Os melhores jogos do ano para o WASD

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Estamos a poucos dias de entrar em 2015 e já temos as prateleiras e os discos rígidos reservados para os jogos que estão a chegar. No entanto, antes disso vamos recordar como foi este ano e mostrar-vos quais são os 5 melhores jogos que cada um de nós jogou durante 2014.
Este ano ficou marcado por imensas sequelas, algumas desgraças e remasters para a nova geração. Entre Forza Horizon, World of Warcraft, Assassin’s Creed, Dark Souls e Wolfenstein, a lista é enorme. Por outro lado, as novas propriedades intelectuais contam-se com os dedos de uma mão: Watch_Dogs, Destiny, Sunset Overdrive, The Crew e Titanfall. Ainda temos, a caminhar lado a lado com os jogos AAA, os indies que continuam em força, principalmente Portugal que está a entrar no radar do mundo com cada vez mais com produtoras que estão a trabalhar afincadamente para vingar na indústria.

Em relação a nós, posso já avançar que não foi fácil escolher os 5 jogos que mais gostámos. Foram mais de 120 análises publicadas pela equipa durante todo o ano e cada um de nós experimentou outras dezenas de jogos. Contudo, aqui ficam os 5 jogos que mais nos marcaram este ano:

A Opinião do João Pinto

5 – Destiny

A minha abordagem a Destiny foi sempre agridoce. Aqui estava uma produtora que sempre apreciei, a Bungie, com um novo jogo de acção depois de nos ter trazido o lendário Halo. Mas quatro horas depois, terminei o modo de carreira e o multi-jogador não me atraía. Parecia um flop, não? Felizmente, o jogo é tudo, menos linear. Destiny obriga-nos a jogar mais e mais, repetir e repetir. A evolução é a paga, num jogo que pode ser muito fácil ou muito difícil, mas sempre com alguma recompensa. Gastei imensas horas neste jogo, repetindo-me e exasperando nalgumas missões mais difíceis a solo ou cooperativo. Mesmo com DLC, porém, a repetição levou-me a deixá-lo mais tempo na prateleira, daí não estar mais acima da tabela. Mas que Destiny mudou a nossa forma de encarar o jogos em comunidade, disso não hajam dúvidas!

4 – Far Cry 4

Muito antecipado e ensombrado pelos lançamentos tremidos de outros jogos da mesma produtora, Far Cry 4 acabou por ser o jogo da redenção da Ubisoft. Apesar de deixar a sensação de herdar demasiado do seu antecessor, consegue cativar os fãs e os recém-chegados com uma das aventuras mas viscerais do género de acção na primeira pessoa. O enredo podia ser melhor, assim como alguns elementos da acção, mas são horas de diversão e exploração com direito a algumas inovações técnicas na série. O forte de Far Cry foi sempre o foco nos antagonistas, Pagan Min será um daqueles que irá marcar a série.

3 – Middle Earth: Shadow of Mordor

Fã da série Hobbit/Senhor dos Anéis, filmes e livros lidos, tem de se afundar (literalmente) nos videojogos que levam essa marca. Quando peguei neste jogo, pensando que seria mais um jogo daqueles cuja adaptação cinematográfica ou literária nunca atinge o alvo, achei que iria pôr de lado rapidamente, aproveitando apenas a revisita ao Lore. O jogo, passado entre o enredo de O Hobbit e a saga do Senhor dos Anéis, contendo até pedaços do livro Silmarillion, que aprofunda o universo de fantasia de JRR Tolkien, surpreendeu-me pela positiva. Middle Earth: Shadows of Mordor tem um fantástico sistema de némesis que aprende connosco, humilha-nos para nos fazer lutar pelos objectivos e embrulha tudo num pacote bonito cheio de lore e referências. Até mesmo Sméagol/Gollum faz uma aparição pelo meio.

