Produtor de XDefiant diz que jogadores com problemas podem “seguir em frente”

Regra geral, a crítica e a demonstração de insatisfação pelo estado de um jogo, é recebida com compreensão e tida como algo construtivo para melhorar o jogo. Para um produtor de XDefiant, no entanto, parece ser uma chatice.

Lançado em acesso antecipado em Maio, falámos na nossa experiência como sendo “um jogo simpático, gratuito e com boas ideias. Mas não são ideias suas, propriamente, havendo quem faça mais e melhor”. Por outro lado, queixámo-nos de problemas com o matchmaking que estragaram as primeiras horas de jogo. A promessa da Ubisoft era que a primeira temporada é que traria o jogo final e esperámos por encontrá-lo.

Infelizmente, por mais que a Ubi trabalhe ainda no que o jogo poderá oferecer, actualmente não há muito em XDefiant que nos faça mudar de opinião. Pior, diversos bugs e problemas de balanceamento e estabilidade continuam a assolar o jogo e os fãs não têm muita paciência para esperar por esse jogo tão prometido pela produção. O potencial está lá, mas nesta altura há dúvidas se a Ubi consegue realmente extraí-lo.

O produtor executivo Mark Rubin deveria ter o papel de esclarecer o estado actual do jogo, garantindo que os jogadores podem apostar no jogo e esperar algo realmente positivo no seu futuro. Contudo, numa atitude francamente contraproducente, o produtor parece preferir que os jogadores sigam para outro jogo se não têm essa paciência para esperar pelas promessas da produção.

Rushed out? No. What we have is an engine that has only ever been an MMO. And so all of the infrastructure for an FPS has had to be built up from the ground floor. Even CoD started on ID tech which was a shooter engine. Apex started on a shooter engine. But for us we are working…

— Mark Rubin (@PixelsofMark) July 5, 2024

Em resposta a um jogador que diz que o jogo foi “apressado”, Rubin explica que o jogo foi desenvolvido sobre um motor gráfico criado para ser um MMO, obrigando a que “toda a infraestrutura de um shooter fosse criada de raiz”. Por causa disso, continua o produtor, XDefiant precisa de muito trabalho, que resulta em muitos bugs que outros motores já resolveram. E então larga a “bomba” que mencionamos acima.

“Se gostam do que estamos a criar, fiquem por aí e verão as coisas a melhorar e novas funcionalidades a serem adicionadas. Mas, se o jogo não é para vocês, ok, podem seguir em frente”. Basicamente, Rubin diz que se não têm paciência para esperar pelo jogo que estão a desenvolver (já depois de ser lançado), então podem abandoná-lo. Não é algo ilógico, obviamente, sendo algo que muitos jogadores claramente já fizeram. Todavia, não é todos os dias que um produtor diz publicamente “se não gostam, não joguem”.

Olhando para a actual cadência de jogadores, de facto muitos já devem ter levado a sugestão de Mark Rubin muito a sério. Ou o matchmaking continua a fazer “das suas” ou estamos a ver um claro decréscimo de jogadores para preencher sessões, isto já depois da primeira temporada de conteúdo ter arrancado. Se há mesmo um “grande” jogo previsto, ainda não está entre nós. Dada a concorrência fortíssima por aí, é bem possível que XDefiant caia no esquecimento, o mesmo que aconteceu com tantas outras tentativas da Ubi de criar um “título como serviço” há vários anos.