Fã Russo protesta revelando port de STALKER para consolas

STALKER

A produção da série S.T.A.L.K.E.R. tem vindo a sofrer alguns revezes, seja por causa da guerra na Ucrânia, seja pelas suas repercussões. Um fã Russo, porém, decidiu mostrar o “outro lado”, o que alega ser descriminação.

Em causa está um conjunto de acusações publicadas online e repetidas em vários canais, inclusive no SubReddit dedicado à franquia. O manifesto de cinco páginas é escrito por um streamer Russo que assina como “Nevazhno, Kto” e “Velichaishii” (que traduzido é algo como “Não interessa quem” e “O Maior”) e faz-se acompanhar por um vídeo, sobre o qual já falaremos.

No manifesto, o Streamer acusa a produtora Ucraniana GSC Gaming World de discriminação para com os jogadores Russos que “suportaram o jogo durante 15 anos, mantendo-o vivo”. Ao todo, lista oito incidentes que demonstram esta descriminação que aconteceu desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro deste ano. Desde censura no Discord oficial da série, até à sua campanha de angariação de fundos ser usada para “financiar o treino e equipamento das tropas Ucranianas“, as acusações são algo graves.

Muito além de protestar verbalmente, “O Maior” decidiu ir mais longe publicou mesmo um longo vídeo do que alega ser o port para consolas (neste caso Xbox) do jogo original S.T.A.L.K.E.R.: Shadow of Chernobyl de 2007. Este port está há algum tempo em produção e deveria ser lançado pouco antes do próximo STALKER 2. Há quem duvide da autenticidade do vídeo (que não vamos publicar pelas razões óbvias mas podem vê-lo aqui), contudo, parece ser francamente credível.

O que é certo é que este tipo de fugas de informação nunca ajudam em rigorosamente nada. Até porque o vídeo mostra uma “build” muito rudimentar e algo datada, provavelmente pouco representativa da qualidade pretendida. Mesmo que seja verdade a tal descriminação alegada pelo streamer Russo, publicar informação confidencial e potencialmente inacabada, só serve para prejudicar uma produtora que está a braços com dificuldades notórias de uma guerra que ninguém pediu.

Contactado pela PC Gamer, “O Maior” diz que não pretende nada mais em troca, este foi apenas um acto que diz um “choro da sua alma”, demonstrativo do do seu “desapontamento pela forma como os fãs Russos de STALKER foram tratados”. Contudo, também ao mesmo site, um dos representantes da GSC menciona que estes tipos de reacções não são tão inocentes assim e que se fazem acompanhar quase sempre de “chamadas ao bullying e ameaças de morte”.

A produtora Ucraniana, até agora, não reagiu da forma esperada. O vídeo continua no ar, sem que a GSC sequer comente a sua legitimidade. Também o manifesto continua por aí sem resposta. O representante da GSC diz que a produção de S.T.A.L.K.E.R. 2: Heart of Chornobyl continua (conforme demos conta há uns dias) e que fugas destas “fazem parte da vida dos produtores”. Ainda assim, acreditam “no melhor, para o jogo, para o país e para o mundo”.

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