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Análise: LEGO Harry Potter Collection

Harry Potter dispensa qualquer tipo de apresentação. O sucesso do bruxo adolescente é inigualável. Porém, nos videojogos ficou sempre aquém das expectativas, nunca estando à altura da personagem que representam. Talvez LEGO Harry Potter Collection consiga mudar essa realidade.

Depois de ter sido lançado em 2010 para a PlayStation 3 e Xbox 360 com dois jogos que abordavam diferentes anos da saga, chegou a vez da nova geração de consolas receber uma das melhores adaptações que Harry Potter já teve em videojogos, agora recorrendo às simpáticas peças de LEGO. Compilando todas as aventuras numa só, esta é também a edição definitiva desta colecção. Juntem-se a nós enquanto embarcamos para Hogwarts para descobrir as melhorias desta nova versão.

https://www.youtube.com/watch?v=CRRJtlFxRi4

Caso tenham vivido dentro de uma gruta, explicamos que os romances de Harry Potter contam-nos a história de um rapaz britânico nos seus 11 anos descobre que é um feiticeiro. Crianças com estes dons são convidadas e integrar nas exclusivas escolas mágicas que ensinam as habilidades necessárias para sobreviver neste perigoso mundo mágico. Harry Potter, acaba por integrar na escola de Hogwarts onde a maior parte dos eventos tem lugar.

É de notar que a produtora tomou algumas liberdades em relação à forma como transcreveu os acontecimentos dos livros, tal como aconteceu no grande ecrã. Principalmente porque este foi o último título em que os bonecos não tinham qualquer tipo de diálogos falados, uma característica da série LEGO que há muito se perdeu. Com isto em mente, alguns pontos chave da narrativa são contados de maneira diferente e com o típico humor que a produtora TT Games já nos habitou e que mais uma vez conseguiu inserir um dose considerável em quase todos os momentos.

É de assinalar que este humor nunca surge de forma exagerada ou que nos tenha levado a pensar que estragou o clima em determinados momentos. Contudo, existem algumas situações engraçadas que estão ligadas aos acontecimentos da saga e necessitam que o jogador conheça a história original de Harry Potter. Quem nunca leu os livros ou viu os filmes, não irá perceber uma boa parte das “piadas”.

Quem acompanhou a saga, sabe que Hogwarts nunca foi um campo de batalha devido às inúmeras regras da sociedade bruxa fictícia e, apesar dos combates serem comuns nos outros títulos da série, este jogo conseguiu privilegiar outros aspectos da jogabilidade que acertam em cheio na história de Harry Potter.

Existem inúmeros segredos à espera de serem descobertos, vários locais familiares que os fãs irão certamente reconhecer e até coleccionar Studs (moedas) é feito de formas bem mais variadass, o que torna este elemento mais tradicional de jogabilidade em algo diferente. Encher Hogwarts de inimigos iria estragar completamente o seu intuito. Já encher este título de segredos é algo que encaixa perfeitamente na temática da saga.

Um grande destaque para os jogos de LEGO são a sua longevidade. Demoram uma eternidade à completar o jogo a 100%, seja a coleccionar todas as personagens ou à procura das peças escondidas para ver as construções mais detalhadas. LEGO Harry Potter não é excepção e dei por mim, várias vezes, a refazer os níveis com outras personagens à procura de todos os segredos.

Um ponto contra esta aventura está no facto de termos demasiadas personagens ao mesmo tempo. Sabemos que Harry Potter tinha sempre alguém ao seu lado para ajudar mas, para efeitos de jogabilidade, nem sempre é interessante ter três ou quatro personagens a encher o ecrã. Muitas vezes ficam à frente da solução de desafios ou das nossas magias que saem da varinha-mágica. Além disso, quando todos decidem fazer magias ou outras acções ao mesmo tempo, instala-se o caos visual.

E, já que falamos de visual, sabemos que a série LEGO tem o seu próprio estilo. Contudo, mesmo sendo tudo feito a partir dos blocos coloridos, a produtora conseguiu aprimorar todo o visual em relação aos demais títulos. Graças a uma clara intenção de dar um aspecto mais cinematográfico, contem com ambientes e cenas intermédias bem mais detalhados. E não é só nesse ponto que a produção nos aproxima do cinema.

Cada secção do jogo é acompanhada pela banda sonora dos respectivos filmes e tendo em conta a longevidade do jogo e a vasta escolha de músicas, a banda sonora nunca se torna repetitiva. É perfeito para um jogo que nos convida a fazer os vários níveis vezes sem conta.

No que toca ao conteúdo, como já disse, esta versão permite-nos jogar ambos os títulos, o que oferece uma contínua jogabilidade com muitas horas em perspectiva. Contudo, quem jogou os dois jogos originais, não encontrará grandes novidades para além das melhorias gráficas. Não vão encontrar novas personagens ou conteúdo adicional. São precisamente os mesmo jogos, com os mesmos troféus e achievements, só que agora estão remasterizados na PlayStation 4.

Veredicto

LEGO Harry Potter Collection, pode ser o mesmo jogo da geração anterior, mas é, sem sombra de dúvidas, um excelente exemplo de como um jogo pode agradar a pequenos e graúdos. Estas duas séries foram de tal bem integradas nesta compilação que este é, claramente, o melhor jogo de Harry Potter dos últimos tempos. E ainda bem, das as falhas do pequeno bruxo neste universo dos videojogos. Por outro lado, será difícil pensar em algum jogo deste universo LEGO que seja mal concebido. A fórmula é quase sempre a mesma e o resultado é sempre divertido.

  • ProdutoraTraveller's Tale
  • EditoraWarner Bros. Interactive
  • Lançamento18 de Outubro 2016
  • PlataformasPS4
  • GéneroAventura
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Poucas melhorias fase à geração anterior
  • Demasiadas personagens no ecrã
  • Algumas piadas requerem conhecimento prévio da saga

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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