The Witcher III com nova vida mas performance aquém

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Para quem não reparou, The Witcher III: Wild Hunt recebeu ontem, finalmente, a sua muito esperada actualização para a nova geração de hardware. Contudo, a nova versão deixa um pouco a desejar.

Com um novo API DirectX 12 e suporte para as tecnologias Ray Trace e Nvidia DLSS/AMD FSR, além de inúmeras melhorias nas texturas, efeitos visuais, iluminação e animações, sem esquecer vários novos elementos de conteúdo, incluindo até uma nova quest completa, e até vários Mods populares pré-instalados, The Witcher III – Complete Edition poderá ser a derradeira edição do jogo.

Contudo, tanta novidade para puxar pelo hardware terá obviamente um preço. Apesar da imensa qualidade do jogo base, em qualquer das plataformas, sempre se mostrou exigente quanto-baste, sendo possível obter óptima performance nas consolas e no PC. Esta nova versão do jogo, porém, precisa de muita atenção.

É irónico que, depois de tantos meses à espera, a actualização 4.0 do jogo seja lançada com problemas técnicos, especialmente no PC. A implementação das novidades, mesmo em hardware acima do recomendado parece carecer de polimento. Vários utilizadores queixam-se de quebras ou oscilação de FPS, efeitos visuais estranhos e até crashes. Até à hora desta notícia, a CD Projekt RED ainda não ofereceu soluções.

Segundo os utilizadores, a situação pode ser facilmente mitigada passando para a opção DirectX 11, embora assim se percam várias melhorias gráficas com esse API mais antigo. Também há quem mencione que bastou reverter para uma versão mais antiga do jogo (a versão clássica 1.32) ou simplesmente desligar todas as opções de Ray Tracing. Obviamente, nenhuma desta “soluções” é oficial ou realmente aceitável.

Nas consolas, a situação não é tão grave, felizmente, parecendo merecer melhor atenção da produção. Na PS5, por exemplo, o jogo apresenta-se praticamente na mesma linha de performance do título-base, mas agora com “gloriosos” 60fps. Ainda assim, notam-se umas quantas quebras de performance, nem sempre subtis, em cenas mais complexas. Sabendo que nas consolas não há tanta coisa nova para lidar como no PC, torna as quebras um tanto injustificáveis.

Enfim, não é um jogo realmente novo. Nem sequer possui elementos complexos demais para a actual geração. Seria de esperar um lançamento suave, portanto. Ainda por cima sendo um “upgrade” gratuito para quem já tinha o jogo. Nos próximos dias a CDPR deverá lançar correcções e melhorias de performance, assim como algumas correcções de erros que sejam relevantes.

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