2 – Dragon Age: Inquisition

Se é Role Play Game e é da Bioware, só podem esperar vir de lá um épico. Ok, nem sempre as coisas correram bem, sobretudo com a sua aliança com a Electronic Arts. Mas Dragon Age foi uma série que evoluiu muito. Dragon Age Inquisition é o terceiro capítulo de um enredo baseado num lore muito rico em personagens e eventos. A Bioware conseguiu cativar os fãs com um novo evento, mas revisitou toda a série passada para que nenhuma decisão nos anteriores dois jogos passasse despercebida. De facto, Inquisition é um grande RPG que pode ser jogado linearmente ou de forma estratégica, quase um RTS. Depois é olhar para aquele grafismo fantástico e temos em mãos um grande jogo. Daqueles que repetimos e nunca nos fartamos.

1 – Forza Horizon 2

Os primeiros minutos depois de instalar o Forza Horizon 2 foram de deslumbre. Coloquem o vosso bólide de noite e à chuva no modo de câmara e tirem uma fotografia. Mostrem aos amigos e depois digam que é um videojogo. Alguns não vão acreditar. Fiquei maravilhado com a qualidade visual deste jogo que não se ressente do elevado detalhes de cenários e veículos, reproduzidos até à exaustão. Herdando muitas coisas do seu irmão mais velho Forza Motorsport 5, é o jogo que define a Xbox One e aquele que irá colocar a fasquia para outros jogos do género. O modo livre de exploração e as corridas equilibradas e desafiantes, não esgotam a vontade de jogar. Horizon 2 é e vai continuar a ser o melhor jogo de condução do momento.

A Opinião do Miguel Guerra

5 – Middle-Earth: Shadow of Mordor

Ninguém esperava que Middle-earth: Shadow of Mordor fosse um grande jogo e muito menos um candidato a entrar no top dos jogos do ano de 2014. Para surpresa de todos, menos dos seus criadores, acabou por ser ambas as coisas e espera-se claramente uma sequela deste inovador jogo a nível de jogabilidade. Peca pela facilidade da acção furtiva e, sobretudo, pela falta de uma narrativa forte e digna do mundo de Tolkien. Por isso mesmo não será, provavelmente, o jogo do ano mas entrará claramente nos cadernos da história da inovação nos videojogos de 2014, graças ao seu sistema Nemesis.

4 – Assassin’s Creed: Unity

A cidade de Paris da Revolução está aqui espectacularmente retratada e não é um ou outro bug e um ou outro erro histórico que estraga a experiência. A Ubisoft continua a trazer até nós o melhor que se faz ao nível das recriações históricas à escala global. Peca sobretudo no aspecto áudio onde, nem os sotaques, nem a banda sonora foram desenvolvidas como já vínhamos sendo habituados. E, embora Arno não seja a melhor personagem que a Ubisoft já trouxe até nós, funcionando como uma marioneta durante uma parte do jogo, acaba por crescer e tornar-se numa personagem interessante, numa narrativa cheia de voltas e traições, e onde a história da Abstergo parece ter cada vez menos espaço. A fórmula Assassin’s Creed foi reinventada com novas mecânicas e, por isso mesmo, Unity é um excelente passo em frente.

3 – Freedom Wars

Freedom Wars é mais uma excelente razão para os fãs dos JRPG’s comprarem uma Vita, depois de Persona 4 Golden e Y’s: Memories of Celceta. O SCE Japan Studio acertou em cheio na construção da narrativa, no desenho das personagens e no excelente trabalho de voz que trouxe ao jogo. A premissa inicial é excelente para agarrar o jogador ao longo das horas de introdução e depois só temos de perceber como podemos contornar o olhar da repressão da cidade-estado. Freedom Wars é a surpresa deste ano para a Playstation Vita e um título que os fãs do género não podem perder!

2 – Transistor

Com uma narrativa por vezes difícil de descortinar, a nossa curiosidade mantém-nos agarrados a Transistor enquanto nos apercebemos que a Supergiant Games se assume cada vez mais como a empresa indie mestre na arte do monólogo com narrador. Quando damos por nós, estamos a responder às deixas do desconhecido dentro da nossa espada, um facto que só atesta a qualidade da produção de Transistor. Este é um jogo para os amantes de Bastion, para os amantes de RPGs, para os amantes de ficção científica mas, acima de tudo, para os amantes de um bom jogo onde até o final é memorável.

