Sony Apresenta Novo Protótipo do Project Morpheus

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Durante a Game Developers Conference 2015, em São Francisco, EUA, a Sony revelou o que será o mais recente protótipo do célebre Project Morpheus. Estes óculos de realidade virtual pretendem revolucionar o mercado dos videojogos em consola, sobretudo numa altura em que tantos projectos concorrentes parecem avançar a todo o vapor.

Foi exactamente na última GDC em 2014 que a Sony Computer Entertainment apresentou pela primeira vez o seu projecto. Em paralelo com a nova vida da marca Playstation, a Sony decidiu entrar no mercado, entretanto já desbravado pelo Oculus Rift e sondado por marcas como a Razer ou até a Valve. Afinal, quais são os argumentos para os óculos de realidade virtual da Sony?

Ecrã OLED de 5,7” – Segundo a Sony, o novo ecrã OLED com resolução de 1920 x 1080 (Full HD) “expande o campo de visão, permite baixa persistência, remove a névoa e a trepidação provocadas pelo movimento, possibilitando assim uma maior imersão e ajudando a aumentar a experiência física do jogador”. No rigor, a tecnologia OLED também possui maior contraste cromático e escala de cinzentos que o ecrã LCD de 5” do protótipo do ano passado. Além disso, a descida nos preços de produção desta tecnologia, aliada a um menor consumo energético, parecem tornar esta opção a mais óbvia.

Comparação do Project Morpheus no GDC 2014 e agora no GDC 2015

Output de 120 FPS – Esta será uma das características mais complicadas de provar. Diz a Sony que o Morpheus tem “a capacidade de renderizar 120 imagens por segundo”. Não há nada demais nisto. No rigor, nenhuma plataforma está bloqueada aos normais 30 FPS, mas esse bloqueio permite correr os jogos com a melhor qualidade possível sem perda de performance. Morpheus será capaz de renderizar com essa quantidade de quadros por segundo, nada que os actuais sistemas de Realidade Virtual já não façam, por exemplo para captura de movimentos.

Mas mais interessante que isto, é que “através de uma atualização do software de sistema, todas as PS4 irão suportar nativamente 120 FPS quando estiverem ligadas ao Morpheus”. Isto é algo que teremos de esperar para ver, uma vez que nem sequer os anunciados 60 FPS são atingidos nalguns jogos. O que poderá estar aqui em causa é o poder de renderização do hardware, versus a optimização de alguns jogos já existentes. A Sony promete um SDK para “converter imagens de 60 FPS para 120 FPS”. Não estamos a ver como será possível tecnicamente puxar mais o hardware da PS4 sem diminuir a qualidade dos jogos só para cumprir esta promessa. Vamos ficar atentos a este potencial “santo graal” de performances.

Rastreamento preciso e redução de latência – Ou seja, “headtracking”. Usando a PlayStation Camera, Morpheus consegue seguir os movimentos da cabeça do jogador. Com este novo protótipo, existem mais três LED azuis para “tracking” e um melhoramento nos sensores de inércia e acelerómetros para reduzir o tempo de reacção do movimento da cabeça do utilizador.

Design ergonómico – Fruto de alguns testes ao longo deste ano, o novo protótipo sofreu uma alteração de design para evitar a anunciada pressão na face dos utilizadores. Também a colocação ou remoção do sistema ficou mais fácil com uma fita e um botão de abertura fácil. Finalmente, alguns componentes “foram melhorados e otimizados para tornar o capacete mais leve”, uma queixa frequente após algumas horas de utilização e um problema comum em todos os sistemas de realidade virtual.

Outras características já conhecidas são o Áudio 3D, componentes de ligação social ou interligação com a TV. De resto, o aspecto futurista de toque prateado continua semelhante e sem grandes alterações. Quem sabe se com estes óculos a Sony não lança uma PS4 também prateada como tem feito nos demais modelos.

Com cerca de 1 ano de testes, porém, Project Morpheus só tem data de lançamento lá para o primeiro semestre de 2016. O que, com a concorrência à vista, não pode atrasar muito mais.

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