Autoridade Britânica actualiza posição no negócio Activision + Microsoft

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A Autoridade para a Concorrência no Reino Unido (Competition and Markets Authority) actualizou recentemente a sua página de investigação no negócio de compra da Activision pela Microsoft. E parece que é mais a favor.

Recordamos que a CMA tinha mostrado objecções ao negócio, o que levou a um levantamento de opiniões das várias partes no âmbito de uma investigação alargadas. Recentemente, a Microsoft iniciou uma campanha de defesa do negócio naquele país, além de uma série de parcerias para amenizar as partes. Parece que surtiu efeito.

Segundo a página, a investigação, que já está numa Fase 2 de apresentação de pareceres, teve no passado dia 6 de Abril uma actualização onde foram apresentados pareceres preliminares onde já não se apresenta em oposição ao negócio, afirmando que o mesmo não irá afectar a concorrência no sector. Este é apenas um apuramento preliminar e ainda poderá sofrer ajustes mas é claramente favorável à concretização do negócio.

Esta poderá ser uma muito desejada vitória da Microsoft para dar mais um passo importante no encerramento do processo de compra. Se for aprovado naquele país, pode ser o precedente necessário para ser aprovado também pela Comissão Europeia, pressionando claramente a maior das oposições, vinda das autoridades Norte-Americanas.

Quem não gostou da mudança de opinião foi a Sony Interactive Entertainment. No documento que enviou como resposta, chamou mesmo de “irracional”, dadas as imensas provas que a levaram a opor-se inicialmente ao negócio e que agora reverteu inexplicavelmente a sua opinião no sentido oposto.

Para a SIE, a Microsoft não será de forma alguma prejudicada por tornar jogos como Call of Duty exclusivos, pelo que o argumento que continuará a torná-los multi-plataforma é vago. Pelo contrário, a Sony alega que, se o fizer, triplicará o seu lucro por “remover” jogadores PlayStation que prefeririam as plataformas da Microsoft, justificando assim uma transição.

Uma vez mais, é preciso aguardar para ver mais desenlaces. Contudo, é notória a campanha de “amenização” que a Microsoft tem feito nos últimos dias. Seria a maior das golpadas se, depois do negócio aprovado, realmente tornasse a PlayStation “non grata” na linha de jogos Activision. Afinal, foi mesmo isso que fez com os jogos Bethesda, outra marca que também afirmaram inicialmente não seriam exclusivos Xbox.

Convenhamos que não é particularmente interessante para a Microsoft dar lucro à concorrência, ainda por cima se esta é a entidade que mais lucraria com uma marca que passa a ser sua. A Sony chegou mesmo a alegar que a Microsoft poderia prejudicar deliberadamente os jogos na PlayStation, algo que, sinceramente, já não nos surpreenderia.

Se bloquear o ou prejudicar os seus próprios jogos na PlayStation depois de aprovado o negócio, o que aconteceria à Microsoft? Pouco ou nada. Multas, repreensões jurídicas… são “palmadas na mão” de uma mega-corporação. Este negócio é muito mais que uma aquisição de IPs e estúdios. É um ataque directo entre as duas partes e quem irá ser prejudicado… é o jogador, como sempre.

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