Jogos do Ano para o WASD – Edição 2018

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Todos os anos escolhemos os títulos que mais se destacaram nos diversos géneros ou que, de alguma forma, nos marcaram. No ano passado, a nossa escolha até foi consensual mas, por causa da qualidade dos jogos deste ano a decisão em algumas categorias foi bastante difícil. Estes foram os resultados.

O nosso critério é simples. Em cada categoria, listámos uma série de jogos, sem particular destaque para algum dos nomeados, analisando os prós e contras de cada um dos jogos lançados neste ano. A ideia era rever todos, não apenas um conjunto de “pré-candidatos”, garantindo que todos eram incluídos.

No final, as escolhas prenderam-se pelos factores mais importantes para nós: A qualidade da interacção, do grafismo, da performance e também o quanto o jogo nos cativou na sua oferta. Também tivemos em conta outros factores, sobretudo a experiência a longo prazo, que pode até ter mudado alguma posição que tivemos numa análise original.

Aí tivemos vencedores “de caras”, mas outros foram mais difíceis de apurar. Como sempre, só um pode sair vencedor em cada área. Mesmo assim, não pudemos deixar de mencionar alguns títulos como referência honrosa. Esta é a nossa escolha dos jogos de 2018. Mas, comecemos… pelo próximo ano…

Cyberpunk 2077

Não sabemos sequer se será lançado em 2019. Contudo, queremos mesmo acreditar que será. Se se confirmar, o próximo RPG da CD Projekt RED promete ser um dos melhores, senão o melhor, jogo do próximo ano. Pelo que temos visto de vídeos e trailers, este jogo deverá ultrapassar The Witcher III nas nossas preferências, mantendo todos os elementos que o estúdio Polaco tem sido exímio a aperfeiçoar. Caso não seja lançado em 2019, de certeza que vamos ouvir falar muito deste jogo ao longo do ano.

Menção Honrosa – The Last of Us Part II

Que é que a Naughty Dog está a criar em volta de Joel e Ellie? Estamos ansiosos.

Fallout 76

Que outro jogo poderia ser? Na verdade, neste ano tivemos outras grandes desilusões pelo caminho, mas a Bethesda leva o maior dos galardões nesta categoria menos positiva. Quando o jogámos, ficámos com a sensação de ser um Fallout 4.5 com multi-jogador à mistura, envolvendo mecânicas que não funcionam num MMO. Por outro lado, o jogo não parece devidamente optimizado tecnicamente, levando-nos a crer que precisava de mais trabalho. Desilusão, numa série de culto tão amada pelos jogadores.

Menção Desonrosa – Metal Gear Survive

Não, não é possível criar um Metal Gear sem Hideo Kojima.

Dead Cells

Infelizmente, não “descobrimos” este jogo a tempo de o analisar. Este é o problema de alguns jogos independentes, muitas vezes passam “por baixo do radar”, seja por falta de divulgação, seja por ausência de representação em alguns países. Nem por isso este jogo passou despercebido à comunidade. A sua acção estilo metroidvania, misturando elementos Roguelike e com inspirações em Dark Souls, tornou-o imprescindível. Além disso, ainda tem uma arte fantástica. É daqueles jogos que confirmam que os Indies também sabem cativar.

Menção Honrosa – Out of Line

Ainda não foi lançado mas o que já vimos lembra-nos a frase: “o que é nacional é bom”.

Fortnite

Se, no início, PUBG foi incontornável, agora é a vez deste outro jogo popular. Curiosamente, pertencem os dois ao mesmo género, apostando no Battle Royale de forma vincada. A Epic Games, porém, tem demonstrado uma sagacidade acima da média a promover o seu título. A grande fatia de mercado que açambarcou é resultado do enorme trabalho de suporte dado a um jogo gratuito e sem grandes receitas directas. E o sucesso sem precedentes só alimentou esta febre, mesmo com a concorrência a tentar roubar atenção (e a falhar).

Menção Honrosa – Call of Duty: Black Ops 4

Tinha tudo para vencer esta categoria mas… chegou tarde à cena Battle Royale.

