À pancada com Goku na Beta de Dragon Ball FighterZ

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onge vão os tempos das longas matinés a ver Dragon Ball na televisão. De facto, as personagens e histórias da Anime criada por Akira Toriyama permanecem no nosso imaginário. E nada como a Beta de Dragon Ball FighterZ para nos alegrar.

Saudades de ouvir Vegeta chamar Son Goku de “cachalote”? Das anedotas a roçar o “politicamente aceitável”? Das insinuações sexistas de um tal “Tartaruga Genial”? Tudo isto estava (praticamente) confinado às versões dobradas em Português das séries animadas Dragon Ball que passaram na nossa televisão. Infelizmente, porque pouca coisa me divertiu tanto como essa fantástica série. Lá no meio das gargalhadas avulsas, estava uma série Anime de acção bastante interessante, que contava a história de um jovem que tinha o objectivo de ser o melhor lutador de artes marciais do seu país… e depois da Terra… e depois Universo… e depois de… sabe-se lá o quê. A produção da Arc System Works, responsável por inúmeros jogos de combate que incluem outros jogos desta série Dragon Ball, quer dar agora a nós essa grande responsabilidade com este novo título de acção. E eu digo: Kamehameha!!!

Dragon Ball FighterZ será um jogo de combate 2.5D, ou seja, utilizará elementos 2D típicos da série Anime, em ambientes tridimensionais. O que saltará à vista, logicamente, será a fidelidade visual das personagens e dos ambientes, sem esquecer os efeitos visuais e sonoros que tão bem conhecemos. O género é muito semelhante a jogos de combate com recurso a heróis e vilões em tag team, muito semelhante a Marvel Vs Capcom. No futuro, contará com um vasto leque de personagens conhecidas da série Anime, como o óbvio Goku, mas também Gohan, Vegeta, Frieza, Cell, Piccolo (cá conhecido pelo lendário “Coraçãozinho de Satã”), entre outros. Nove destes lutadores estiveram na Beta, mas parece que o jogo final terá mais.

Qual o objectivo? Que outro haveria senão tornar-nos no maior lutador de sempre? Sendo inteiramente online, a beta arrancou numa espécie de lobby repleto de miniaturas das personagens emblemáticas com quem podemos interagir, numa espécie de área social. Não havia muito a fazer aqui, excepto assistir a combates em curso ou esperar pela nossa vez de mostrar os nossos dotes como Guerreiros de Namek (ou arredores). Obviamente que todos querem entrar no ringue e nesta fase de testes apenas foi possível testar um modo de combate em arena com matchmaking. Escolhíamos um trio de personagens e aguardávamos que o sistema seleccionasse um adversário para nos defrontar.

Com inscrições abertas desde Julho (terminaram em finais de Agosto), a Bandai Namco teve de alargar o número de vagas e de servidores para alcançar tanta procura. Mesmo assim, a espera podia demorar vastos minutos, dada a popularidade deste jogo. Uma vez lá dentro, eventualmente um jogador era escolhido para nos enfrentar. Quando o combate começava, era logo brindado com uma breve introdução da personagem, digna de qualquer episódio de Dragon Ball. E os combates eram igualmente vistosos, cheios de poderes, combos e counters de encher o olho. Só que… infelizmente, nos primeiros minutos não consegui fazer muito mais que sobreviver umas rondas. Isto porque o jogo não fez um bom trabalho a explicar o que eu devia fazer.

Tudo o que tinha disponível eram breves tutoriais escritos para cada secção. Percebi rapidamente que podia trocar de personagem do trio seleccionado o que me permitiu alternar ataques e defesas de forma mais duradoura. Também consegui usar as personagens em alguns golpes de equipa. Contudo, todos os golpes mais vistosos que consegui dar, confesso, resultaram de algum “botões esmagados” e alguma sorte. De facto, gostava de dominar todas as sequências de murros e pontapés, além dos lendários golpes especiais em antecipação. Contudo, não me foi dada nenhuma opção de treino ou tutorial prático introdutório. Admito que muitos dos jogadores que me derrotaram sem dó seriam fãs dos jogos anteriores de combate desta série. Deverão ter emprestado alguma da sua jogabilidade, algo que me passou ao lado, infelizmente.

Mesmo assim, quando as coisas corriam bem, adorei a experiência. E quando queria jogar mais, infelizmente a Beta Fechada terminou no final do dia de ontem (Começou no Sábado 16 e terminou no Domingo, dia 17). Estava a gostar imenso das batalhas, dos locais (desde o planeta Namek, passando pelo mítico palco do torneio mundial e outros locais conhecidos) e das personagens cuidadosamente reproduzidas. E notei que, apesar do meu controlo meio aleatório, fruto de um jogador pouco dado a jogos deste calibre, até me safei muitas vezes, sinal que o jogo permite tanto a veteranos como a novatos de desfrutar da acção.

Obviamente que terei de esperar pelo jogo final, com uma oferta (espero eu) mais alargada de modos de jogo. Talvez um modo de treino ou mesmo de carreira offline, fossem mais interessantes para quem não está muito habituado ao ritmo frenético dos combates. Mesmo assim, achei que todas as personagens tinham um certo equilíbrio, permitindo alternar no trio escolhido entre pontos fortes e fraquezas. Não tive muito tempo para descobrir todas as características de todas as personagens, mas fiquei impressionado com poderosos ataques à distância de Cell ou com os múltiplos golpes de Goku, sobretudo enquanto super Sayan.

Quero muito voltar a este jogo, a sério. Acho que nunca quis tanto jogar um título de combate como este (desculpa, Mortal Kombat). Não só pela familiaridade das personagens e locais, mas também porque é muito directo ao assunto. Tem também uma arte visual impecável e que faz excelentes honras à série original de TV da nossa adolescência. Só que… infelizmente, ainda terei de esperar mais um pouco para voltar a Namek.

A Beta Fechada de Dragon Ball FighterZ decorreu neste passado fim de semana na PlayStation 4 e Xbox One. Está programada uma nova Beta, desta vez aberta a todos, em meados de Janeiro do próximo ano. O jogo final, esse, só está previsto para Fevereiro de 2018 na PlayStation 4, Xbox One e PC.

 

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