1 – Dragon Age: Inquisition

Dragon Age Origins, o primeiro capítulo desta saga da Bioware, foi o único jogo até hoje para o qual comprei todos os pacotes DLC que foram lançados e ainda hoje o considero como um RPG de referência na lista dos meus jogos preferidos. Por sua vez, o segundo capítulo, com Hawke como protagonista, não foi tão genial como o primeiro e trouxe-me a expectativa um pouco para baixo em relação a Inquisition. Talvez por isso, a sensação de descobrir Ferelden e Orlais na nova geração tenha sido tão espectacular. Este terceiro capítulo é o culminar da saga e a profundidade deste mundo é estonteante, abrilhantada por uma história consistente e bem contada. Dragon Age: Inquisition é simplesmente espantoso e, sem dúvida, o RPG do ano! A Bioware voltou em força…

A Opinião do Filipe Fernandes

5 – Shovel knight

Shovel Knight não podia ter chegado em melhor altura do que este ano. Um jogo de plataformas original e que presta uma incrível homenagem à era de ouro da SNES, ao mesmo tempo que se apresenta como uma das melhores experiências que encontrei este ano num videojogo. Cenários vibrantes, bem coloridos e que nos levam a desafiantes confrontos, alguns até mesmo memoráveis. Tudo isto empunhando a nossa fiel e sempre afiada pá! Se são fãs do género, ou melhor se gostam de bons títulos, Shovel Knight é um jogo que não podem deixar escapar.

4 – Bayonetta 2

Um dos melhores títulos hack n’ slash de sempre e sem dúvida um dos melhores jogos do ano, Bayonetta 2 chega à consola da Nintendo, juntamente com o primeiro título da série, numa altura em que os jogadores pediam mais variedade que fizesse render a sua Wii U. Rico, precisamente, em variedade, sempre original e, quer gostem quer não, ainda mais exuberante do que o título anterior, Bayonetta está de volta, bem viva e recomenda-se.

3 –  Dark Souls II

Aquando do seu lançamento havia a preocupação de que este título iria ser mais… “meigo” do que o anterior. Apesar de talvez não ser tão marcante, Dark Souls II consegue ser tão ou até mesmo mais (literalmente) brutal do que o seu antecessor. O mínimo erro da nossa parte leva-nos a castigos implacáveis e sem precedentes. Os segredos são imensos, bem como os seus cenários e continua a ser extremamente gratificante superar as várias situações onde a morte parece (e muitas vezes será mesmo) inevitável. Com cerca de 70 horas de jogo (sem contar com os DLC), Dark Souls II apresentou-se como um título bem sólido.

2 –  Middle-Earth: Shadow of Mordor

Quando vi os primeiros trailers deste título, apesar de me terem despertado o interesse, confesso que fiquei também um pouco com de “pé atrás”. não pude deixar de reparar em algumas nuances à la Assassin’s Creed. Felizmente que Middle Earth: Shadow of Mordor é muito mais do que isso. Com um incrivelmente inovador sistema Nemesis, também a jogabilidade que encontramos neste título é arrebatadora. Combater e controlar os nossos inimigos nunca soube tão bem ainda por mais quando o podemos fazer no fantástico mundo do Senhor dos Anéis de Tolkien. Infelizmente, não é pela história que prima, chegando a culminar num confronto final bem anti-climático. Não obstante este é um projecto que tem pernas bastante fortes para andar. Venha de lá essa sequela.

1 – Super Smash Bros. for Wii U

Super Smash Bros. chega à Wii U da melhor forma. Se gostam de diversão este é sem dúvida um título que não podem deixar escapar e no qual terão imensas horas de jogo se quiserem descobrir todos os seus segredos. Se a isto juntarmos o conjunto enorme de modos disponíveis, que podem até ser jogados a solo ou com mais um amigo, a diversão não tem fim. Mais palavras para quê? Tendo sido galardoado como o melhor título de luta deste ano, este é sem dúvida um grande título e mais uma grande adição para a biblioteca da consola da Nintendo. Agora se me permitem tenho ali umas contas a ajustar com uma menina chamada Peach que, mais do que ser raptada, afinal sabe defender-se!

