Análise – FEZ

Não sabemos bem como descrever FEZ. Se um misto entre os jogos clássicos de arcada, se uma reinvenção dos mesmos, como se isso fosse possível em pleno 2012. Mas sim, é uma revisita, repensada, dos clássicos de arcada de plataformas, completamente tresloucados e com muito franzir de sobrolho.

Não pensem mal deste jogo. Nós adoramos FEZ. É simplesmente uma homenagem aos melhores jogos que fizeram as nossas delícias enquanto petizes. Os jogos independentes são mesmo assim, inovam enquanto piscam o olho aos géneros. Só que Fez reinventa todo um género. À primeira vista, estamos a jogar um jogo 2D com aspecto retro, mas lá mais para a frente somos introduzidos à tridimensionalidade. Sim, leram bem, um jogo 2D que se torna 3D através de uma mecânica inteligente que roda todo o cenário em quatro planos e que obriga a pensar para resolver alguns quebra-cabeças para reunir os famigerados cubos.

Gomez é a personagem principal num mundo centrado (obcecado?) pelas duas dimensões, até que numa missão urgente o aparecimento de um cubo mágico abre uma terceira dimensão ao pequeno ser e causa o caos nas mentes mais obtusas. Esta é a base de toda a aventura. É preciso reunir todos os cubos mágicos para que o Universo não se desintegre. Nada de especial…

Pode acontecer que alguns cubos sejam demasiado desafiantes de obter. Por vezes temos de usar objectos do mundo para os conseguir como cubos móveis ou mesmo bombas. Os puzzles podem chegar a ser algo complexos e não ajuda muito o mundo ser tão vasto com um mapa tão complicado de ler. Mas isso só significa que vamos perder mais tempo a jogar para reunir todos os cubos e salvar o mundo de Gomez.

A nível gráfico, como já explicámos, FEZ apresenta todo o esplendor dos 8 Bits da década de 80 como uma merecida ode aos lendários jogos de arcada. Até mesmo os efeitos de som e música são 8 Bits. Com o avanço tecnológico desta era, pode parecer algo inusitado, mas notem, é por isso mesmo que Fez é tão especial. É que mesmo para quem não viveu a época dourada das Atari e outras pérolas, vai encontrar na jogabilidade de Fez muitas horas de diversão e exploração.

Conclusão

Não é por mero acaso que FEZ recebeu tantos prémios na comunidade Indie. É um jogo genial que usa inteligentemente a tridimensionalidade sem perder a sua identidade arcaica. Todo o ambiente de jogo é viciante, os níveis variam dos mais simples aos mais complexos num mundo vasto que vamos descobrindo a cada minuto de jogo. Só temos mesmo pena que seja um exclusivo da Xbox Live e que os demais jogadores não tenham hipótese de jogar, mas pode ser que essa realidade se altere em breve.