ASTRO BOT: Rescue Mission

A pequena mascote da PlayStation 4 (uma delas) recebeu este ano o seu tratamento na realidade virtual. E o jogo é verdadeiramente impressionante por tudo o que consegue fazer com o PlayStation VR. A sua forte influência em Moss, outro excelente jogo no mesmo conceito, é evidente. Contudo, “traz mais umas quantas ideias e revela-se como uma clara evolução dos jogos de plataformas”, como dissemos na nossa análise. E o PSVR não podia ter melhor demonstração de diversão, orientando-se para miúdos e graúdos.

Menção Honrosa – Beat Saber

Divertido e energético, é bem provável que se cruzem com um livestream deste título por aí.

Fortnite

Qual é o jogo que, inevitavelmente têm no telefone e não conseguem parar de jogar? Provavelmente é este, uma aposta muito engenhosa da Epic Games de levar a sua visão Battle Royale a uma ainda maior audiência. Os jogos para dispositivos móveis estão na moda, sobretudo pela Ásia, justificando esta grande aposta de muitas produtoras. Contudo, há só um jogo “nas bocas o mundo”: é este. E é óbvio que não podíamos decidir outro vencedor. Tenham só cuidado com os torcicolos a jogar isto.

Menção Honrosa – PUBG Mobile

O grande rival do vencedor, está logo atrás na popularidade e merece a devida menção.

Starlink: Battle for Atlas

A nossa memória dos jogos “Toys-to-Life“ levou-nos a escolher este título como merecedor desta categoria. “A interacção é fácil e divertida, consegue entender o seu potencial junto dos mais novos”, foi esta a descrição que fizemos deste jogo. Divertido, viciante para os coleccionadores, excelente para todas as idades, só não sabemos se ainda há espaço para este género tão peculiar. Seja como for, lá em casa todos gostaram da experiência e é isto que é preciso para ganhar esta categoria tão distinta.

Menção Honrosa – PlayLink

Estes são os jogos que queremos ter lá em casa quando a família e os amigos nos visitam!

Frostpunk

Visceral, simples mas complexo, duro de roer, este jogo da 11 Bit Studios impressionou desde a primeira hora. Ficamos horas a jogar… ou minutos, dependendo da nossa capacidade de gerir a frágil comunidade. A interacção em tempo real tem uma pressão incrível, quando temos de gerir tudo ao mesmo tempo. A arte do jogo é irrepreensível, sombria e rude. A narrativa leva-nos a tomar decisões difíceis e com repercussões muito complicadas. Uma boa surpresa, num jogo que, se calhar, vos passou ao lado. Não devia.

Menção Honrosa  – Battletech

Um excelente jogo baseado no universo Mechwarrior. Só faltou melhor combate.

Pro Evolution Soccer 2019

Foi o jogo que mais nos impressionou neste género e, por isso, dá a volta ao “derby” que jogamos todos os anos na redacção. Não é perfeito, mas sentimos que o grande cuidado da Konami com o “desporto-rei” merece destaque. Tem um futebol bonito de se jogar, com uma interacção bastante credível e a melhorar a cada ano. Depois, tem um bom aspecto, repleto de pormenores de qualidade. E não podemos esquecer o esmero com as suas licenças, um claro contraste com o rival. Só não ganha em vendas, mas isso pode mudar.

Menção Honrosa FIFA 19

Apesar de tudo, continua a ser o líder… este ano, porém, pela “diferença mínima”.

Forza Horizon 4

Mais um ano, mais um jogo Forza nas nossas preferências. Desta vez é o grande título da Playground Games a ganhar o galardão. A recriação das estradas britânicas dá um fantástico novo cenário à série, sem nunca esquecer o seu ADN de velocidade trazido das pistas. A cada novo jogo, Horizon parece amadurecer, sobretudo no plano técnico, sendo este também um excelente showcase na Xbox One X. Não é que a concorrência esteja (ainda) à altura mas, para todos os efeitos, é o melhor jogo de corridas do momento.

Menção HonrosaOnrush

Pura condução “arcade”, com muitos ingredientes de qualidade e muita diversão.

