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Análise: Tomb Raider – Definitive Edition (PS4)

Não sei bem o que pensar deste novo Tomb Raider – Definitive Edition. Olho para uma outra caixa aqui ao lado e vejo… o mesmo jogo na PS3. Esta estratégia de reeditar um jogo com upgrades gráficos não é nova. Jogos clássicos são muitas vezes reeditados em versões HD. Mas este Tomb Raider nem um ano tem na geração anterior e acaba de sair um remake para a nova geração!

Esta é uma análise em jeito de complemento de uma que já fizemos a este jogo para a Playstation 3. Leiam esta análise aqui.

Quando recebemos as primeiras informações desta nova edição de Tomb Raider, fiquei logo com a sensação que não vinha aí nada de novo. Dejá vu confirmado quando jogamos finalmente este jogo. Nada no enredo, muito menos nas missões, foi alterado. Também nada na jogabilidade foi modificado (excepto na interacção com o Dualshock 4 que já falarei). Estamos a jogar o mesmo jogo que tivemos na Playstation 3 e depois olhamos para o preço na caixa. Curiosamente, o mesmo preço também. É justo que quem comprou este jogo na PS3 tenha de pagar o preço por inteiro na PS4? Não, mas talvez a Square Enix entenda que, o facto de haver poucos jogos na oferta da PS4, justifique este preço de lançamento.

Não podemos simplesmente ignorar o colosso visual que Tomb Raider consegue ser nesta edição “definitiva”. Desde o cabelo de Lara até às paisagens magníficas da ilha Yamatai, quase conseguimos desculpar o incrível “face-lift” de Lara que a tornou literalmente noutra pessoa entre versões. Houve um enorme cuidado em aumentar o campo de visão (diminuindo o nevoeiro ligeiramente), aumentar a resolução das texturas gerais e melhorar os objectos com o aumento de polígonos. Se na Playstation 3 o jogo já era brilhante em termos técnicos, agora nesta geração consegue realmente momentos magníficos. Se querem ver o que a Playstation 4 é capaz de produzir graficamente, devem adquirir este jogo, sobretudo se não o conheceram na PS3.

Só que depois, tudo o que até gostámos no jogo original não foi mexido. Poderiam dizer que isso é bom, na verdade até é. Se algo está bom, não mexam. Por outro lado, pagar 70€ de um jogo para ter os mesmos mapas, os mesmos movimentos e jogabilidade e até mesmo os mesmos modos de carreira e multijogador, dá que pensar.

Felizmente, há mais uma coisa, além do grafismo, que me deixou contente com esta nova versão de Tomb Raider: o uso inteligente das capacidades do comando Dualshock 4. Desde a simpática luz do comando que treme de cada vez que usamos uma torcha (simulando a chama), até ao uso do Trackpad para navegar no mapa e manipular objectos, o comando foi aproveitado da melhor forma. Até mesmo a pequena coluna de som é usada para as vozes no rádio. Para quem tem a Playstation Camera ou use um headset com microfone é ainda possível recorrer aos comandos de voz no jogo. Não usei muito esta funcionalidade, confesso, mas é algo que, com alguma prática, é capaz de ser útil.

Veredicto

Brincando com o seu título, é “definitivamente” o melhor Tomb Raider jamais feito. Isto quer dizer que quem não jogou este derradeiro título da Lara Croft na geração anterior (mas é fã da série) deve mesmo comprar esta edição. Quem já o comprou na PS3 ou Xbox 360, se calhar não é boa ideia gastar dinheiro se não quer jogar o mesmíssimo jogo. O pessoal do PC, então, passa completamente ao lado. O preço é exagerado para um remake e não faz sentido que quem tinha uma versão anterior não ter também direito a um upgrade com um preço reduzido, como diversos jogos o tiveram no lançamento na PS4 e XBO. Tirando o factor “repetição” e o preço, Tomb Raider é um óptimo jogo, sempre foi. E agora é um daqueles showcases que mostra todo o potencial da Playstation 4 e Xbox One!

  • ProdutoraCrystal Dynamics
  • EditoraSquare Enix
  • Lançamento28 de Janeiro 2014
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroAventura
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • É igual à versão anterior em conteúdo
  • Não apetece repetir se já jogámos antes
  • Preço

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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