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Análise: PlayStation 4 Pro

A marca líder em consolas de videojogos está de volta. A venerável PlayStation 4 tem uma nova versão com hardware revisto. Descrita pela Sony como “a PS4 superpotente”, a nova PlayStation 4 Pro está aí e nós vamos dar-vos todos os pormenores.

Preparámos uma análise sucinta aos principais pontos a reter acerca da nova consola. Obviamente haveriam alguns outros pontos a ter em conta, por exemplo, aprofundando detalhes tecnológicos ou fazendo análises mais concretas à performance. Contudo, parece-nos que é mais pertinente abordarmos as questões que nos dizem respeito como jogadores. Haverá oportunidade de fazer comparações específicas a jogos também. O que queremos abordar agora é: O que está envolvido nesta consola e será que a devem comprar. Eis o que concluímos depois de algumas horas em teste.

A estratégia da Sony

Sejamos claros. A PlayStation 4 original e o seu modelo Slim, continuam a ser duas peças de hardware de qualidade. A prova está nos diversos títulos que brilham nestas consolas, independentemente do hardware informático ter dado saltos qualitativos nestes últimos anos. Ao fim de três anos (faz anos no dia 29 de Novembro, para sermos mais precisos), ainda se justifica adquirir uma PS4 ou PS4 Slim. Isto tem a ver com optimização, um trabalho árduo das produtoras em criar a melhor experiência possível com plataformas limitadas. Obviamente, se adquirirmos o mesmo jogo num PC, iremos ver que, mesmo com os avanços técnicos de optimização, as consolas estão a perder terreno.

No ponto de vista do mercado, as consolas de videojogos precisavam de evoluir um pouco, sob pena de se tornarem irrelevantes. Por outro lado, haviam duas siglas muito importantes que tinham de ser abrangidas num novo projecto: o UHD (mais conhecido por 4K) e o HDR. Já vamos falar mais em pormenor destas duas tecnologias, mas já devem ter ouvido falar nelas, nem que seja em promessas de marketing na indústria. O que é certo é que a primeira PS4 não tem capacidade de processamento para reproduzir jogos ou outros conteúdos com tão elevada resolução em conjunto com a tecnologia HDR.

A pensar nisso e porque as exigências dos jogadores e também das produtoras assim o obrigam, a Sony decidiu lançar agora um modelo actualizado da sua consola bandeira. Lançar uma “PlayStation 5” agora, seria muito arriscado, reduzindo o ciclo de vida da PS4. Comparando os anteriores modelos, a PS2 esteve por cá por cerca de 13 anos e a PS3 só foi descontinuada ao fim de 9 anos. A PlayStation 4 é, actualmente, a consola mais vendida no mundo, chegando perto dos 50 milhões de unidades. Subitamente, lançar um novo modelo? Não fazia sentido.

E não podemos só pensar no ponto de vista de um consumidor que não quer ser obrigado a evoluir a sua consola ao fim de 3 anos. Temos de pensar também nos produtores de jogos que teriam de aprender toda uma nova arquitectura de uma nova plataforma. Além disso, imaginem a quantidade de acessórios já optimizados para a PlayStation 4, até mesmo o recentemente lançado PlayStation VR. A PlayStation 4 está cá para durar, independentemente do modelo que tenham lá em casa.

Após a nossa análise, irão concluir que a estratégia da Sony não é lançar uma consola para substituir a actual. Nem sequer tem como objectivo lançar jogos distintos ou versões diferentes ou exclusivas. Esta é uma consola para colmatar uma lacuna, num mercado que está a entrar numa nova era tecnológica. Irão ver também que o potencial da consola ainda está num futuro próximo.

O que compramos com a PS4 Pro

Para começar, saibam que o preço recomendado pela Sony para a nova PlayStation 4 Pro é de 399€. Algumas lojas poderão acrescentar ou reduzir ligeiramente este valor. Outras poderão criar ofertas associadas à sua compra. Mas o custo será sempre nesta ordem. Se considerarmos que a original PS4 foi lançada em 2013 com um custo igual e que a actual PS4 Slim de 500GB ronda os 299€, o seu preço até é muito apetecível, sobretudo para quem quer comprar uma nova consola. Seria muito complicado pedir muito mais que este valor, mesmo assumindo que é uma evolução técnica. Afinal, é uma peça de entretenimento e um modelo evolutivo de outro que já existe.

