A Activision ainda hoje fala de Guitar Hero

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Apostamos que o CEO da Activision Bobby Kotick ainda hoje terá a sua guitarra de teclas ao lado da secretária. O executivo acredita que uma revisita à franquia Guitar Hero é ainda possível.

Guitar Hero foi um fenómeno de popularidade, gerando depois vários títulos semelhantes, como DJ Hero e Band Hero, além de criar um “rival” com Rock Band e algo mais realista com Rocksmith. Basicamente, é um jogo de destreza, que usava um controlo no formato de guitarra a acompanhar temas musicais no que na verdade não passava de carregar em teclas no tempo certo a fingir que se tocava guitarra.

Seis edições depois, Guitar Hero foi perdendo tracção junto dos fãs e crítica. A contribuir para isso esteve uma saturação de jogos em tão pouco tempo e a notória dispersão do foco da série para temas musicais cada vez mais “populares” e não tão dedicados à guitarra. Também é de assinalar a muito fraca qualidade nos próprios controladores com tendência para avariar (ou partir) muito facilmente.

Em 2015 a Activision insistiu em trazer de volta a franquia com Guitar Hero Live e, por muito breves momentos, ainda se acreditou que a “febre” poderia voltar. Infelizmente, com muitas mudanças na lógica e modelo de jogo, apesar de ter óptimas avaliações na crítica, o reboot não convenceu os jogadores, tendo lentamente caído no esquecimento… outra vez.

Mesmo com este histórico pouco positivo, porém, Bobby Kotick não parece “desarmar”. Impulsionado pela iminente conclusão da aquisição da Activision pela Microsoft, Kotick acha que esta poderá ser uma oportunidade para a franquia. Diz o site Windows Central que numa reunião com empregados o executivo deposita esperanças nas capacidades de pesquisa da Microsoft.

“Com a capacidade de usar as suas capacidades de IA e ‘machine learning’, análise de dados e novas formas de pensar no grafismo”, Kotick acredita que há “potencial ilimitado” para as franquias da Activision. Adiante, o artigo alega que Kotick listou várias franquias transformativas da produtora e editora e especificou “o ressurgimento de Guitar Hero e outros títulos” como algo a ter em conta.

Ouvir falar num potencial segundo reboot desta série tem uma dupla reacção possível. Por um lado, há boas memórias da série original e se a Activision ou a Microsoft descobrissem uma nova fórmula para a ressuscitar, poderia ser um regresso interessante. Contudo, foi isso mesmo que foi tentado em 2015 com o sucesso algo brando já mencionado. Se calhar o seu tempo já passou, com muita pena nossa, diga-se.

Todavia, esta poderá ser apenas uma “demonstração de trabalho” de Bobby Kotick, aliada a um possível desejo pessoal seu. Há ainda muitas dúvidas se manterá a sua posição elevada dentro da Activision logo que a Microsoft tome conta dos destinos da empresa. Recordamos que Kotick foi o responsável máximo da empresa durante duras alegações de problemas internos, com relatos de mau ambiente, ordenados injustos e até assédio sexual que chegaram aos tribunais. No processo, vários foram os que pediram o seu afastamento mas Kotick resistiu sempre à pressão. Vejamos se a sua visão terá validade nas próximas semanas.

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