
Depois de vermos como a indústria dos videojogos se galvanizou para protestar contra a invasão da Rússia na Ucrânia, lentamente outras empresas se têm juntado. Agora são mais três com enorme peso.
A Nintendo suspendeu as vendas na sua loja Nintendo eShop Russa, depois de vários utilizadores terem reportado dificuldades a fazer pagamentos. Horas depois dos primeiros alertas, a Nintendo acabou por colocar a loja em “modo de manutenção”, efectivamente encerrando-a neste território.
Segundo a Nintendo, esta situação foi causada pela suspensão do processamento de transacções em Rublos (moeda Russa) no serviço de pagamentos. Ou seja, neste caso a Big-N foi forçada a suspender a loja sob pena se não ser possível pagar compras na loja. Até ver, não parece que se trate de uma acção de protesto.
Também a Epic Games Store tem a sua loja suspensa em território Russo. Desta feita, porém, esta sim é uma acção de protesto e não um acto involuntário. Num comunicado sucinto, a Epic Games informa que a loja foi bloqueada neste país. No entanto, diz a empresa, a sua aplicação continua acessível, pelo menos na parte das comunicações, uma vez que a Epic diz que “o mundo livre deve manter todas as linhas de diálogo abertas”.
Epic is stopping commerce with Russia in our games in response to its invasion of Ukraine. We’re not blocking access for the same reason other communication tools remain online: the free world should keep all lines of dialogue open.
— Epic Games Newsroom (@EpicNewsroom) March 5, 2022
Em sincronismo com a sua empresa-mãe Microsoft, que recentemente inibiu novas compras Russas nas suas plataformas. também a Activision-Blizzard decidiu suspender as vendas na Rússia. Segundo o presidente e COO Daniel Alegre num comunicado oficial, a suspensão de novas vendas de jogos e de transacções nos mesmos na Rússia, surge em solidariedade com a Rússia. Anunciou ainda que está a apoiar activamente organizações humanitárias na Ucrânia.
Será de prever que nas próximas semanas várias outras empresas se juntem em medidas semelhantes. É preciso notar que, por mais que ninguém fique indiferente e deseje contribuir, cada dia em que uma loja é restrita numa região representa perdas para esta empresas.
É discutível se as suas perdas financeiras são equivalentes à perda de vidas humanas, é verdade, mas também não se sabe até que ponto estarão estas medidas a fazer o efeito desejado no lado Russo. Para o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, as sanções internacionais são “declarações de guerra”. O que serão estas restrições de lojas internacionais?