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Análise: Renegade Ops

Ah, os jogos de acção na terceira pessoa, câmara vista de cima… tiro neles… os velhinhos “shoot’em up” estão ainda a dar cartas com alguns jogos Arcade super divertidos e cheios de efeitos especiais. A SEGA está em força no Xbox Live, Playstation Network e Steam com imensos mini-jogos interessantes e Renegade Ops é a mais recente aposta.

Com uma versão de demonstração disponível nas três lojas, fica logo patente o elevado interesse em criar jogadores viciados no exagerado grau de destruição e jogabilidade fácil. A opção “unlock full game” salta logo à vista e com um preço simpático (aproximadamente 15 Euros) só falta mesmo que se justifique a compra…

O bem contra o mal…

Quando um tal de Inferno decide pegar fogo… bem… ao mundo, uma equipa de quatro comandos, liderada pelo General Bryant decide por cobro às actividades terroristas deste líder maníaco e das suas tropas de traço nazi. E pronto. O objectivo é destruir as tropas adversárias com um “one-man-army” dentro de um carro, buggy, blindado ou helicóptero, enquanto um líder inimigo demente e calvo lança impropérios e o nosso líder não é menos intenso.

O enredo é apresentado por cutscenes antes e depois de cada missão. Estas cenas são apresentadas como uma revista de Banda Desenhada.

Fica claro que as personagens são estereótipos exagerados do bem e do mal. A dada altura ficamos sem perceber se o jogo tenta ser sério ou apenas uma paródia aos heróis e vilões da banda-desenhada ou dos filmes. Seja como for, neste tipo de jogos a estória é o que tem menos importância.

Vamos explodir tudo!

Para quem não sabe a editora deste jogo, Avalanche Studios, esteve por detrás do jogo Just Cause 2. Os paralelos entre estes jogos saltam à vista, mas principalmente a vastidão de mato, selva, deserto e habitações diversas, sempre a explodir em odes de destruição maciça. Ambos os jogos partilham também os valores inseridos no enredo e a ideia que não interessa como, é preciso é destruir senão tudo, uma boa parte.

Graficamente, o jogo não deslumbra, mas também não pretende. Se as cenas de introdução são baseadas nas comics, também o próprio jogo possui gráficos quase cartoonescos, não deixando grande margem para o realismo que nem sequer pretende atingir. Os efeitos visuais são competentes mas por vezes caóticos de tão intensos e numerosos.

Mesmos assim o jogo tem excelente aspecto, é fluido e tem grandes momentos, sobretudo quando nos níveis mais elevados temos de destruir diversos tipos de armamento inimigo a bordo do helicóptero e que nos transporta uns anos atrás para o fantástico Desert Strike nas arcadas.

A nível de interface não podia ser mais simples. Um controlo para conduzir o veículo outro para apontar a arma com munições infinitas. Temos ainda botões para ataques especiais e armas secundárias. O controlo dos veículos é intuitivo e prático, com alguns momentos interessantes de curvas em slide, saltos em rampas e outras proezas, claramente apostas na espectacularidade.

Existem diversos tipos de mapas: na selva, no deserto, à noite e até mesmo numa base debaixo do chão. A variedade de mapas não muda a jogabilidade, mas remove um pouco o efeito de repetição.

Está dada a fórmula para ser um dos jogos mais viciantes do momento. Mesmo curto e algo repetitivo.

4 cavaleiros do Apocalipse…

Depois de destruirmos meio mundo no modo carreira, apetece-nos jogar online com os nossos amigos. Confessamos que nos causou alguma confusão ver a opção “Multiplayer” no menu e pensámos como seria possível colocar jogadores uns contra os outros, mas queríamos ver como a Avalanche tinha pensado um modo multi-jogador. Mas ficámos logo desapontados com o facto de ser apenas um modo cooperativo.

Isto porque colocar 4 jogadores numa arena uns contra os outros até tinha potencial. Infelizmente, porém, trata-se de colocar 4 jogadores humanos, cada um com uma das quatro personagens opcionais, a combater nos mesmos mapas e onde apenas se pode escolher o grau de dificuldade. Se há caos a jogar sozinho, imagine-se mais três jogadores a causar destruição maciça.

Além disso o matchmaking deste jogo é sofrível. Demorámos 10 minutos a conseguir entrar numa sessão e o caos foi evidente. Mesmo as cores diferentes num pequeno anel em volta do nosso veículo se torna difícil de entender onde estamos e para onde vamos debaixo de explosões, fumo, pó e outros efeitos.

Mesmo assim, valeu a pena, é divertido e chega a ser competitivo para ver que faz mais pontos.

Veredicto

É um pequeno grande jogo, Renegade Ops. O preço é acessível e simpático para um jogo que até é curto mas convida a jogar um pouco mais se quisermos repetir a carreira com uma outra personagem das quatro à escolha ou partilhar um jogo ou outro com amigos ou outros jogadores.

Também é de assinalar que o menu possui uma opção “download extras” o que deixa prever DLC e extras para o jogo. Tudo depende da popularidade e da abordagem da SEGA ao jogo.

Vale a pena testar a versão de demonstração disponível. Vão ver o tipo de jogo que é, o elevado grau de diversão que proporciona e se gostarem, comprem.

  • ProdutoraAvalanche Studios
  • EditoraSEGA
  • Lançamento29 de Setembro 2011
  • PlataformasPC, PS3, Xbox 360
  • GéneroAcção
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • História dispensável
  • Pouca variedade
  • Curto

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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