Eis a nova PlayStation 5 Pro
Completamente previsível, até porque foi um segredo muito mal guardado pela Sony Interactive Entertainment, finalmente a “Apresentação Técnica” de hoje apresentou a PlayStation 5 Pro ao mundo. Bem, é o que esperávamos.
Tal como no caso da PlayStation 4 que também teve a sua actualização de hardware “mid-life” com a PlayStation 4 Pro, uma consola que adorámos conhecer, era inevitável que a PlayStation 5 tivesse o mesmo tratamento. Afinal, há um paralelo claro na evolução e no marketing das duas gerações de consolas PlayStation, sem esquecer que a rival Xbox também passou por um percurso francamente semelhante. Além de uma actualização de capacidades e potencial, porém, tal como a recente PS5 Slim a nova PS5 Pro parece ser mais um novo argumento para vendas que outra coisa.
O Arquitecto de Sistemas Principal na PlayStation, Mark Cerny, começou por explicar o que a actual PS5 alcançou, usando várias tecnologias de vídeo, áudio e feedback háptico implementadas em vários jogos que também serviram como showcase desta geração PlayStation. Obviamente, a Sony trabalhou para que a PS5 Pro fosse um salto tecnológico mais evidente, especialmente em termos de performance, que parece ser a preferência dos jogadores.
Em primeiro lugar, o GPU da consola é maior, com os tais já anunciados cerca de 45% de maior capacidade de processamento gráfico, tendo uma nova geração de efeitos RayTracing e também foi apresentada uma nova tecnologia de upscaling apoiada na Inteligência Artificial. Isto permite, segundo Cerny o dobro da performance e fidelidade visual em alguns jogos, como os demonstrados The Last of Us: Part II Remastered, Marvel’s Spider-Man 2 ou Ratchet & Clank. Claro que é tudo demonstrado em vídeos comparativos e não pudemos ver mesmo a cadência de fotogramas em acção. Agora, o que foi mesmo visível nesta apresentação foi a qualidade visual da nova evolução da tecnologia Ray Tracing, bem mais impressionante.
Infelizmente, não foram feitos reais comparativos mais técnicos, ao nível de hardware e dados mais concretos do seu interior, tirando a menção de uma maior unidade de armazenamento SSD de 2TB. Claro que, por agora, isto estará reservado para testes posteriores, ficando só gravado no nosso imaginário os puxados 799,99€ solicitados. São mais 250€ que a actual PlayStation 5 por 549,99€, notando ainda que não está incluído o leitor óptico Blu-Ray que tem de ser comprado à parte (mais 119,99€). A nova PlayStation 5 Pro será lançada a 7 de Novembro deste ano via PlayStation Direct e lojas seleccionadas. As pré-encomendas começam a 26 de Setembro via PS Direct e 10 de Outubro nas demais lojas.
O que se segue agora? Em princípio, nos próximos tempos, não muito. Até a PS5 Pro ser colocada à venda, as actuais consolas clássicas e PS5 Slim continuarão disponíveis. Talvez estas não sejam agora os melhores investimentos… a não ser que a Sony baixe o seu preço adiante da nova geração. Também não é de prever que os jogos lançados nos próximos tempos sejam “dedicados” à nova consola. A julgar com o que aconteceu na geração anterior, os jogos lançados na plataforma continuarão a chegar à original PS5, embora possam passar a conter o chavão de poderem “correr melhor na PS5 Pro”.
Por isso, é normal que se faça a pergunta: “vale a pena apostar numa PS5 Pro”? Com base no que vimos acima, se já possuem uma PS5 a resposta não parece positiva. A não ser que privilegiem assim tanto a performance, mesmo que seja um aumento de qualidade marginal e, claro, o dinheiro não é problema, parece-nos que a PS5 actual, tão depressa não vai a lado nenhum. Contudo, se ainda não possuem esta consola e procuram adquiri-la, se calhar esperam um pouco pela versão Pro (poupando até lá pela diferença monetária) que será, sem dúvida será a melhor aposta… por um preço.
Ou seja, é bem possível que o principal problema da PS5 Pro seja… a própria PS5. Isto, pensando que a Xbox não apresentou (até à data) nenhuma resposta “mid-life” para a Xbox Series X. A diferença tão alta de preço entre gerações não parece justificar muito o investimento, em particular porque vemos ainda tantas consolas à venda nas prateleiras das lojas. A médio-prazo, porém, a PS5 Pro parece talhada para um mercado “premium”, o mesmo que serve o DualSense Edge, por exemplo, outro produto com preço alto e performances marginalmente melhores.
Infelizmente, (ainda) não podemos fazer futurologia. Obviamente, não tivemos acesso à consola para atestar as suas reais capacidades. Nas próximas semanas, é bem possível que analistas por aí apresentem dados mais concretos comparativos para que possamos atestar a possível evolução concreta. A Sony também fará muitos esforços para distinguir bem as consolas nas prateleiras, especialmente depois de ter removido a referência ao 8K das caixas das PS5 originais. Vejamos se a PS5 Pro terá o mesmo sucesso da geração anterior. É que este é mesmo um ano difícil para a empresa Nipónica.
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