Pushstart lança a sua primeira revista física

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Recentemente surgiu-me uma surpresa no Facebook: a rapaziada da revista Pushstart estava a anunciar que iria passar a ter uma revista física para comemorar o seu quinto aniversário. Eu não hesitei em carregar no link que tinha sido publicado há poucos minutos. 
A espera durou quase 3 semanas, para receber a dita revista, nada contra a logística nem à equipa, foi mesmo por não terem conhecimento de que eu já tinha feito a transferência, coisas de bancos. Problemas à parte e depois de tudo resolvido, aguardei pela segunda edição de revistas, porque a primeira esgotou num estalar de dedos.
Tal como o Myagi me ensinou, aguardei pacientemente pela minha revista. Enquanto não chegou, o Vitor Moreira, redator da revista, foi perguntando, dia após dia: “já recebeste?” “hoje chegou-te a revista?”. Foi incansável e fica aqui um agradecimento por ter seguido a encomenda desde o início.

Numa Sexta-feira, chega um envelope à minha secretária e era finalmente a revista Pushstart, a edição 56, mas a primeira em formato físico e dedicada ao Commodore Amiga 500. De certa forma já sabia o que esperar em termos de qualidade, mas confesso que depois de ler esta versão fiquei com melhor ideia do rigor e do amor entregue por esta equipa ao seu projecto.
Desde o grafismo à qualidade do papel, passando pela capa acetinada são todos pontos que lhe conferem uma qualidade acima da média e esta custa apenas 4,99€. Mas atenção, não a vão encontrar em qualquer papelaria, pelo menos por enquanto. Se tiverem interessados podem ir ao site oficial e encomendar a vossa edição.
Para terem uma ideia, existem três pessoas que fazem a revisão aos textos para evitar que qualquer gralha passe para a versão final e estes revisores nem escrevem para a revista.

Depois vêm os textos, escritos na maior parte por coleccionadores e seguidores de videojogos desde os primórdios, ou não fosse uma revista com grande foco no retrogaming. Todos os textos são bem estruturados e com uma capacidade de me fazer relembrar vários jogos da minha infância ou dar a conhecer novos jogos, como foi o caso do Ranger X da Mega-Drive e ainda me falou da história da série Elite. Toda a estrutura da revista me faz lembrar imenso a inglesa RetroGamer, a única revista que sigo religiosamente e acho que foi um caminho muito bem escolhido.

Quero dar um especial destaque ao texto do Tiago Lobo Dias que tanto me fez rir ao revelar o seu grande segredo: A sua paixão pelo jogo Rainbow Islands.
Um jogo que tentou nunca usar para mostrar o poder computacional do seu Amiga. Tiago, conta no seu texto, que tinha o Amiga ligado “a uma Pioneer com colunas de 120 watts, com um metro de altura cada”, com um circuito de “três pares de lâmpadas psicadélicas ligadas à saída do seu amplificador, que acendiam ao ritmo do som.” Tiago adiciona ainda que o efeito de presenciar um acontecimento destes era “o mesmo que apanhar uma chapada de luva branca com um tijolo lá dentro. Os espectadores ficavam completamente atordoados. Os adeptos do Atari ST ficavam todos negros, os de Spectrum ficavam de cama.”, mas está claro que o Rainbow Islands, um jogo colorido e fofinho, não podia ser usado para mostrar o potencial do seu Amiga, até ao dia em que houve um deslize…

Desde que recebi a revista na Sexta, até Domingo que a fui lendo sempre que tive oportunidade. Nos transportes, numa fila de espera, durante um Loading ou até na minha poltrona de porcelana, qualquer oportunidade era boa para acabar de ler a revista até ao fim.
Como disse anteriormente, havia uma revista que seguia religiosamente, agora passo a ter duas!

Os meus parabéns a toda a equipa da Pushstart.
Se não conhecem ainda a revista, façam o favor de ir até ao site oficial.

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