Depois de DLC aí estão as Micro-Transacções em Destiny

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Cada vez mais nos parece que os DLC pagos têm os dias contados. Com o “murro na mesa” do DLC gratuito de The Witcher III, mais e mais produtoras e editoras estão a apostar noutra forma de obter lucro em continuidade de cada jogo lançado. E o caso das micro-transacções estão a chegar ao Destiny.

No exemplo de The Witcher III vimos como a produtora CD Projekt RED veio abalar a tendência do mercado. Jogos eram lançados com histórias e pedaços de jogabilidade ou itens de jogo criados à parte, para serem mais tarde vendidos como conteúdo adicional. Há casos em que o DLC pago é essencial para terminar a história ou para evoluir a carreira.

Foi assim com Destiny, que viu o terceiro DLC, The Taken King, lançado há algumas semanas. Envolto em alguma polémica pelo custo elevado para quem tinha um pretenso passe de época, este DLC aumenta a progressão das personagens para nível 40, além de dar acesso a novos itens e armas, só possíveis de obter com este e os outros dois pacotes adicionais anteriores comprados e instalados. Assim, se queremos dar continuidade ao jogo, tínhamos de adquirir ou o bundle do jogo com os 3 DLC ou comprar individualmente cada conteúdo extra, que se tornaria mais caro que o jogo original em si (cerca de 80€).

E o que fazer quando há tantos protestos pelos passes de época e DLC pagos? Altera-se a estratégia para o futuro. Apesar do DLC continuar a ser obrigatório para progredir até ao nível máximo, a Bungie anunciou uma nova estratégia para continuar a lançar conteúdo, obtendo, na mesma, o devido retorno financeiro pela continuidade do jogo.

Como anunciado no site Bungie.net, a produtora irá continuar a adicionar conteúdo da história, desta feita, porém, inteiramente gratuito. A alternativa é o regresso de uma loja no jogo com a personagem Tess Everis (em cima) que irá reinstalar-se no jogo a 13 de Outubro. Com ela, chegam as micro-transacções. Mas descansem se acham que esta medida vai dar vantagem a quem tiver carteira recheada. Pelo menos por agora. Tess trará consigo apenas 18 novos emotes (expressões animadas para as personagens do jogo), que em nada afectam a jogabilidade em si. Para comprar estes emotes terão de coleccionar uma nova moeda de jogo, Silver, que vai estar disponível para compra directa na Playstation Store ou Xbox Live Store.

O objectivo, segundo a Bungie, é “suportar o serviço providenciado pela equipa por mais um ano, enquanto ampliam e criam eventos mais robustos e apelativos”. Eventos esses que serão “anunciados mais tarde ainda este ano”. Ou seja, esta é uma medida de suporte financeiro para conteúdo futuro, embora nos pareça algo escasso oferecer apenas emotes para venda, algo puramente cosmético. É possível que a Bungie acabe por fornecer outro tipo de produtos na loja de Tess, como armas exclusivas ou algum item mais influente da jogabilidade. Apenas esperamos que não seja algo “pay to win” como acontece com alguns jogos que oferecem boosts de XP ou itens poderosos a troco de dinheiro.

Uma coisa é certa: A Bungie está atenta à comunidade e está constantemente a alterar e a aperfeiçoar o jogo, agora que está no segundo ano de vida. Apesar de tudo, o DLC The Taken King trouxe o que o jogo há muito pedia: um modo de história real com um enredo transversal às actividades PvE e PvP. Infelizmente o seu preço e obrigatoriedade e possuir os dois DLC anteriores não ajuda ao regresso de muitos. No entanto, nestes dias Destiny tem visto um ressurgir de interesse e, a partir do dia 18 deste mês, talvez tenhamos ainda mais razões para regressar ao nosso Guardian.

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