A Opinião do Ivo Pereira

5 – Shovel Knight

Neste top não podiam faltar indies e, claro, o Shovel Knight tinha de estar presente. Para quem não conhece, trata-se de um jogo de plataformas com uma dificuldade bem acima do normal e com gráficos ao estilo da primeira Nintendo. Não comecem já a franzir o nariz, o jogo é dos melhores indies que saiu este ano, teve forte inspiração nos jogos da 3ª geração de consolas com imensas piadas alusivas ao facto de o protagonista ter como arma principal uma pá bem afiada e que ele usa para derrotar os seus inimigos, destruir barreiras e escavar tesouros. Obrigatório para qualquer amante de um bom jogo de plataformas.

4 – Broforce

Quando publiquei a nota máxima deste jogo aqui no WASD, muitos amigos me perguntavam o porquê da classificação. Aos olhos deles, viam um jogo com gráficos fracos e infelizmente isto é a mentalidade de muitos jogadores hoje em dia, que se guiam imediatamente pelos gráficos. Não podiam estar mais enganados! Broforce, é um jogo de acção em 2D com um divertimento sem igual, brinca com os actores dos filmes de acção e possui uma violência digna de um filme dos anos 90, mesmo com os seus gráficos “fracos”. Isto aliado à possibilidade de jogar cooperativamente com mais 3 amigos, garante-vos muitas horas de diversão. Experimentem e não se vão arrepender!

3 – NES Remix

Quem me conhece pessoalmente sabe o quanto eu gosto de jogos antigos, aliás eu passo mais tempo a recordar os velhos tempos do que a jogar as novidades. Quando foi anunciado o NES Remix, não podia ficar mais contente. Afinal de contas, são os jogos que eu gosto de 8bits com novos objectivos e ainda todos misturados entre si. Usar o Link no submundo do Mario? É possível. Conduzir a mota de Excite Bike à noite? Também é possível… O jogo tem ainda outras centenas de objectivos e premeia-nos consoante a nossa prestação com uma maximo de 3 estrelas, que ajudam a desbloquear novos níveis. Melhor ainda foi o facto da Nintendo lançar os dois NES Remix da sua Wii U num só jogo para a 3DS intitulado de Ultimate NES Remix.

2 – Super Smash Bros

O que é que eu posso dizer sobre Smash Bros. que ainda não saibam? Este é o derradeiro jogo de luta, que mistura todas as personagens da Nintendo e tem ainda alguns convidados para se juntarem à festa. Não é como os habituais jogos de luta, aqui não há barras de vida ou rondas. Infligir danos com as mais diversas combinações continua a ser importante mas o grande objectivo é enviar o nosso adversário para fora do cenário. O resultado é um jogo de luta onde a táctica e a abordagem técnica são cruciais para o sucesso.

1 – Middle-Earth: Shadow of Mordor

Aqui está a prova que os novos jogos ainda têm possibilidade de inovar. Neste caso em concreto, os inimigos – os Orcs – evoluem sempre que nos matam, o seu diálogo adapta-se à situação e podem também evoluir quando confrontam um superior. O jogo em si, sejamos sinceros, parece mais um rip-off ao Assassins Creed: os mesmos movimentos, a escalada, o “sincronismo” das torres, entre outras coisas. Mas manteve-me agarrado pelos combates ao género dos novos jogos do Batman, da Rocksteady, e pela inovação que mencionei anteriormente, que me fez voltar ao inimigo com mais raiva e curiosidade, para saber o que me ia dizer.

 

Tal como eu previa, foi muito complicado arranjar 5 jogos que todos nós gostámos este ano. As memórias mais frescas são dos jogos que saíram recentemente, mas dando uma vista de olhos pelos jogos que nos passaram pelas mãos, surgiram alguns que voltaram a dar vontade de jogar e isso é importante. A experiência de jogo, algo que nós aqui no WASD tanto defendemos, é um dos pontos mais importantes e o que nos vai trazer um sentimento nostálgico, daqui por uns anos.

E para vocês quais foram os jogos que mais vos marcaram este ano?
Por fim, resta-nos desejar-vos um excelente 2015, recheado de muitos e excelentes jogos. Bom ano!

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