Lisboa Games Week – As novidades

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As maiores feiras internacionais já nos habituaram a trazer as últimas novidades do mundo dos videojogos. Os visitantes são normalmente brindados com trailers, demos, novos periféricos nunca antes experimentados e têm até, por vezes, a oportunidade de conhecer os próprios programadores dos jogos.

No entanto, por terras nacionais, nunca antes uma feira de videojogos tinha trazido tantas novidades e se aproximou tanto do panorama internacional como aconteceu com a feira do passado fim-de-semana. Vejam em baixo o nosso destaque para as maiores novidades da Lisboa Games Week

Cooler Master

Uma agradável surpresa esperava todos os visitantes da LGW. Pelo meio da venda de periféricos para gaming havia um interessante stand da Cooler Master. Neste espaço convidativo, além das famosas e imponentes caixas da marca, estavam também estações artilhadas. Estas fizeram as delícias dos gamers no local, os quais não perderam tempo a explorar as capacidades das máquinas com jogos online.

Mas o destaque estava mesmo ali, debaixo das mãos dos jogadores. Estavam a jogar com duas novidades inéditas no nosso mercado e que foram apresentadas em primeira-mão na Lisboa Games Week. Já conhecem os novos teclados e ratos da Cooler Master?

Este é o Cooler Master Nova Touch TKL. À partida parece apenas mais um teclado banal, mas o facto de se chamar “Nova Touch” deveria dar uma pista sobre as suas características. Por baixo de cada tecla, está um novo sistema patenteado pela Cooler Master de switches híbridos (Hybrid Capacitive), que além de silenciosos, são feitos para durar e receber o uso mais intenso. Mas há também um sistema de borrachas para atenuar ainda mais o ruído das teclas e a possibilidade de desligar o cabo USB no próprio teclado. A robustez traduz-se, segundo a CM, em 60 milhões de ciclos (quantidade de vezes que a tecla é pressionada) de durabilidade.

Gostam de combos teclado+rato cheios de estilo? Gostam de personalizar as cores de fundo das teclas e também do rato? Gostam de designs futuristas mas sóbrios? Então o Octane Gaming Combo é para vocês. Todos sabemos que o “bling bling” não adiciona nada à jogabilidade, mas se pudermos ter uma luz colorida nos periféricos, tanto melhor. Além disso, no teclado é importante esta retro-iluminação de sete cores e diferentes animações para identificar as teclas em baixa luz. O melhor de tudo é que este teclado MB7C possui a tecnologia dos teclados da Cooler Master a nível de fiabilidade e materiais e o rato MS35 tem todas as características necessárias para os jogadores mais exigentes, com o seu sensor óptico com quatro presets de 500, 1000, 2000 e 3500 DPI de precisão.

Convenhamos que este mercado dos periféricos para gamers é dos mais agressivos no mundo da informática. Há, cada vez mais, um interesse em criar novas tecnologias para esta exigente classe de utilizadores. É de louvar o interesse da Cooler Master em não só trazer algumas das melhores inovações em caixas, refrigeração mecânica, watercooling, fontes de alimentação, mas também de periféricos. Talvez não haja outra marca que conheça melhor os gamers do que esta, com tantos anos de actividade no modding e nos campeonatos profissionais de videojogos.

Dying Light – Upload Distribution

Mais um grande exclusivo trazido até nós na Lisboa Games Week. Atrás do stand imponente de Mortal Kombat X, estavam quatro PCs super artilhados (GTX Titan Black, SSD, Core i7, um mimo, queríamos ter trazido um debaixo do braço, mas não deu). Nestes quatro computadores, perdão, super-computadores, estava a correr um dos jogos mais antecipados do género Survival Horror com zombies. Já vos estamos a ouvir: “Outro jogo de zombies?”