Dragon Ball FighterZ

A melhor forma de descrever este título foi como o fizemos na nossa análise: “É a conjugação ideal entre uma série de culto e um título robusto de combate”. De facto, num ano sem um novo Mortal Kombat ou Street Fighter, este foi o melhor título neste género, surgindo logo no início do ano para “abrir hostilidades”. Mas, não ganha por omissão, notem. É um título incrivelmente bem construído, com uma arte remanescente da manga e uma interacção competente, além de ter bastante conteúdo offline e online. Kamehamehah!

Menção Honrosa – SoulCalibur VI

Com Geralt de Rivia na capa, o jogo volta a recordar que é dos melhores… com espadas.

Pillars of Eternity II: Deadfire

A escolha foi complicada. No final, ganhou o título que mais nos agarrou, mesmo não tendo maior sucesso que outro que quase, quase ganhou (em baixo). Que nos perdoem os fãs do RPG da Capcom, mas este título da Obsidian Entertainment é qualquer coisa de genial. Leva-nos atrás no tempo, à era dos RPGs isométricos da “velha guarda”, tudo com imenso cuidado e rigor técnico, aliado a uma narrativa rica em conteúdo como só esta excelente equipa sabe trazer. Apesar da concorrência feroz, para nós, este é o RPG do ano.

Menção Honrosa – Monster Hunter: World

É um dos melhores RPGs dos últimos tempos, com tudo o que os fãs queriam e muito mais.

Transference

Não é que tenha sido um jogo exemplar em todos os níveis mas, este título da Ubisoft em colaboração com a SpectreVision, apresentou um conceito novo e interessante, fruto da sua influência cinematográfica. Ainda utilizou o PlayStation VR na PS4 e o Rift/Vive no PC de uma forma exemplar, contando com o áudio como principal fonte de tensão. Assumimos que não é um jogo com muitos sustos, sendo mais um thriller que outra coisa. Contudo, nem só de saltos na cadeira é feito este género. E é por isso que ganha esta categoria.

Menção Honrosa – Vampyr

Num ano pouco positivo em terror, este jogo sombrio e brutal marcou a diferença.

Marvel’s Spider-Man

Que outro poderia ser? O aranhiço lançou a teia na PlayStation 4 com tal convicção que não deixou grandes dúvidas que seria o jogo do ano neste género. E notem que este foi o género com mais títulos de peso em disputa. A Insomiac Games criou uma das melhores aventuras de super-heróis em videojogo, sem qualquer receio de “beber” inspiração em outros grandes do género. Fez quase tudo o que os fãs pediam há anos para a personagem mais famosa da Marvel. E o resultado é absolutamente arrebatador.

Menção Honrosa – Assassin’s Creed: Odyssey

Pena que a concorrência tenha sido tão forte, este é um dos melhores AC de sempre.

God of War

É outro que não podia deixar de figurar como um dos melhores do ano. Para muitos, foi mesmo “o” jogo do ano. É uma história “humana”, mesmo no seu universo fantástico, entre um pai e um filho. Mas, é também um excelente jogo de acção hack’n’slash, com muitos elementos de qualidade, um design único e performances de topo, tornando-se num título obrigatório para a PS4. Só temos pena de não desancar Odin… Mas, se Zeus mal pôde esperar, estamos certos que os Santa Monica Studios não nos irão desiludir.

Menção Honrosa – Call of Duty: Black Ops 4

Nos “shooters” não tem rival, repetiu o que WWII recuperou e deu-lhe a fórmula Black Ops.

Red Dead Redemption II

Esqueçam tudo o resto que foi lançado este ano. O grande Western da Rockstar Games é o grande jogo de 2018, entregando quase tudo o que prometeu e ainda mais. Com muitas horas de jogo no coldre, ainda estamos a descobrir pormenores geniais neste jogo. A narrativa é excelente, as personagens são fantásticas, as jogabilidade é óptima e tem uma arte quase perfeita. Depois ainda nos presenteia com Red Dead Online para complementar a oferta cheia de conteúdo. Poucos são os defeitos deste jogo, na verdade.

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