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Análise – Razer Blackshark V2

No que toca a dispositivos de gaming, os auscultadores são dos que se exige mais, não só porque precisam ter qualidade de construção, mas também o devido conforto e a performance necessária. E a Razer tem lançado alguns dos melhores auscultadores que conhecemos, com os Razer Blackshark V2, a lançar um novo patamar de qualidade.

Tal como numa boa parte dos seus produtos de topo, a Razer está a apontar sempre ao mercado premium. Contudo, paralelo aos seus dispositivos mais caros, a marca também tem apostado numa linha “Tournament”, mais despida de extras e virada para os eSports. É o caso destes BlackShark V2. A primeira versão desta linha era, aliás, das mais acessíveis desta marca. Contudo, agora a Razer preferiu criar uma versão regular mais cara (109,99€ de preço recomendado) e uma versão “light”, os Razer Blackshark V2 X, com algumas cedências nas caraterísticas (construção em metal, sem conector USB), mas também mais baratos (69,99€ de preço recomendado). Mesmo nesta linha mais “acessível” da Razer, porém, não há compromissos na qualidade.

A versão que recebemos para análise é a mais apetecível. Trata-se de um conjunto de áudio bastante robusto e que justifica bem o aumento de preço para esta segunda versão. A Razer descreve estes novos auscultadores como uma “tripla ameaça” à concorrência. Isto, porque temos novos altifalantes TriForce construídos em titânio com 50mm. O som resultante destes novos auscultadores é verdadeiramente cristalino e bastante potente, como seria de esperar. Os graves e agudos são muito bem definidos e o surround 5.1 ou 7.1 emulado é mesmo direccional, graças ao THX Spatial Audio.

Notem que os auscultadores podem ser usados via USB (apenas no PC) com um pequeno adaptador ou directo com o cabo tipo jack de 3.5mm, este compatível com consolas e dispositivos móveis. Tive a oportunidade de testar estas duas realidades e, obviamente, não podemos esperar a mesma qualidade de som via Jack que temos via USB. Os auscultadores Triforce esforçam-se em dar graves e agudos competentes, mas perde-se bastante a qualidade do som, sobretudo no que toca ao surround. Estão para chegar os auscultadores que consigam o milagre de surround realista com as veteranas tomadas de 3.5mm.

E para uns auscultadores de algum volume, tenho de realçar o conforto dos earcups, algo tão importante para uso prolongado. Graças a um peso de 262g, estes altifalantes são muito bem suportados na cabeça e não causam desconforto. Também assentam bem nos ouvidos com a sua espuma de memória macia, que também ajuda bastante para o isolamento acústico, melhorado com a operação do cancelamento de ruído. Infelizmente, continuam a ser algo quentes a usar, mesmo com a espuma perfurada. Mas, é um sintoma do tipo de auscultador, não tanto do design da Razer. No Verão, todos aquecem.

Quanto ao seu sistema de captação? Regra geral, mesmo nos auscultadores mais caros, o microfone costuma ser o “parente pobre” destes dispositivos. Não é bem assim no caso da Razer. Nestes auscultadores, a Razer estreia o seu novo microfone cardióide HyperClear (removível e flexível) que inclui cancelamento passivo de ruído avançado. E através do programa proprietário Razer Synapse, podemos melhorar as nossas prestações de voz com o boost do microfone, normalização da voz, redução de ruído ambiente e diversos outros importantes ajustes de qualidade no microfone.

Falando do design, são bastante sóbrios… tirando um pormenor. O pequeno logótipo da Razer e os cabos verdes escondidos por baixo da bandelete, são tudo o que é “vistoso” num primeiro impacto. Possuem um design clássico oval com o habitual acabamento a negro brilhante e é tudo. Nada de LEDs Chroma para os que gostam de luzes e cores. E sim, tem aquelas pequenas hastes laterais que são apenas os suportes dos pivots da bandelete. É talvez o único aspecto do design que não gosto nestes auscultadores. Entendo que era necessário revestir as haste, mas dá-lhe um aspecto estranho, especialmente visto de lado.

Com estes novos auscultadores também estreiam os novos perfis de jogo THX. Esta nova funcionalidade permite carregar perfis de som “realistas e imersivos” para os melhores jogos do momento, como Apex Legends, Counter-Strike: Global Offensive, Valorant, Call of Duty: Modern Warfare, entre outros. É uma forma de personalizar o som de cada jogo, sobretudo quando um título precisa de melhor definição na direcção do som. Confesso que não foi algo que explorasse muito, até porque gosto de personalizar o som à minha maneira e estranho sempre mexidelas “automáticas” nas equalizações.

Veredicto

Os Razer Blackshark V2 são, de facto, o pináculo tecnológico da Razer no mundo dos auscultadores. O seu preço acrescido é perfeitamente justificado e arrisco dizer que pelo seu preço, não irão encontrar melhores auscultadores no mercado do gaming. Podem apenas pecar um pouco pelo seu design mais simplista, despido das extravagâncias visuais do costume e não consigo ultrapassar aquelas hastes dos suportes. Mas, a sua robustez e a tecnologia sonora, tanto do som escutado, como captado, justificam bem o aumento de quase o dobro desde a anterior versão.

  • MarcaRazer
  • ModeloBlackshark V2
  • Lançamento2020
  • PlataformasPC, PS4, Switch, Xbox One
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Design das hastes de suporte
  • Sem Razer Chroma

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