Calma! Dying Light é tudo menos banal. Sim, tem zombies com fartura. Sim, tem armas improvisadas e tem muitos momentos de frustração. Só que apimenta a coisa com: Parkour! É verdade. Neste jogo que esteve para ser uma mera continuação de Dead Island, da produtora Polaca Techland e editada pela Warner Brothers, a sobrevivência faz-se escalando paredes, saltando por telhados e saltando em cima de carros. A acção é frenética e super dinâmica, verdadeiramente fantástica e fluída. Jogámos com o comando da Xbox One, mas foi igualmente interessante usar o teclado e rato. A dinâmica é simples: uma tecla para correr, uma tecla para saltar e uma tecla para agarrar superfícies. Apenas temos de orientar a personagem para onde queremos, sem quaisquer quebras na animação e de forma intuitiva. A liberdade não tem precedentes.

A quantidade de armas é brutal, são mais de 100 no jogo final. Nós experimentamos desde uma simples pistola a uma machete com lança chamas ou um machado electrificado. Existem também armadilhas que se podem pré-activar à distância e outras interacções, como abrir uma válvula de vapor ou disparar para barris de combustível. O resultado é tremendo. Escalar uma parede, saltar de um telhado para aterrar num carro, fazer um headshot num zombie que corre até nós, vendo que ele não pára, empunhar a marreta-machado e… cortá-lo ao meio. É macabro, sim, mas é muito divertido.

E graficamente, este jogo é um exemplo de como se pode puxar ao máximo aqueles PCs que serviram de base para a Demo. Não é por mero acaso que Dying Light foi cancelado para a Xbox 360 e PS3. Essas consolas não iriam aguentar as texturas, animações e efeitos deste jogo. Só mesmo um grande PC, uma Playstation 4 ou uma Xbox One tem essa capacidade. Resta-nos esperar pelo final de Janeiro de 2015 para ver o jogo final mas a demo proporcionada pela Upload Distribution na Lisboa Games Week foi uma excelente experiência e um grande exclusivo.

The Order 1886 – Sony Playstation

Num obscuro contentor azul no stand da Sony Playstation, lá estava um dos jogos mais esperados pela redacção do WASD. Tentar explicar o que é The Order 1886 é complicado. É mais do que um jogo para Playstation 4. É um showcase das capacidades da consola. É uma demonstração de até onde a tecnologia vai para proporcionar o melhor jogo possível, numa excelente experiência visual. Pelo menos, é essa a intenção desde que foi anunciado.

A demo do jogo foi muito curta. Demasiado curta. Queríamos jogar mais e mais. A jogabilidade é muito fluída, numa acção na terceira pessoa com recurso a cobertura. É um shooter pouco convencional que usa armas adaptadas, semi-futuristas, com toques de steampunk. O sistema de cobertura é competente, permitindo-nos “colar” às paredes e fazer tiro com a protecção da mesma. Os inimigos, nesta demo pelo menos, surgem de vários níveis e persistem em usar também os sistemas de cobertura, tornando as batalhas muito mais intensas. As armas, requerem hábito. Por exemplo a metralhadora que usámos requeria que disparássemos primeiro um projéctil que incendiava a área onde caía e só depois o resto das munições eram eficazes. Vimos também uma espingarda que dispara um arco azul e que requeria alguns segundos para efectivamente derrubar os adversários. Enfim, teremos de esperar pelo jogo final para ver como serão. Pareceram-nos bons conceitos para variar um pouco da acção directa de tiro.

Graficamente, o jogo é tão genial que estávamos a ver uma cena introdutória e só percebemos que tínhamos de agir quando a personagem ficou parada à espera de uma acção nossa. Genial! Com um cenário deslumbrante do período oitocentista de Londres, conta a história do Rei Artur e dos lendários Cavaleiros da Távola Redonda, a braços com uma ameaça sinistra de uns monstros que ameaçam toda a humanidade. Pode não ser o melhor dos enredos mas é, certamente, um dos grandes jogos para a Playstation 4, uma nova série de enorme qualidade para a consola da Sony e, pelo que vimos na demo, uma fantástica aventura.

