Watch Dogs: Legion já não terá mais actualizações

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Quase um ano e meio depois, a Ubisoft vai deixar de actualizar o seu Watch Dogs: Legion. Neste período de tempo, houve uma clara oscilação na audiência e um novo foco interno para outras produções. O resultado só podia ser este.

Embora Legion não fosse propriamente um “jogo como serviço”, a Ubi costuma dar suporte a médio/longo prazo aos seus jogos, com actualizações de título e, mais importante, novo conteúdo para manter a comunidade interessada. A ambição deste jogo fazia prever uma continuidade de actualizações em épocas de conteúdo. Assim, foi, mas apenas por pouco mais de um ano. Uns quantos novos modos multi-jogador e uma expansão de história (Bloodline) foi tudo o que chegou num ano e três meses.

Num comunicado no site oficial e nas redes sociais, a Ubi anunciou que a actualização 5.6 para Legion, que entrou no ar no passado dia 22, foi a sua última. Inclui a quinta e última época de conteúdo multi-jogador “Stripes” e, uma vez concluída, iniciar-se-á um ciclo rotativo infinito das épocas 3, 4 e 5 nos servidores até que um dia a Ubi decida “puxar a ficha” dos seus servidores.

Embora não gozasse da mesma popularidade de outras franquias da Ubi, Watch Dogs foi sempre uma série interessante e alternativa na fórmula quase inesgotável da produtora e editora Francesa. O primeiro jogo teve os seus problemas técnicos mas lá entrou nos eixos. O segundo jogo correu melhor mas os fãs dividiram-se um pouco com a qualidade do enredo e ainda tiveram de esperar pelo online.

Legion foi um pouco mais consensual e optimizado para um nova geração de hardware. Contudo, relendo a nossa análise, verão que o achámos “um jogo divertido, com muito para nos ocupar, mas não adiciona muito à série, num momento em que muita gente pergunta se vale a pena apostar em mais do mesmo”. Ao que parece, a Ubisoft acha que sim, obviamente porque vende.

Estamos numa era de jogos suportados em continuidade, com as produtoras a serem muito mais prudentes a criar algo novo, preferindo prolongar a vida dos jogos actuais ou simplesmente a reeditar clássicos. A Ubi teve sempre uma política de lançar títulos de forma cíclica quase de ano a ano, o que criou alguma saturação nos tipos de jogos que cria. Jogos, esses, que, para muitos, acabam por ser reciclagens uns dos outros.

Talvez por causa dessa repetição de conceito, uma vez terminada a história, parece haver pouco interesse em continuar a jogar, especialmente online onde a dedicação dos fãs dita a vida de um jogo (que o diga Rainbow Six: Siege). Mesmo que a oferta seja renovada em várias épocas de conteúdo, se não inovar mesmo, aborrece mesmo os jogadores mais dedicados. E não nos façam falar dos infames “passes de época”.

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