Como em qualquer nova consola, porém, todos terão curiosidade em saber o que está dentro da caixa. Aqui entre nós, nos dias que correm, já não há muitas surpresas para quem gasta tanto dinheiro em hardware para jogos. Salvo raras excepções, sobretudo se comprarem bundles específicos, esperem a consola, um comando, cabos e pouco mais. Longe vão os tempos de bundles de demonstrações de jogos ou outras ofertas. É o caso deste novo modelo da PS4. Eventualmente, irão surgir novos pacotes que podem incluir jogos actuais ou futuros lançamentos. Para já, os primeiros modelos estão a ser distribuídos com a famosa caixa de tons azuis.

Na caixa, temos a consola propriamente dita, por agora vendida apenas na cor “Jet Black”, um tom preto baço. O que mais gostámos nesta nova consola é que é bem mais discreta que a original. Já não temos aquele frontal brilhante, pelo menos. A consola possui um desenho muito semelhante aos dois modelos anteriores, tendo apenas uma “fatia” a mais que o modelo Slim, mantendo os seus cantos arredondados, contrastando com as suas linhas rectas. Nos dois lados da consola, estão os símbolos da PlayStation e na frente o logótipo do modelo PS4.

As suas dimensões são de 295 x 327 x 55 mm, o que a faz ligeiramente maior que a PS4 original. São quase mais 2 cm de diferença, enquanto que as espessura é apenas 2 mm maior. Tal como as suas antecessoras, podem colocá-la na vertical, recomendando que usem a base oficial (não incluída). Alternativamente, encontram uns simpáticos símbolos na parte inferior da consola que também agem como pés para o caso de quererem colocar a consola na horizontal. Ao contrário do que acontecia com a PS3, não há nenhuma diferença no funcionamento da consola no que toca à sua posição. Nem sequer ao nível da refrigeração.

Incluído nesta nova consola está, logicamente, um comando DualShock 4. Só que esta versão do comando é a tal nova edição revista que já equipou a PS4 Slim. Para todos os efeitos é exactamente igual ao DS4 original, tendo apenas uma alterações cosméticas. Os botões são agora de uma cor diferente do chassis (tom cinzento escuro), os dois analógicos são da mesma cor, com uma cobertura aborrachada e temos agora uma pequena janela transparente que nos permite visionar a luz do LED frontal. De resto é o mesmo comando de sempre. Espero apenas que as tais coberturas aborrachadas não cedam tão facilmente como no modelo anterior. Dentro de uns meses, contamos como se portou esta nova versão.

De resto, encontrarão o essencial para ligarem a vossa consola e começar a jogar. Além do óbvio cabo de energia, desta feita um pouco mais robusto que o incluído na consola original, contem com um cabo HDMI de alta velocidade, um cabo USB com entrada Micro-USB para ligar o comando DualShock 4 e um auricular singular com microfone incorporado para ligarem também ao comando. Penso que não faria mal nenhum vir incluída a tal base translúcida da consola, que podemos ver nas imagens acima. Afinal, a lateral direita não possui os tais pés aborrachados para o caso de querermos colocar a consola na vertical. Enfim, podem sempre comprar a dita base à parte.

Gostarão de saber que todos os periféricos já existentes para a PS4 são igualmente compatíveis com a nova consola. Assim, todos os comandos DualShock 4 ou PS Move, a PlayStation Camera, o PlayStation VR, auscultadores e outros acessórios entretanto lançados, podem ser usado no novo modelo. Provavelmente terão de emparelhar os dispositivos novamente, sobretudo os que sejam wireless, mas não é nada que já não saibam fazer.

O Hardware

Agora vem a parte que mais interessará a muitos: o que está por debaixo do capot. Pois bem, lá dentro irão encontrar o mesmo APU da PS4 original, o processador da AMD “Jaguar” de 8 cores, assim como os 8GB GDDR5 de memória interna. Só que, desta feita, esta nova evolução deste APU promete uns 4.20 TFLOPS de capacidade processamento. Para quem não sabe, a consola original ficava-se pelos 1.84 TFLOPS. E a velocidade dos 8 GB de GDDR5 RAM foi aumentada em 24% para 218 GB/s, em contraste com os 176 GB/s da PS4 original. Além disso, está presente mais 1 GB da memória reservada para outras funcionalidades, totalizando 5.5 GB. Essa memória não é usada para jogos, mas sim para actividades secundárias e multitasking. E mais uma porção foi também libertada para os produtores de jogos, cerca de 512Kb.

