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Análise: Logitech G27 Racing Wheel

Lançado no segundo semestre de 2009, o Logitech G27 Racing Wheel desde logo assumiu-se como o sucessor do excelente Logitech G25 Racing Wheel que já era um sucesso nesta altura. Tal como o G25 já havia feito antes, o novo G27 anunciava uma experiência de condução sem antecedentes, pegando no formato e características ganhadoras do antecessor, melhorando-as e optimizando a experiência dos jogos.
Se forem adeptos de jogos de corridas automóveis (principalmente os de simulação) sabem que eles foram foram feitos para ser jogados assim… com o máximo de realismo possível e um volante nas mãos.

Características e Usabilidade

Em termos de características, na realidade, este trata-se de uma evolução do G25, anunciando 2 motores de ForceFeedback contra o anterior de apenas 1 motor, 6 botões de selecção no centro do volante em vez dos anteriores 2 e uma tira de leds indicadores das rotações do motor que não existia na outra versão.

Ao nível do volante, note-se que é revestido a pele de boa qualidade, pelo que tem um toque suave e agradável, mas que por vezes poderá fazer pensar de outra forma quando as mãos começam a suar e a escorregar um pouco. Isto acontece quando se joga longas horas seguidas e em dias de maior calor, pelo que não é um ponto grave a apontar.

Ao nível dos pedais, estes são sensivelmente os mesmos, utilizando o mesmo sistema de plataforma em cunha que eleva um pouco os pés do jogador e os pedais. São também ajustáveis lateralmente mas não permitem um elevado grau de “customização”. Pessoas com pés grandes possivelmente terão de fazer algum jogo de pés para evitar pisar mais do que um pedal uma vez que somos presenteados com o conjunto completo de 3 pedais com diferentes resistências consoante a sua função.

A caixa de velocidades sofreu melhorias ao nível da resposta na sua utilização, que na anterior versão apresentava um funcionamento algo plástico e desagradável. É agora mais precisa e mais fácil de usar. No entanto perdeu a funcionalidade que lhe permitia ser usada como caixa sequencial, passando a ser apenas caixa manual “H” completa. De louvar a atenção dada aos pormenores tais como o forro em pele e alavanca metálica resistente e sem folgas.

Características como a embraiagem manual (de pé) e a caixa manual serão certamente apreciadas por jogadores adeptos da verdadeira simulação, mas em jogos que requerem um elevado grau de atenção e concentração, a opção mais utilizada será as patilhas situadas lateralmente ao volante. Em certos eventos no Gran Turismo 5 é um prazer utilizar todas as características deste volante para saborear uma simulação de um carro (supercarro ou clássico), enquanto nas pistas frenéticas de Rally como no caso do GRID ou DIRT é possível tirar partido da precisão de resposta e robustez de construção.

Software e Compatibilidade

Ao nível da compatibilidade com os jogos actuais e alguns mais clássicos temos de distinguir a sua utilização nas duas plataformas suportadas PS3 e PC. Se por um lado, na caixa temos um CD com os drivers e software de configuração de todas as características do volante (resposta dos pedais, atribuição de funções a teclas, sensibilidade do volante, força do feedback, etc..) para PC. No caso das consolas, o suporte terá de ficar a cargo do jogo em si, pois para a consola trata-se apenas de um controlador de jogo normal. Neste aspecto, a utilização em PC supera em muito a utilização em consola pois é totalmente configurável ao gosto de cada utilizador, e as definições são utilizadas por todos os jogos que usam os drivers do volante, não sendo necessário configurar individualmente cada jogo como acontece na consola e apenas para os jogos que suportam este acessório.

Em Uso:

Pronto, já falamos das características mas acho que agora as questões são: E que tal se porta em jogo? Como é a sensação de condução?

