Notem que não estou a falar da jogabilidade, mas sim da animação que a acompanha. Com o controlar do braço esquerdo e direito, vamos muitas vezes ver o nosso robô, qual bola ou trapo, enleado em si mesmo. Um contraste, um pouco severo com os deslumbrantes cenários que poderá ocasionalmente dificultar a apreciação devida de tudo o que Grow Home tem para nos mostrar. Esta aventura pode ser terminada em apenas 3 horas. No entanto se quiserem explorar tudo até à exaustão e coleccionar todos os cristais, acreditem que há muitas horas mais à vossa frente.

Vereditcto

Grow Home é um título fácil de recomendar aos fãs do género. Se o são, então esta é uma viagem que não podem perder. Cenários bem vibrantes e de tal forma concebidos que exigem que os exploremos e descubramos todos os segredos que neles se escondem. Vamos trepar, saltar, até para-quedismo vamos fazer e queda-livre ( se tivermos azar), sempre com uma fluidez exemplar. Só é pena que por vezes a animação que acompanha o nosso simpático B.U.D. entre em contraste com o que Grow Home tem para nos mostrar, mas contornando este facto, este é um título que qualquer fã de jogos de plataformas, não pode perder.

  • ProdutoraUbisoft Reflections
  • EditoraUbisoft
  • Lançamento4 de Fevereiro 2015
  • PlataformasPC, PS4, Xbox One
  • GéneroAventura, Plataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Inevitáveis frustrações do género
  • Animação algo trapalhona de B.U.D.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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