Todos estes dados significam mais do dobro da capacidade de processamento nesta nova consola e mais alguma rapidez na sua operação. O que, em teoria e segundo a Sony, irá permitir “melhores taxas de fotogramas em jogos”, assim como “maior estabilidade geral” e, claro, “aumento na qualidade visual e técnica dos jogos actuais e futuros”. Na prática, porém isto é só um potencial ainda por explorar. Demorará algum tempo até que vejamos os reais benefícios desta maior capacidade de processamento. Jogos futuros como Horizon Zero Dawn ou outros, sem dúvida, mostrarão as reais capacidades deste novo modelo. Para já, porém, o foco é outro: trazer o 4K à consola da Sony.

Não vamos aqui iniciar nenhuma discussão sobre a real popularidade do 4K. Todavia, contam-se pelos dedos das mãos a quantidade de conteúdos actualmente compatíveis com esta tecnologia, jogos incluídos. Mesmo assim, é o grande chavão para a próxima geração de consolas e a PS4 Pro está já preparada para conteúdos nesta resolução. Para obter esta resolução Ultra HD (3840×2160), é preciso, logicamente, uma maior capacidade de processamento do que a que é actualmente necessária para chegar ao Full HD (1920×1080). A PS4 Pro consegue reproduzir conteúdo 4K e também consegue expandir resoluções HD para 4K, graças a um algoritmo Upscale inteligente. Ou seja, mesmo que o jogo corra a 1080p, irá conseguir preencher a tela de uma televisão 4K.

E, de facto, a imagem que resulta desta nova resolução é realmente fantástica. Também graças a uma actualização que tivemos há algumas semanas, em que as consolas PS4 também passaram a recorrer à arquitectura HDR (High Dynamic Range). Esta permite uma melhor reprodução do brilho e escuridão para permitir uma mais ampla gama de cores. Embora nem todos os jogos actuais corram ainda em resoluções 4K (dos que testámos, só alguns jogos parecem ter essa capacidade nativa, os demais parecem estar em Full HD Upscaled), o resultado final, na maioria dos casos, é de assinalar. Claro que também é preciso que os jogos sejam revistos e tenhamos um televisor capaz de processar tanto o 4K como a tecnologia HDR. Por isso, preparem-se para mais um gasto se querem ver o real potencial da PS4 Pro.

Outras novidades prendem-se com outras características. Agora, tanto a funcionalidade Share Play, para permitir que amigos joguem remotamente na nossa consola, como o Remote Play que permite fazer stream dos jogos em dispositivos compatíveis, tem agora uma resolução máxima em Full HD 1080p. Para ajudar, o dispositivo de Wi-Fi que permite ligar à internet via wireless tem agora os modos de 2,4 GHz e 5 GHz para suportar as velocidades superiores de banda larga. Contudo, não gostámos de saber que, apesar da consola estar desenhada para reproduzir conteúdo 4K, não possui um leitor Blu-Ray com a mesma capacidade. Não faz muito sentido.

Como um todo, porém, a nova PlayStation 4 Pro é uma actualização impressionante de capacidades. Mais do dobro da capacidade de processamento, traduz-se numa consola nitidamente mais rápida que a anterior. Como a capacidade de expansão fácil da PlayStation 4 também está presente neste modelo, podem também trocar o disco interno da consola por uma unidade SSD (Solid State Drive). Embora não ofereça nenhuma vantagem no processamento visual, servirá para obter ainda mais velocidade na interacção. Acreditem que valerá bem a pena.

A Performance

Já sabemos que a PS4 Pro tem mais capacidade de processamento. Também já sabemos que a tecnologia 4K e HDR, em conjunto com o um bom televisor, é capaz de criar novas experiências memoráveis a nível visual. No entanto, para todos os que nos visitam e são apaixonados pela temática dos videojogos, é preciso saber o que esta consola pode oferecer para o nosso entretenimento favorito, tanto agora como num futuro próximo. Afinal, já devemos ter alguns dos jogos disponíveis neste seu lançamento, além de outros futuros que tencionamos comprar em breve. Há mesmo diferenças assinaláveis nos jogos com esta consola?