Para testar um volante deste tipo, nada melhor que pegar em alguns jogos e ver como se comporta em cada um deles…

Gran Turismo 5, plataforma PS3 – este é um daqueles jogos que ainda ninguém percebeu porque razão demorou tanto tempo a ser disponibilizado um patch de suporte para este volante (segundo algumas “fontes” não oficiais, tratou-se de um braço de ferro entre produtora e fabricante). Testámos o volante em ambas as condições, sem e com suporte completo e as diferenças são notórias. A sensação de condução é de tal forma realista que este é um dos tais jogos que é um prazer conduzir os carros iniciais só para se poder dar uso às potencialidades do volante. O uso de embraiagem e caixa manual é algo que todos deveriam experimentar só para compreender o realismo deste controlador. Se no caso sem suporte, a utilização já era boa mas fazia falta poder configurar um pouco a sensibilidade dos pedais e o ForceFeedback e também os botões do volante. Com o update saído no mês de Outubro, muitas destas questões ficaram resolvidas e a experiência de utilização é melhor que nunca. Se bem que ainda há relatos de problemas ao nível das mudanças manuais e da sensibilidade de viragem tal não se faz notar de forma significativa.

NFS Pro Street, plataforma PC – não é um jogo propriamente recente, mas para mim, da série actual de jogos, foi um dos que mais nos agarrou ao volante. Este jogo utiliza directamente os drivers instalados no PC e importa todas as configurações já existentes. Foi praticamente ligar e começar a jogar. A noção de realismo é muito boa e intensifica-se quando o volante se começa a soltar devido à velocidade, tornando mais difícil controlar o carro, tal como sucede na vida real. Tratando-se de um jogo com vários tipos e modos de corrida, foi especialmente desafiante alternar entre os vários carros e tipos de pista, pois tal como foi dito anteriormente, o jogador vai-se habituando ao carro quanto mais jogar com ele.

DIRT (o primeiro), plataforma PC – mais um daqueles jogos que não sendo recente, nos fez passar muitas horas em frente ao PC a jogar. Gostámos especialmente da resposta do volante em pisos irregulares de terra e gravilha. Nas pistas de Rally, a condução é de tal forma realista e desafiante, que ao fim de umas poucas corridas era necessário parar um pouco para descansar e recuperar fôlego. Neste jogo, a sensação de condução é na nossa opinião a melhor de todos os simuladores de corridas de Rally que experimentámos. A condução era quase perfeita. No entanto, o poder dos motores de ForceFeedback por vezes faziam sacudir demasiado o suporte utilizado.

 

Conclusão

Em suma, este volante é uma verdadeira obra de arte em todos os sentidos. Desde a qualidade de construção, aos pormenores de condução que se notam quando se joga, tudo neste volante parece ter sido pensado ao pormenor para dar ao jogador uma verdadeira sensação de realismo.

Para os amantes do desporto automóvel, nenhuma das falhas apontadas pode ser considerada crítica pois a experiência de utilização deste acessório supera todas as expectativas ainda para mais se for complementado com um cockpit de corrida.

Notas Finais

Muitos jogadores optam por aproveitar a descida de preço do G25 e ficam-se por esta versão menos dispendiosa e que em pouco fica a dever ao seu irmão mais novo e apetrechado. A somar ao preço do volante, temos de ter em conta que será necessário monta-lo em algum lugar. O seu tamanho e número elevado de cabos que ligam as várias peças (a nosso ver, este é um dos pontos menos positivos) indicam desde logo que não se trata de um acessório que se possa montar/desmontar e arrumar facilmente e que necessita de um local robusto para ser montado e jogado. Para usufruir em pleno deste acessório recomenda-se a utilização de um banco de corridas com suporte como é o caso dos Playseat e Obuto Ozone Racing Cockpit ou um suporte para volantes como é o caso dos Fanatec Rennsport Wheel Stand ou Wheelstand Pro.

 

  • MarcaLogitech
  • ModeloG27
  • Lançamento2010
  • PlataformasPC, PS3
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Quantidade de cablagem
  • Preço
  • Falta da caixa sequencial

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