Momentos marcantes dos jogos que definiram a PS3

WASD – Corner PS4 (1)

Como quem vê um bom filme e fica com esta ou aquela cena gravada na sua memória, também hoje os jogos ocupam esse lugar recôndito da nossa memória que guardamos unicamente para os momentos especiais. A verdade é que nem me lembro do último grande filme que vi mas se me perguntarem qual foi o último grande jogo que passei consigo enumerar vários.

E a grande verdade é mesmo esta: os jogos desta geração vão marcar-nos durante muito tempo e irão, com toda a certeza, trazer-nos enormes sentimentos de nostalgia durante os próximos anos. A Playstation 3 foi uma das principais plataformas deste desenrolar de emoções durante os últimos anos e trouxe até à nossa sala de estar alguns dos momentos mais marcantes da história dos videojogos.

E se alguns destes momentos são aterradores, outros são o concretizar do destino das personagens que encarnamos, e outros até nos deixaram boquiabertos pela sua espectacularidade. Escolhemos para vocês dez momentos que nos marcaram enquanto jogadores da Playstation 3.

Alertamos para que tenham toda a atenção e evitem os SPOILERS dos jogos que ainda não passaram e possam querer completar no futuro. Considerem-se avisados e sigam daqui para a frente no artigo à vossa própria responsabilidade!

Independentemente de serem exclusivos ou não, estes foram os jogos que passámos na PS3 e que definiram os momentos mais marcantes da consola para o WASD:

Heavy Rain – Cortar ou não cortar

Na demanda para salvar o seu filho, Ethan Mars é obrigado pelo assassino do Origami a passar uma série de provas entre as quais o ‘The Lizard Trial’. Na cena mais conhecida do jogo da Quantic Dream, o pai em desespero é obrigado a cortar um dos dedos da sua mão esquerda, isto se quiser tomar conhecimento da próxima pista sobre o paradeiro do seu filho, Jason. A experiência apesar de bastante interactiva é, no mínimo, aterradora ao seres obrigado a pressionar sequências de botões e a abanar o comando simulando o cortar de um dos dedos de Ethan.

Com uma pitada de sadismo, os criadores do jogo ainda te oferecem várias opções para o instrumento com que vais cortar o dedo: alicate, faca de cozinha, serrote, ou uma tesoura. É à vontade do freguês…

Call of Duty 4 – Modern Warfare – Ameaça Nuclear

Numa operação em larga escala para acabar com o regime de Al-Assad, os Estados Unidos atacam a cidade do palácio presidencial, em pleno Médio Oriente, sobre o perigo de uma ameaça nuclear que não é levada a sério. No papel do sargento Paul Jackson, da unidade USMC 1st Force Recon, o jogador tenta salvar uma piloto de um helicóptero despenhado na iminência da detonação do dispositivo nuclear, a qual acaba por acontecer já na fuga da cidade de Al-Assad.

Todos aqueles que viram a explosão nuclear em Call of Duty 4 e sentiram na pele do sargento Paul Jackson os efeitos de uma detonação tão brutal, com certeza ainda não esqueceram a experiência.

God of War III – Poseidon na primeira pessoa

Logo a abrir a terceira entrada na saga de Kratos está a épica batalha contra o deus dos mares, Poseidon. Após um confronto a uma escala monstruosa, com grafismos espectaculares, os dois trocam palavras pouco amigáveis, e com Poseidon já de rastos o jogador é convidado a pressionar o botão ‘círculo’ e é imediatamente levado para a perspectiva de Poseidon na primeira pessoa. O que se passa a seguir é das experiências mais impressionantes desta geração quando tomamos o ponto de vista de quem estamos, literalmente, a espancar.

Ainda em God of War III, lá mais para a frente, no culminar de toda a trilogia quando Kratos confronta finalmente Zeus somos novamente convidados a libertar as nossas frustrações na cara do Senhor do Olimpo até, literalmente, nos apetecer parar. Podem confessar porque eu sei que não fui o único a encher o ecrã de vermelho no jogo da Santa Monica Studios.

The Last of Us – A morte vem de onde menos se espera

Quando pensávamos que, finalmente, tinhamos escapado ao perigo que ameaçava Joel e Sarah, a sua filha, inesperadamente começamos a perceber que o soldado que nos tinha acabado de salvar de duas pessoas infectadas não tinha, também ele, boas intenções. Acabamos por ser salvos pelo irmão de Joel que, infelizmente, não chega a tempo de salvar a vida a Sarah que, atingida pelo soldado, morre instantes depois.

Num prólogo em que a Naughty Dog explica a profundidade da personagem de Joel, este momento ficará, com toda a certeza, marcado nas nossas memórias.