A resposta rápida é: Sim! Há realmente uma melhoria visual assinalável em alguns jogos. A resposta elaborada, porém, é bem mais complexa. Para todos os efeitos, quando falamos de melhoria, não queremos apenas ver melhores efeitos de iluminação graças ao HDR. Essa tecnologia já a tínhamos nos anteriores modelos. O que saltará à vista é a nova resolução 4K, até mesmo com jogos que estão a correr em Full HD Upscaled. Apenas nos jogos de resolução nativa de 4K, realmente, a diferença visual é abismal em termos de qualidade das texturas, definição de objectos e muitos outros pormenores. Mas, para todos os efeitos, estamos a falar de uma tecnologia que depende de um televisor UHD com HDR. E quem não tem um televisor deste calibre?

Para que pudéssemos avaliar o salto qualitativo de forma mais concreta, fizemos dois ensaios distintos. Corremos o mesmo jogo lado a lado num PS4 Original e numa PS4 Pro num mesmo televisor Full HD e depois corremos o mesmo título numa PS4 Pro num televisor UHD. A ideia aqui era também conferir duas promessas da Sony: Maiores taxas de fotogramas e melhor estabilidade geral do sistema, dentro e fora dos jogos. Infelizmente, este tipo de testes não são passíveis de demonstrar sem ser ao vivo, nem mesmo com um vídeo, a não ser que possuam um televisor ou monitor igualmente 4K. De qualquer modo, partilhamos convosco o que concluímos ao fim de algumas horas a testar jogos e consolas. Os jogos testados são todos já disponíveis nas lojas.

Rise of the Tomb Raider – Foi um dos poucos jogos testados por nós que permite optar pelo 4K ou outras opções de melhores FPS ou melhores visuais. O compromisso é assumido com uma redução de FPS para chegar à dita resolução. Graças ao HDR, acaba por ser a melhor demonstração de como um jogo com um ano de vida ainda pode impressionar.

The Last of Us Remastered – Seria de esperar que um jogo de produção interna aproveitasse para servir de showcase. No entanto, as melhorias são meramente marginais, sem que a taxa de fotogramas seja superior. O HDR, porém, compensa bastante.

Call of Duty: Infinite Warfare – A melhoria prende-se, sobretudo com a quantidade de efeitos visuais e há uma ligeira melhoria de performance na campanha. Online, não há melhorias significativas, notando-se talvez uma redução no infame input lag. Contudo, poderá não ser perceptível a todos os jogadores.

Call of Duty: Modern Warfare Remastered – Embora não seja realmente 4K nativo, comporta-se muito bem Upscaled. Mantém a sua performance nos 60FPS e notámos algumas melhorias na resolução de texturas e em alguns efeitos visuais.

Battlefield 1 – As melhorias são francamente marginais em relação à PS4 original. O jogo da DICE está já muito bom graficamente no original. As melhorias estão também focadas nos efeitos visuais e o HDR torna o jogo ainda mais brilhante. Também notámos uma melhoria ligeira no input lag do online.

Shadow of Mordor – Acusa a idade, obviamente. Contudo, é de assinalar a melhoria na taxa de fotogramas e em diversos pormenores de texturas e efeitos visuais. Não tem suporte HDR, o que é pena.

Uncharted 4: A Thief’s End – Outro jogo de produção interna, já era uma das melhores produções a nível visual disponíveis na PS4 original. Na PS4 Pro possui uma melhor gama de cores graças ao HDR. De resto, as diferenças são difíceis de assinalar.

Até ao final deste ano, entre jogos já lançados e outros a caminho, esperam-se 45 títulos totais que tirarão proveito das capacidades da PS4 Pro. Infelizmente, aqui na redacção nem sempre recebemos os jogos na versão PS4 pelo que não foi possível testar todos os jogos do momento. De qualquer modo, os que pudemos testar são exemplares de excelente produção. A ideia que fica é que nem todos os títulos, mesmo os que são reportados como optimizados, melhoram substancialmente. Na maioria das vezes, as melhorias são marginais ou pouco significativas. Possivelmente, vamos ter de esperar por jogos como Horizon Zero Dawn, God of War ou mesmo Gran Turismo Sport para vermos a PS4 Pro funcionar com todo o seu potencial.

Devo comprar esta consola?

