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Análise: A Story About My Uncle

Das mãos da Gone North Games e publicado pela Coffe Stain Studios, chega até nós uma incrível aventura com um enredo que não podia ser mais simples. Em A Story About My Uncle vamos acompanhar a história de um rapazinho que sai em busca do seu tio desaparecido. Esta demanda leva-o a um mundo que ele nunca pensou existir neste título de plataformas na primeira pessoa (First Person). Será que esta novidade no género resulta? Espreita a nossa análise.

A Story About My Uncle começa de uma forma muito tradicional, com a filha a pedir ao pai que lhe conte uma história antes de adormecer. Com um pedido tão doce, é claro que o pai não consegue resistir e começa a contar a história de quando era um jovem rapaz e saiu à procura do seu tio, um incrível inventor e um grande amigo que tinha desaparecido. Mal sabia ele a incrível viagem que iria viver. Começa então a nossa jornada.

Para nos ajudar, vamos contar com uma das invenções do desaparecido tio: um fato que nos permite dar enormes saltos e que, com a tecnologia da mão direita (Grapple), se pode prender a várias superfícies podendo assim atravessar os mais complicados cenários.

Visualmente, este é um título bem agradável. Os cenários são variados e todos eles são vibrantes e cheios de cor. Estes, são também amplos e surgem na sua maioria na forma de puzzles. Como tal, e uma vez que dispomos no máximo de três Grapples (a tecnologia que nos permite agarrar às várias superfícies e com a qual nos vamos deslocando de plataforma em plataforma), vamos precisar de observar bem o cenário onde estamos para descobrir o melhor percurso. Assim, evitamos que o nosso personagem caía no infinito. Se tal acontecer, não se preocupem já que este título insiste em transmitir-nos uma onda de calma e relaxamento. Para esse efeito, os Save Points são vários e surgem sempre antes do próximo percurso a atravessar. Os Reloads quando caímos são também rápidos, por isso têm todo o tempo do mundo para testar a abordagem que melhor se aplica ao percurso que têm de percorrer.

A perspectiva na primeira pessoa, assenta que nem uma luva neste título de plataformas, na medida em que podemos observar todo o cenário com facilidade. As desculpas “o tipo estava à frente daquela plataforma, não a vi!!!” ou “O boneco está à frente, não vejo nada para a frente!!!” não têm qualquer lugar. Apesar de precisarmos de alguma sorte, um facto é que, para o bem ou para o mal, vamos depender ainda mais da nossa habilidade. Infelizmente, a recta final deste título numa dita caverna de gelo não é exemplo disso. A dificuldade sobe a pique e a tal onda de relaxe e calma fica mais… tempestuosa, digamos assim. Aqui, talvez haja uma maior dependência do factor sorte e que entra em forte contradição com tudo o que passámos antes de chegar a esta parte.

À medida que vamos avançando na história, mudam-se os cenários bem como as temáticas que os envolvem, vamos encontrar misteriosas personagens e principalmente pistas sobre o paradeiro do tio do protagonista. Além disso vamos encontrar também uma outra invenção: umas Rocket Boots (Botas-Foguete numa tradução muito livre) que, acreditem, vão dar uma enorme ajuda na nossa viagem. Apesar desta ser curta, durando apenas algumas horas, é uma aventura que não deixa de ser memorável.

Veredicto

Se gostam de plataformas este é sem dúvida um jogo que devem experimentar. Mas se estão à espera de encontrar neste título um FPS de acção, posso-vos dizer que a única acção que vão encontrar será a furtiva, uma vez que terão de passar por uma minhoca gigante que não gosta muito de visitas na sua caverna. Mas é só isso. Tudo o resto passa por disfrutar de uma história misteriosa e bem contada à medida que vamos, corajosamente, atravessando todos os cenários que se colocam à nossa frente. Uma abordagem sem dúvida diferente no género de plataformas, capaz de nos oferecer uma experiência, no mínimo, memorável.

  • ProdutoraGone North Games
  • EditoraCoffee Stain Studios
  • Lançamento28 de Maio 2014
  • PlataformasPC
  • GéneroAventura, Plataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Por vezes damos por nós a depender mais da sorte do que da nossa habilidade

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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