Visitámos o VR Portal, o novo espaço do PlayStation VR

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A convite da PlayStation Portugal, fomos até ao Parque das Nações para conhecer o seu novo espaço dedicado ao PlayStation VR. Aqui, pudemos experimentar os diversos jogos que estão a chegar para a plataforma de Realidade Virtual da PS4: desde o Resident Evil 7, Robinson: The Journey e o Driveclub VR. Em breve, todos também poderão experimentar estes e muitos mais jogos. 

Depois de uma excelente recepção, fomos convidados a assistir a uma breve apresentação do Miguel Cunha, Responsável de Marketing da PlayStation em Portugal, que nos confirmou algo que todos concordamo: “a experimentação é fundamental para que os jogadores sintam a verdadeira imersão que o PlayStation VR proporciona.” E isto é muito mais evidente, perante a dúvida ainda persistente da real qualidade dos produtos de Realidade Virtual.

A criação do espaço VR Portal deve-se maioritariamente porque a PlayStation considera que, “com o PlayStation VR, estão na presença do melhor, mais acessível e mais imersivo sistema de realidade virtual no mercado”. Com isto em mente, querem que o maior número possível de pessoas possa experimentá-lo neste novo espaço, que possui, ao todo, mais de 50 títulos que chegarão ao PlayStation VR até final do ano. A Sony espera que o PS VR seja recebido em mais de 40 milhões de casas por todo o mundo através dos vários modelos da PlayStation 4, mas para isso, há que testá-lo primeiro.

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No evento estavam disponíveis vários jogos para experimentar. Nós tivemos a oportunidade de colocar as nossas mãos (e olhos) no Driveclub VR, Robinson: The Journey, Until Dawn: Rush of Blood, Battlezone e no muito esperado Resident Evil 7. Todos estes jogos deverão receber as suas devidas análises individuais mais próximo do lançamento. Até lá, partilhamos as nossas primeira impressões sobre cada um deles.

Robinson: The Journey

Este foi um dos jogos de Realidade Virtual que mais nos cativou durante a feira E3 deste ano. O trailer misturava dinossauros com ficção científica e só estes dois elementos são capazes de captar a nossa curiosidade e atenção. Em Robinson: The Journey, vão despertar o explorador que há em vocês. De acordo com a Crytek, os jogadores assumem o papel de um jovem que se despenhou um planeta desconhecido. Aqui, terão explorar todo o ambiente, interagir com o mundo e descobrir segredos fantásticos.

No meio de aterrorizantes dinossauros a nossa única ajuda e uma esfera inteligente (podemos compará-la ao simpatico Wheatly de Portal 2), que ficará encarregue de nos mostrar o caminho inicial e dar algumas dicas durante a aventura. A nossa experiência foi literalmente de outro mundo. A demonstração permitia-nos subir uma gigante árvore e no seu topo foi nos dado um pequeno vislumbre do que a versão final nos reserva e não vamos estragar a surpresa, obviamente. Pelo meio cruzámos-nos com um Braquiossauro e vários Pterodáctilos, cumprindo o sonho de muitos de visitar um Parque Jurássico.

Este jogo esta a ser desenvolvido pela mesma equipa da série Crysis, por isso esperem aquela qualidade e atenção o detalhe, aliado ao potente CryEngine. Será um exclusivo PSVR e uma das maiores colaborações da Sony com um estúdio desta dimensão.

Driveclub VR

Esta é uma experiência obrigatória para qualquer amante de corridas sobre rodas e, claro, para qualquer curioso que queira mesmo entrar num automóvel desportivo, sem gastar muitos Euros no veículo (e no seu seguro).  Em conjunto com um volante e uma cadeira equipada com Force Feedback, esta foi, provavelmente, a melhor experiência do evento.

Driveclub VR surge numa altura em que a produtora responsável pelo jogo original, a Evolution Studios, foi encerrada e como tal não sabemos se ainda se trata de uma versão do jogo que conhecemos adaptada à nova plataforma de Realidade Virtual ou uma nova build independente. Qualquer que seja a versão, será certamente um grande exclusivo do PSVR.

Na nossa experiência, podemos dizer-vos que se tornou intuitivo conduzir um Ferrari virtual. Demos por nós a olhar para os espelhos, sabíamos o momento exacto que devíamos travar e a semi-cerrar os olhos devido ao sol. Na verdade, o volante disponível também permitiu outra experiência superior, que certamente será diferente se usarem DualShock 4. Não obstante e pela nossa experiência, podemos dizer que este título é obrigatório e mostra o grande potencial da plataforma ao nível da simulação.

Resident Evil 7

Este é um dos jogos de terror mais esperados aqui no WASD e foi mais uma demonstração que não nos podia passar ao lado. A curta experiência, que não dura mais de 15 minutos, não nos permitiu grandes sustos, nem deu para descobrir pormenores. Contudo, foi o suficiente para perceber o potencial do jogo e da forma que pode ser jogado com a envolvência só possível pela Realidade Virtual.

A nova abordagem da Capcom para a sua série de terror de sucesso passa por uma nova abordagem. O jogo é agora inteiramente na primeira pessoa e com esta novidade é possível entrar na personagem com o PSVR. Ao contrário de Robinson: The Journey, porém, a deslocação da nossa personagem não é tão intuitiva. Já explicamos.

