Sentem náuseas com óculos VR? A culpa é dos produtores, diz a Valve.

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Um dos grandes entraves à popularidade dos dispositivos de Realidade Virtual são os sintomas fisiológicos que alguns utilizadores têm durante o seu uso. Náuseas, vertigens e dores oculares ou de cabeça, são apenas alguns desses sintomas. Mas, se acham que a culpa é do dispositivo, a Valve tem outra opinião.

Segundo um dos produtores da Valve, Chet Faliszek, os sintomas fisiológicos não são causados pelos equipamentos em si mas pela má integração da realidade virtual nos videojogos em demonstração. “Os jogadores deviam culpar os produtores pela fraca implementação da realidade virtual nos jogos”, diz Faliszek. “Já não é a culpa do hardware,” continua, “a culpa é dos produtores com escolhas que vos criam náuseas. Digam-lhes que não querem isso”.

No mesmo evento onde se falou de Half Life 3, a Valve demonstrou como os dois controlos de movimento no seu HTC Vive VR, são mais naturais ao movimento em jogo e podem evitar as náuseas. Em contraste com outros produtos no mercado (como o Oculus Rift, por exemplo) que usam gamepads para controlar o movimento, esses controlos são mais semelhantes aos nossos movimentos de braços, ajudando assim a combater a sensação de movimento sintético dos analógicos de um gamepads.

Claro que tudo isto é teoria e uma potencial estratégia de venda do seu produto. Os óculos de realidade virtual ainda estão numa fase de desenvolvimento com diversas empresas a concorrer pelo lugar cimeiro da tecnologia. O HTC Vive VR compete com o Sony Playstation VR, Oculus Rift, Razer OSVR, Microsoft Hololens, Samsung Gear VR e muitos outros de maior ou menor fama. Então, é normal que Chet Faliszek tente enaltecer as qualidades do seu produto, em especial pelo facto de estarem a gastar imenso dinheiro no aperfeiçoamento de controlos exclusivos.

Se são mesmo os controlos que estão a causar náuseas aos utilizadores, é discutível. Os poucos testes que já é possível fazer com estes dispositivos produzem resultados mistos. Há quem fique imediatamente nauseado por causa da noção de falta de movimento físico e há quem tolere isto muito melhor. No fundo, teremos de esperar para ver como estas tecnologias chegam até nós e como nos adaptamos às mesmas.

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