Reportagem – Comic Con 2019

ComicCon-2019–31

A maior convenção nacional de tudo o que é relacionado com a chamada “cultura pop” regressou este ano, mais uma vez no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa. A versão Portuguesa da Comic Con 2019 teve uma revisão do espaço, mas manteve a sua escala.

Sim, de facto o maior destaque desta Comic Con é a sua dimensão. Será dos maiores, senão o maior evento nacional de entretenimento. E o público responde à chamada. Embora o espaço nos parecesse o mesmo em termos de área, arriscaríamos dizer que o cartaz deste ano teve mais atracções. E sem dúvida que a afluência foi igualmente maior. O local escolhido, quanto a nós, continua a ser um dos melhores na Capital, com muitos pontos de acesso possíveis.

Sem dúvida que esta maior afluência foi atraída pela vinda de alguns convidados de peso, como a atriz Millie Bobby Brown, a célebre Eleven da série Stranger Things, ou Benedict Wong do filme Dr. Strange. A fama de alguns outros convidados, porém, será sempre subjectiva. Esta é uma rara oportunidade de ver alguns ídolos de perto, afinal. A organização também trouxe outras atracções com auditórios para filmes e palcos para apresentações em três enormes tendas, sem esquecer um palco para música ao vivo.

Este ano, talvez por causa das reclamações dá última edição, a disposição de stands foi bem mais intuitiva. Os espaços para empresas de entretenimento multimédia ficaram espaçados na área maior ao ar livre, trazendo material promocional de filmes e séries de televisão. E foram espaços bastante concorridos, diga-se. Isto levou a que a maioria dos stands comerciais de merchandise se acumulassem numa das várias tendas gigantes. E foi aqui que o caos previsível de tanta gente acumulada se gerou. Este é um problema crónico de todos os eventos em Portugal e não há grandes soluções previsíveis. Se calhar evitar colocar tudo no mesmo sítio pode ser a solução. Não sabemos.

Claro que o que leva tanta gente à Comic Con nas suas várias edições, não é só o merchandise ou os espaços de entretenimento. Este também é um espaço privilegiado para o cosplay e muitos foram os que se “vestiram a rigor” para homenagear os seus principais heróis e heroínas. Gostámos muito de ver personagens de filmes e séries, mas também de videojogos, alguns com fatos e armaduras muito bem concebidos. Há outros eventos dedicados ao cosplay ou anime, mas o mote dado pela organização de “se o que quisermos” ficou bem patente nos participantes “disfarçados”.

A nós, WASD, o que nos leva à Comic Con, além desta celebração da cultura Pop, são obviamente os videojogos. Não é bem aqui que costumamos experimentar inéditos, mas as principais empresas deste meio fazem questão de estar presentes, com o objectivo mostrar o que têm para oferta. Afinal, é sempre uma oportunidade de marketing a não perder. A tenda dedicada ao gaming foi novamente uma das mais concorridas, com inúmeros jogos para experimentar. E, sim, contra as tendências, até tivemos alguns inéditos.

No espaço da Sony PlayStation, estiveram presentes os “suspeitos do costume” God of War, Spider-Man, Days Gone e Gran Turismo. Mas, tivemos a oportunidade de testar algumas coisas novas, como o já conhecido Crash Team Racing e dois novos jogos exclusivos da PlayStation 4, o criativo Concrete Genie e o bem regressado MediEvil, além do muito concorrido Iron Man VR Experience para o PlayStation VR.

Sobre estes três inéditos, fomos convidados pela Sony Interactive Entertainment Portugal para os experimentar no espaço. E estamos a preparar uma antevisão destes três jogos, em artigos que publicaremos em separado mais tarde. Fiquem atentos.

Noutros lados nesta área do gaming, a Nintendo regressou com o seu famoso palco rodeado de muitos jogos novos para as suas consolas, inclusive a famosa adaptação para a Nintendo Switch do famoso The Witcher III, Luigi Mansion 3, Marvel’s Ultimate Alliance 3 entre outros.

Concluindo o trio das maiores empresas desta indústria, a Microsoft Xbox fez-se representar com um espaço bem menor, infelizmente, basicamente a promover Gears 5 e pouco mais. O que é pena porque não nos parece ser proporcional à grandeza da marca do X verde.

Ainda neste espaço estiveram presentes algumas lojas e marcas de artigos de gaming como a HP Omen e a ASUS, por exemplo. O costume no que toca a promover as melhores marcas dos produtos para esta indústria.

Já este ano tivemos eventos dedicados ao gaming e ainda vamos ter outros até ao final deste ano. Por isso, não podemos esperar que a Comic Con seja o espaço para este tipo de entretenimento. Foi talvez por isso que vimos neste ano bem menos expositores de gaming, com ausências notórias em alguns distribuidores e grupos, até mesmo de eventos de eSports, algo que tivemos em grande destaque no ano passado. Nota-se que o foco deste certame, pelo menos nesta edição, foi outro com menos ênfase no gaming. Ainda assim, o esforço dos presentes levou ao espaço mais um bom local para jogar e descontrair, enquanto esperavam pelas horas dos demais eventos.

Para o ano há mais, pelo menos assim esperamos. Que regresse esta excelente celebração do entretenimento, preferencialmente com mais espaços para o gaming. É verdade, nunca estamos satisfeitos, mas somos sempre tendenciosos no que toca ao gaming, querendo sempre mais e melhor. Até para o ano.

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