Activision-Blizzard despede centenas após “ano positivo”

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A notícia surge na esteira de outra com igual impacto. Recordarão que, recentemente, a Bungie rescindiu contrato com a Activision-Blizzard, mantendo os direito sobre a série Destiny. Parece que as más notícias continuam para a editora Norte-Americana.

Não é que Destiny fosse a principal ou a maior fonte de receita da Activision. De facto, as séries Call of Duty, Warcraft, Starcraft, Diablo, Overwatch e… o recordista Candy Crush, deverão em conjunto representar a maior das fatias, neste caso totalmente produzidas por estúdios interinos. Contudo, o jogo da Bungie era, ainda assim, um dos mais populares do momento e a perda da sua representação não deverá ter ajudado neste momento a editora e distribuidora.

Desde há alguns dias que um rumor tem circulado pela web que a Activision estaria em vias de despedir uma quantidade considerável de empregados. Dado que a empresa tinha já dado o ano de 2018 como “positivo”, reportando receitas de 7,28 mil milhões de dólares no total, parecia uma situação improvável. Mas, afinal, é mesmo verdade.

Para surpresa de muitos, esta semana confirmou-se o despedimento de 775 empregados, cerca de 8% do seu staff nos Estados Unidos. A confirmação surge através de uma comunicação interna da empresa a que o site Kotaku teve acesso. Segundo essa nota, os despedimentos são fruto de uma “reestruturação” baseada na diminuição dos jogos a seu cargo, com principal incidência nos sectores da publicação e marketing, por agora apenas focada nos escritórios sediados nos EUA.

Segundo o Presidente da Blizzard, J. Allen Brack, as dimensões das equipas de não-desenvolvimento, actualmente, estão “fora de proporção em relação ao que está na calha para lançamento”, justificando a “redução de algumas áreas de organização nos EUA”. Mais adianta Brack que “avaliações similares” deverão ocorrer em “escritórios regionais”. O que deixa no ar que estes despedimentos não deverão ficar por aqui, passando possivelmente a abranger mais representações noutros países.

Reestruturações, porém, não significam propriamente o fim de uma empresa, muito pelo contrário. E a perda de um título na sua chancela também não é indicativo de nada, sabendo que os demais jogos da sua chancela foram fonte de lucro invejável. Contudo, recordamos que no passado recente, a aposta falhada na revitalização de Guitar Hero e o fim da série Skylanders pode ter mudado o rumo desta gigante de edição e distribuição.

A diminuição de franquias por parte da Activision-Blizzard pode ser apenas uma necessidade de novo foco. A popularidade dos seus jogos pode indicar que essa pode ser a melhor reposta, ao invés de apostar em novos IPs. Ainda assim, tirando expansões e actualizações, apenas Call of Duty tem-se reinventado ao longo dos anos. É bom que novidades chegem em breve, ou mais más notícias virão de Santa Monica, Califórnia.

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