Infelizmente, The Order 1886 tem data prevista de lançamento só para Fevereiro de 2015. Muito longe. Mesmo com o grande esforço da Sony ao trazer esta demonstração exclusiva para a Lisboa Games Week, não conseguimos atenuar o tempo de espera. Especialmente quando este jogo já sofreu uma série de adiamentos, mas que promete tanto. Afinal de contas, a sua produtora Ready at Dawn só tinha experiência anterior em jogos portáteis e ports para Playstation 3 mas não se preocupem. Está lá o Santa Mónica Studio e todos sabemos que das suas mãos, só vem coisa boa!

Until Dawn – Sony Playstation

Ainda sem data de lançamento marcada, Until Dawn é um jogo de terror exclusivo para a Playstation 4 que acompanha oito adolescentes enquanto estes passam a noite isolados num edifício. Mal sabem eles que estão lá fechados com um assassino em série.

Pelo que pudemos ver no Lisboa Games Week, este não é, de todo, um típico jogo de sobrevivência de terror como o é, por exemplo, o recente Alien Isolation. Until Dawn aposta muito mais no susto repentino do que qualquer outro título a que estamos habituados nos últimos tempos. Para além do mais, muitas parecem ser as possíveis interacções com o cenário e as ambivalências do comando Dualshock 4 com o título da Supermassive Games. Pensem por isso numa espécie de Heavy Rain com ênfase no terror.

Por entre os jogadores que o puderam experimentar na feira, ouvia-se muita gente entusiasmada, alguns apostavam mesmo que aquele era o título que os faria comprar a consola de nova geração da Sony. Veremos para o ano se assim se concretizará.

Bloodborne – Sony PlayStation

No espaço da Sony é claro que Bloodborne tinha de estar presente. Depois do rescaldo do Alpha deste título, confesso que, na redacção do WASD, já tínhamos algumas saudades. A build presente na Lisboa Games Week, cobre sem tirar nem pôr o que já tínhamos experimentado no teste Alpha.

Mas isso não nos impediu de visitar novamente a cidade vitoriana de Yharnam. A experiência correu da melhor forma e serviu para confirmar o que já tínhamos antevisto. Mais uma vez o destaque cai sobre toda a jogabilidade que insiste em mostrar-se extremamente fluída. Soube bem eliminar todos os adversários que teimosamente nos queriam derrubar e soube ainda melhor derrotar o imponente Boss à primeira.

Evil Within – Infocapital

Logo à entrada da feira foi para nós impossível não reparar no enorme stand onde se encontrava Evil Within. Tendo sido lançado no dia 18 de Outubro, este título foi também alvo de um merecido destaque na Lisbon Games Week. A malta da Infocapital, a comando da simpática Maria João, estava vestida mais do que a rigor e lançou à redacção do WASD o assustador desafio de jogar a esta recente chegada ao género de Survival Horror. Nós, claro, aceitamos! Aliás, temos por hábito concordar com tudo o que uma pessoa de avental ensanguentado e de cutelo na mão diz!

Percorrendo um estreito corredor, onde se encontravam um corpo e cabeças penduradas, talvez de jogadores que não foram capazes de completar a demonstração do jogo, encontrámos a sala onde, agora sim, podíamos experimentar este título.

Jogámos na Xbox One e a experiência foi, no mínimo, sublime. Não querendo adiantar muito, pois a nossa análise está para muito breve, o jogo correu de forma exemplar. Ou não estivesse este título a cargo de Shinji Mikami, responsável pela série Resident Evil, ao jogar Evil Within não pudemos deixar de recordar, por exemplo, Resident Evil 4, o que acaba por ser um enorme elogio.