Journey – Surfar na areia

Num dos níveis mais incríveis de Journey, enquanto o sol se põe atrás da montanha, o protagonista anónimo desliza pela areia. A mistura da banda sonora com as cores e as luzes rasantes do pôr-do-sol enquanto ‘surfas’ pela areia através das ruínas de uma outrora potente civilização produzem uma das experiências mais marcantes desta geração.

Toda a experiência de jogo em Journey é marcante mas este nível destaca-se e fica registado na nossa memória sempre que nos lembramos desta obra incrível da thatgamecompany.

Batman: Arkham City – A Piada Mortal

Com Joker e Batman infectados com a doença fatal provocada pela fórmula Titan, a sua luta por um antídoto termina junto à ‘Lazarus Pit’, a fonte do poder de rejuvenescimento de Ra’s al Ghul, que o homem morcego acaba por destruir antes que Joker a possa utilizar. Ainda com uma réstia do antídoto consigo, Batman debate-se com a hipótese de salvar o seu arqui-inimigo quando o supervilão o ataca pelas costas fazendo largar o antídoto que se estilhaça pelo chão.

Batman acaba por admitir, nos momentos finais de Joker que, apesar de tudo o que havia feito, ele acabaria por o salvar. A cena final é, precisamente, Batman a carregar o corpo do seu nemesis para fora de Arkham City num dos momentos mais marcantes desta geração de consolas.

Elder Scrolls IV: Oblivion – Os últimos dias da minha vida

Depois de tantas horas passadas no mundo de Tamriel, não deixa de ser curioso o facto da memória mais marcante com que fiquei do jogo ser precisamente o início. Não foi, de facto, por acaso que a voz marcante de Patrick Stewart foi escolhida para encarnar o papel do imperador Uriel Septim VII. O discurso inicial é fundamental para o ímpeto que tem de ser criado para empolgar o jogador para o que vem a seguir e se há jogo que soube como criar esse ímpeto foi Oblivion. Quando o imperador, na parte final do seu discurso da introdução e após uma hesitação, revela arrepiantemente que estas são as horas finais da sua vida, o jogador fica logo com a atenção despertada.

A partir daí, tudo o que vem a seguir é um bónus que só beneficia de uma brilhante introdução.

Assassin’s Creed II Brotherhood – Cerco a Monteriggioni

Depois de tantas horas passadas com Ezio a reconstruir Monteriggioni em Assassin’s Creed II, o jogador entra na sequela Brotherhood com o desejo de disfrutar daquilo que conseguiu construir anteriormente. Depois de uma pequena sequência em Roma e de uma noite escaldante com Catarina Sforza já em Monteriggioni, o amanhecer revela um ataque inesperado à fortaleza pelas forças comandadas por Cesare Borgia.

O que se segue são momentos épicos enquanto Ezio tenta defender o perímetro amuralhado contra o inimigo.

Resistance 2 – Foi uma honra

Com tantos chimeras mortos às mãos de Nathan Hale seria de esperar que este herói tivesse uma morte mais significativa. Acaba, no entanto, por sofrer uma morte honrosa às mãos do companheiro de guerra, Joseph Capelli, que depois se torna o protagonista da terceira entrada na série Resistance. Nathan Hale, nos momentos que antecedem a sua morte, acaba por ser consumido pelo vírus chimera e perde a noção da realidade humana. Joseph Capelli, não vendo outra hipótese acaba por disparar fatalmente contra Hale.

Esta morte inesperada de Nathan Hale marca o final da segunda entrada desta série da Insomniac Games.

https://www.youtube.com/watch?v=yBtJoaOVfzc

Red Dead Redempton – Destino Inevitável

Apesar de ter alinhado uma última vez com os agentes do governo americano para apanhar o seu antigo colega no crime, Dutch, o rancho de John Marston é atacado de surpresa colocando a sua família em perigo. Para garantir a fuga da sua mulher e filho, Marston resiste aos agentes do governo mas, infelizmente para nós que aprendemos a gostar da personagem, a resistência é pouco feliz e Marston acaba morto após ser atingido várias vezes por Ross e os seus homens.

Durante praticamente todo o jogo sabíamos que este seria o destino inevitável de Marston mas, fosse como fosse, nunca estaríamos preparados para o ver morrer. Felizmente, este nosso anti-herói acabou vingado.

https://youtu.be/qKafS8zn5TI

É certo que muitos outros jogos deveriam ser colocados nesta lista de momentos de jogos marcantes na PS3 mas, para não alongar o artigo, damo-vos a palavra a vocês, jogadores da Playstation. Qual foi para vocês o momento de jogo que mais vos marcou na Playstation 3?

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