CEO da Atari pretende comprar a empresa

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A lendária Atari está longe da ribalta de outros tempos e a passar por um mau momento financeiro, há uma proposta de compra. Mas, ao contrário do que seria de esperar, a oferta veio de alguém “dentro de casa”.

Para quem não conhece (quem?), a Atari é uma mítica construtora Californiana de consolas e máquinas de arcada, que teve o auge nos anos 70. Infelizmente, a sua relevância foi desvanecendo, tendo se virado apenas para a produção de jogos em 1984. Quase abriu bancarrota em 2013, depois de ver a sua estrutura colapsar. Renasceu das cinzas em 2017, inicialmente a (re)produzir uma nova consola.

Mas, as coisas não correram bem. A dada altura a Atari Inc. virou-se para outras “aventuras de investimentos”, entre eles “hotéis temáticos de videojogos” e, adivinhem, criptomoedas. Entretanto, continuou a editar jogos e tentou revitalizar a sua consola clássica, infelizmente com resultados pouco positivos.

Escusado será dizer que as coisas não correram bem em tantas frentes e a empresa entrou numa “liquidação financeira”, com perdas na ordem dos 5 milhões de Euros até meados deste ano.

Perante o quadro negro, foi o próprio Wade Rosen, CEO da Atari que fez uma “proposta amigável” para tomar o controlo da empresa. A ideia, segundo Rosen, é “obter controlo e aumentar a capacidade dos accionistas de dar suporte às ambições de desenvolvimento da empresa”. Mas, esperem, não é ele o maior executivo da empresa?

Rosen é o CEO da Atari desde Abril de 2021, passando por ele, com certeza, algumas das mais recentes decisões da Atari. Por outro lado, controla a empresa Irata LLC, que participa nesta sua proposta de controlo. Ou seja, o CEO, o responsável máximo do sucesso ou insucesso da Atari, que já detém 30% das acções e esteve no leme a empresa durante a sua queda, quer agora tomar controlo da empresa, usando uma outra sua empresa…

Se isto vos soa mal, não estão sozinhos. É um caso aparente de alguém que pode estar a aproveitar-se de uma situação negativa que pode muito bem ter sido provocada (ou exacerbada) por si. Por um lado, pode ser apenas o zelo de Rosen em não deixar que uma marca histórica seja perdida na falência mas, por outro, parece oportunismo. Será?

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