TLOU

Análise: The Last of Us (PS3)

Vinte anos passaram depois de um surto viral que derrubou a sociedade e devastou o mundo como nós o conhecemos. As grandes cidades são agora ruínas e a segurança só é possível em algumas zona de quarentena, sob o constante olhar militar. A vida no exterior está repleta de gangues implacáveis e de infectados que podem surgir quando menos esperamos… Sobreviver será uma grande proeza e talvez exista alguma esperança num obscuro grupo de resistência.

As personagens

Um sobrevivente já na casa dos 40, tem a importante missão de escoltar Ellie, uma rapariga que não conheceu a vida antes do surto e que guarda com ela um importante segredo. Através deste mundo implacável e sem piedade, surge uma forte relação que irá definir o jogo.

Já que lhes abrimos a porta de casa, vamos conhecê-los melhor.
Joel, ao contrário de Ellie, conhece o mundo antes e depois da praga, mas mantém o seu passado em segredo. Outrora um homem apenas com boas intenções, sobrevive agora como pode, tentando sempre sair vivo de qualquer situação e é numa situação extrema que Joel promete a um amigo ferido, que irá escoltar uma rapariga de 14 anos até ao grupo secreto de nome Fireflies. A razão é desconhecida…

Ellie, apesar da sua tenra idade, é bastante madura e possui um bom sentido de humor. Ela não conheceu o mundo antes da praga e compensa a falta de referência com os poucos livros que vai encontrando. Viveu toda a sua vida numa quarentena militar e não conhece o mundo para lá do “muro”, até conhecer Joel.

A empatia pelas personagens principais surge logo no primeiro momento que os conhecemos. Acompanhados com animações e expressões faciais de fazer inveja a Nathan Drake, Joel e Ellie parecem pessoas reais e tornam-se rapidamente pessoas da nossa família, com que iremos preocupar ao longo da jornada.

O fungo

A praga deve-se a um fungo conhecido como Cordycep, que provoca uma doença que altera o comportamento dos insectos. Antes de os matar é capaz de controlar e conduzi-los até um ambiente propício ao seu próprio desenvolvimento, desta forma consegue espalhar mais rapidamente os seus esporos que, por consequência, irão infectar mais vitimas… Agora imaginem isto em humanos! 

A infecção no Homem tem três fases. Fase 1:  As vítimas, conhecidas como Runners, ainda têm alguma consciência e tentam lutar contra a doença. Fase 2: O fungo cresce no cérebro e emerge pelos olhos das vítimas. Cegos, procuram comida através de eco-localização, fazendo ruídos. São conhecidos como Clickers e contam apenas com a audição e olfato para localizar as suas presas. Fase 3: Na fase final da infecção, o fungo espalha-se e o corpo incha até rebentar, espalhando mais esporos.

De mochila às costas

Já com as mochila às costas, ambas as personagens vão passar por momentos de grande tensão onde é “lutar ou morrer”. O exterior está repleto de infectados e como em qualquer mundo pós-apocalíptico, os humanos também são uma grande ameaça. É raro encontrar alguém que não nos queira roubar ou matar!
Os gangues tiram proveito do caos e vagueiam pelas cidades à caça de pessoas e mantimentos, atacando sempre em grupos e de forma bastante organizada. Joel não é nenhum herói mas é capaz de cuidar de si, no entanto o confronto directo é algo que deve ficar sempre para segundo plano. As munições são escassas e um mano-a-mano nem sempre é boa ideia contra um grupo de rufias ou Clickers desejosos de provar o nosso pescoço.

As diferentes fases de infecção requerem diferentes abordagens. Os Runners atacam mal vêem a sua vítima, correndo desalmadamente enquanto gritam para chamar apoio. Os Clickers e os seus ruídos medonhos são bastante poderosos e matam no instante que agarram a vítima. Quando o confronto directo é inevitável, a luta é sempre brutal, sentem-se os impactos dos socos e dos barrotes a atingir o crânio do adversário. Se estiver próximo de uma superfície rígida, Joel adapta o seu ataque também de forma violenta e pintando tudo o que rodeia de vermelho.
A Ellie também tem um papel importante em combate, mesmo quando não tem uma arma, se um inimigo se aproximar ela grita a sua posição, dando tempo para reagir.

Mas nem tudo é violência, quando o jogo acalma, Joel e Ellie vagueiam no meio das ruínas sem qualquer mapa ou bússola, o caminho a seguir surge de forma quase inconsciente. É um jogo linear, mas bem disfarçado.

A maioria dos puzzles surgem devido à incapacidade de Ellie nadar e cabe a Joel arranjar forma de a transportar, no entanto Joel não possui as mesmas capacidades de Nathan Drake para subir e saltar grandes penhascos. O seu movimento é pesado e realista, e muitas vezes terão de usar o que tiverem à mão como plataforma para passarem grandes espaços.

Veredicto

The Last of us é um jogo com uma narrativa muito bem escrita, linguagem forte, violento e cruel. Asseguro-vos que toda esta jornada, que pode durar pelo menos 14 horas, não irá desapontar.
Mesmo quando pensei que iria a acontecer algo, acabou por acontecer totalmente o oposto. Aviso já que tanto o início como o fim do jogo são um turbilhão de sentimentos!
Um must-have para qualquer possuidor de PlayStation 3!

  • ProdutoraNaughty Dog
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento14 de Junho 2013
  • PlataformasPS3
  • GéneroAcção
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Puzzles repetitivos
  • Multiplayer não adiciona nada de novo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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