Boa pergunta. Já deu para perceber que o que esta nova versão traz consigo é só potencial, pelo menos com a oferta de jogos actual. Para todos os efeitos, há ali o dobro da capacidade, com algumas melhorias visuais de grande importância. Logicamente, como jogadores, queremos estar sempre na vanguarda das tecnologias, mas, ainda há três anos, investimos numa PS4, talvez até já tivéssemos de comprar uma segunda consola pelo meio. Já na altura do seu anúncio, achámos algo prematuro um novo modelo de consola, mesmo sabendo que as actuais iriam coexistir, como já explicámos.

Por outro lado, a PS4 Pro em toda a sua glória necessita de um televisor que a acompanhe. Considerando que os televisores 4K não terão tanto sucesso como os Full HD, principalmente por questões de preço, comprar esta consola para, simplesmente, substituir a PS4 original lá de casa, pode não ser assim tão razoável. Queremos estar na nossa sala com a PS4 Pro, o PSVR, numa TV 4K com HDR e de férias para jogar os melhores títulos. No entanto, na hora de pagar a factura, há que perguntar se o que a PS4 Pro traz de novo, justifica o investimento, sobretudo para quem já tinha uma PS4. Por isso, vamos avaliar quais as situações em que os actuais potenciais compradores poderão estar.

Já tenho a PS4 original ou uma PS4 Slim.

No caso da PS4 original, é talvez a posição mais difícil de dar uma sugestão. Se não se importam de gastar mais dinheiro ao fim de 3 anos, então força. Agora, se pesa no orçamento uma nova despesa, o que vão ganhar agora em termos de avanço tecnológico pode não ser razoável. Para quem tem a PS4 Slim, a sugestão é idêntica, agravada pelo facto desse modelo ser ainda mais recente. A nossa sugestão é que aguardem por jogos que tirem mais potencial à consola.

Não tenho nenhuma consola e estou à procura de uma opção.

Aqui é muito fácil sugerir que comprem a PS4 Pro. Dentro da oferta do mercado, sobretudo olhando para a concorrência directa, a PlayStation 4 Pro é a melhor consola do mercado. A diferença de 100€ para as outras versões não vos deve impedir. A não ser que aproveitem um dos bundles interessantes da PS4 Slim. Mesmo assim, não descartem logo a PS4 Pro apenas pela diferença de preço.

Já tenho uma consola de outra marca e quero mudar para a PS4.

É uma área sensível, porque já estamos a entrar na rivalidade de sistemas. As consolas líderes do mercado, onde se inclui a PS4, são igualmente válidas. Poderão optar por uma ou por outra por questões de exclusividade ou funcionalidades. Não podemos dizer que uma plataforma é melhor que outra em termos de oferta. São distintas. No entanto, se há mesmo intenção de mudar, então a sugestão é igual à anterior. Esta é a melhor consola actualmente no mercado em termos de hardware.

Não tenho televisor 4K ou compatível com HDR.

Dado que a maior diferença na experiência dos jogos entre PS4 e PS4 Pro é mesmo na utilização das resoluções 4K e tecnologia HDR, no caso de não possuírem um televisor compatível, podem, mesmo assim, obter melhores performances teóricas com jogos actuais e futuros. Infelizmente, a oferta actual não irá dar-vos ainda esses resultados substancialmente superiores neste modelo. Se não podem mesmo adquirir o televisor 4K, optem por uma PS4 Slim.

Quero uma nova consola para ver filmes 4K.

Se não querem jogar de todo ou apenas jogar um pouco e o foco é mesmo ver filmes em UHD lá em casa, como já sabem, esta consola não possui um leitor de BluRay 4K. É discutível se o futuro do “home cinema” continuará por muito mais tempo no formato físico, com os fornecedores de conteúdos digitais como o Netflix em força, também em 4K e compatível com esta PS4 Pro. Contudo, se querem ver filmes em formato físico BluRay nesta resolução, esta consola não vos vai servir.

É, portanto, uma questão de perspectiva, onde deve pesar a questão financeira deste tipo de investimentos. Para ter todas as condições, é preciso ponderar a compra da consola, de um televisor 4K com HDR e ainda pensar em todos os jogos e dispositivos que queiramos comprar. No final, é preciso que se recordem que no mundo dos computadores, o que é hoje topo de gama, amanhã será obsoleto. Talvez não seja tanto assim nas consolas e televisores, mas dá que pensar.

  • MarcaSony
  • ModeloPS4 Pro CUH-7000
  • Lançamento2016
  • PlataformasPS4, PS4 Pro
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Ausência de leitor BD 4K
  • Poucos jogos ainda tiram real proveito do hardware

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