Nesta demonstração, acordamos numa casa cheia de animais mortos, repletos de repugnantes moscas e baratas. Um cenário terrível para se presenciar na primeira pessoa, diga-se de passagem. O objectivo é simples: conseguir sair da casa em tempo recorde. Depois de nos movimentarmos por algumas divisões da casa, percebemos o que deve ser feito sem grande dificuldade.

A única dificuldade que encontrámos foi na forma como nos deslocamos com o PSVR. Como sabem, é possível olhar para qualquer ângulo, mas se desejarem caminhar numa direcção diferente terão de indicar com o analógico direito e a câmara só vira em intervalos de 30º. Talvez esta limitação sirva para evitar o enjoo, mas não é suficiente e chega mesmo a confundir os movimentos. De facto, na curta demonstração, não chegou a provocar náuseas, mas numa utilização mais prolongada parece inevitável. Este título ainda precisa de algumas melhorias notórias.

Until Dawn: Rush of Blood

Não se deixem enganar pelo titulo, porque pouco vão encontrar de comum com o fantástico jogo de terror da PS4 que tanto apreciámos. “Rush of Blood” prende-nos na montanha-russa mais assustadora que há memória. É uma autêntica viagem alucinante, cheia de palhaços assustadores, monstros e tudo o que vos possa assustar de forma imprevisível.

Se Driveclub VR foi o título que mais nos impressionou, este fez-nos precisamente o contrário. Não porque seja um mau jogo ou esteja mal concebido como experiência, é mesmo o seu conceito algo simplista e tão divergente do título original. Trata-se de um “shooter on-rails”, ou seja, só terão controlo das vossas armas enquanto são encaminhados por um caminho linear. Pelo meio da viagem vão se cruzar com os mais variados inimigos que correm contra vocês, gritam e tentam de tudo para vos assustar.

Com a ajuda de dois comandos Move e com o fantástico headset da PlayStation, somos mergulhados neste mundo sombrio e aquele friozinho que nos dá na barriga a andar de montanha-russa acontece também a jogar Until Dawn: Rush of Blood. Contudo, aqui têm nas vossas mãos uma arma para abrir caminho na vossa viagem.

Battlezone

Battlezone foi ressuscitado após 33 anos para ser lançado em conjunto com o PlayStation VR. Coloca-nos num campo de batalha dentro de um enorme tanque futurista e com enormes vagas de inimigos para testar a nossa perícia.

Cada nível desafia-nos com várias ondas de inimigos terrestres, aéreos e torres. Os controlos são simples, mas demorou-nos um pouco a adaptar à câmara. Enquanto temos os habituais controlos com os dois analógicos (Esquerdo para movimentar e o direito para a mira), é possível ainda usar o PSVR para olhar para qualquer ângulo. Ao usar estes três em conjunto, a experiência não resulta muito bem para o nosso cérebro. Não chegou a criar náuseas, mas algo semelhantes a pontual desorientação

A demonstração só nos deixou experimentar um tanque e três tipos de armas. Depois de algum tempo de habituação, o jogo até se tornou bastante divertido, capaz de mostrar o potencial da Realidade Virtual em combates. Iremos certamente voltar quando for lançado em conjunto com o PlayStation VR no dia 13 de Outubro.

Com todas as nossas experiências, nos mais variados géneros de jogos, ficámos convictos que a Realidade Virtual está no caminho certo, pelo menos no PSVR. Ainda há alguns ajustes que devem ser feitos nos jogos e na plataforma em si, nomeadamente na resolução de alguns títulos. O PSVR tem uma resolução de 960×1080 por cada olho, mas não é suficiente para os pixeis maiores e o seu infame efeito de aliasing passarem despercebidos. No Resident Evil esta questão é mais gritante, ao ponto de fazer-nos confusão à vista.

Em termos de detecção, o PSVR nunca falhou. Testámos várias unidades e em vários locais diferentes e todos eles detectavam a nossa posição sem falhas. Vale a pena notar que a calibração para a posição inicial é tão fácil como ficar a premir o botão Menu do DualShock 4 durante alguns segundos. No que toca ao conforto, também aqui damos uma nota positiva. Têm peso suficiente para sabermos que estão bem colocados, mas não ao ponto de nos incomodar, mesmo para quem usa óculos.

Esta foi a nossa experiência, agora faltam vocês! Com este espaço, a experiência da Realidade Virtual fica mais próxima de qualquer entusiasta, fã ou curioso que queira experimentar o PSVR antes do seu lançamento no dia 13 de Outubro. O espaço ficará aberto até ao final deste ano com títulos dos mais variados géneros a teste. E quando o espaço abrir ao público será possível experimentarem também os seguintes jogos:

  • RIGS Mechanized: Combat League
  • The Playroom VR
  • Here They Lie
  • Hustle Kings VR
  • Bound
  • EVE: Valkyrie
  • How we Soar
  • Statik Institute of Retention
  • Tethered
  • VR Worlds
  • Tumble VR
  • Job Simulator
  • Super Stardust Ultra VR

Ficaram curiosos? No próximo dia 24 e 25 de Setembro o espaço VR Portal estará aberto em exclusivo para todos os subscritores de PlayStation Plus. Fora desta data, para visitar o espaço terão de fazer uma marcação prévia através deste site. Não há qualquer custo associado e cada marcação será referente à experimentação de um dos jogos escolhidos.

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