Tanto no aspecto visual como na jogabilidade, toda a fluidez com que tudo acontecia no ecrã merece destaque. Durante a nossa curta experiência não ocorreram momentos de grande terror, mas houve, sim, espaço para uma enorme tensão que culminou numa perseguição de cortar a respiração. Mais não podemos adiantar, em breve podem contar com a nossa análise onde podem ficar a conhecer toda a nossa assustadora experiência.

Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm Revolution – Namco Bandai

Como era de esperar, no recinto da Namco Bandai estava também presente a última entrada na série Storm de Naruto. Nós claro, tivemos de experimentar.

Quem tem vindo a seguir esta série, a cargo da Cyber Connect, sabe o que esperar. Basicamente cada entrada corresponde a uma actualização do que podia ser encontrado na versão anterior. Desta forma em Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Ninja Storm Revolution, podemos encontrar um maior desenvolvimento da história e sobretudo um ainda maior leque de personagens, ao todo 118.

Tivemos pouco tempo e como tal fizemos apenas um ou dois combates. A jogabilidade continua a ser o ponto forte deste título e é perfeitamente compreensível que haja um reaproveitamento de várias animações dos antecessores. Se a fórmula está boa, para quê trocar, especialmente quando falamos da animação de 118 personagens. Já que falamos de animações, esse é também outro aspecto que sempre mereceu e continua ainda a merecer destaque. A Cyber Connect esforça-se por oferecer aos jogadores uma aproximação fiel ao que podemos encontrar na série anime mas muitas vezes consegue o feito de a superar e isso é o que acontece novamente neste título.

Se são fãs do género e se gostam também de um bom título de luta, este é um jogo que não podem deixar escapar.

Dragon Ball Xenoverse – Namco Bandai

Dragonball Xenoverse prepara-se para chegar à nova geração no dia 13 de Fevereiro do próximo ano mas antes disso fez uma pequena paragem na Lisboa Games Week.

Com tanta coisa para ver, acabámos por não conseguir dedicar a este título todo o tempo que queríamos. Mas como fãs que somos do universo de Dragon Ball, esta era uma experiência que não podíamos deixar de parte. O combate foi o clássico Vegeta Vs Son Goku, já o cenário, claro, foi o do Grande Torneio de Artes Marciais.

No que diz respeito ao aspecto visual, Dragon Ball Xenoverse mostra-se apelativo. Já em termos de jogabilidade o caso foi diferente. Não sendo muito intuitivo, o sistema de combate deixa algo a desejar. Confesso que o tempo que tivemos para o experimentar não foi o desejado, mas mesmo assim ficou algo aquém das nossas expectativas. Quem sabe, com mais tempo e com a versão completa a nossa opinião mude. Estamos também curiosos com o modo história que promete várias versões alternativas do universo de Dragon Ball e a criação da nossa personagem. Só que até lá, por enquanto, é-nos difícil recomendar este título.

Project CARS – Namco Bandai

A demonstração que estava disponível no evento só veio deixar mais água na boca, principalmente depois do jogo ter sido adiado para o ano que vem. Mas fora isso, podemos dizer que estamos diante de um jogo com tanto potencial como um Forza Motorsport ou um Gran Turismo, mas com a diferença que Project Cars tenta ser ainda mais realista. Tem mais variedade de carros e será para todas as plataformas, sem restringir os fãs do desporto automóvel.

Este é daqueles jogos que deve ser jogado com um volante, mas com o DualShock 4 não ficou nada aquém das expectativas. Todos os controlos tinham uma excelente resposta, mesmo quando no início achámos que o carro fugia demasiado, mas isto foi devido aos pneus que ainda estavam frios… O realismo vai até ao pormenor!

Infelizmente só pudemos percorrer três voltas no circuito do Dubai, mas o pouco que jogámos não deixou margem para dúvidas do grande potencial de Project Cars.

Então e tu?

Estiveste lá? Então fala-nos do que gostaste mais e quais foram, para ti, as maiores novidades! Além disso, dos títulos que estão ainda no forno ou dos já acabadinhos de sair, quais foram os que experimentaste?

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