NetEase exige 40 milhões de Euros à Blizzard

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[Esta notícia foi corrigida num artigo posterior]

No passado mês de Janeiro, o contrato que permitia à Chinesa NetEase distribuir jogos da Blizzard chegou ao fim. Contudo, a corporação asiática ainda exige 40 milhões de euros à produtora e editora.

Depois de 14 anos de parceria, este parece ser um divórcio doloroso. Não é que o fim desta parceria seja realmente negativo para os jogadores. Infelizmente, os servidores de alguns jogos foram desligados localmente mas temos de recordar um episódio de censura que aconteceu há uns anos, exactamente envolvendo um jogo da Blizzard distribuído pela NetEase. A China é um país complexo, envolto em regras e leis restritas e muita censura de conteúdo e opinião. Talvez a Blizzard quisesse simplesmente desenvencilhar-se deste mercado.

Já em Janeiro, aquando do fim do contrato e do falhanço nas negociações para uma renovação, as duas partes acusaram-se mutuamente de forçarem o fim do acordo, no que parecia apenas um mero colapso de relações para esquecer. A empresa Chinesa, porém, parece ter uma ideia mais clara da culpabilidade, exigindo 300 milhões de Yuan (cerca de 39,4 milhões de Euros), num processo que deu entrada num tribunal em Xangai (via Weibo, traduzido).

As alegações são várias, desde promessas não cumpridas pela Activision para reembolsar os jogadores na China quando os servidores foram desligados, uma pretensa violação de acordos de licenciamento, uma compensação por inventário de merchandise não vendido e até um pedido de devolução de um “sinal” (adiantamento financeiro) para garantia de vários jogos que acabaram por não acontecer.

Por seu lado, ao site PC Gamer, a Blizzard alega que não recebeu qualquer notificação de processo, indicando ainda que a distribuidora asiática teria toda a responsabilidade no que toca aos mencionados reembolsos a jogadores Chineses, não abordando os demais itens levantados no alegado processo judicial.

É inevitável pensar como o momento é claramente oportuno. Agora que a Blizzard, uma empresa Activision, muito provavelmente se vai fazer parte da Microsoft, não parece nada inocente o timing deste fim de relação e, claro, deste pretenso processo de indemnização.

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