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Análise: Headmaster

A Realidade Virtual tem o potencial de oferecer-nos experiências entusiasmantes como controlar robôs gigantes, pilotar super carros ou tornar-nos em gangsters. Mas também existem jogos como Headmaster, capaz de nos entreter com simples objectivo de cabecear bolas.

Neste título simples mas viciante, vamos encarnar o papel de um jogador de futebol que, de forma repentina, deixou de marcar golos. Como consequência, a sua carreira está em risco e foi enviado para a escola básica de cabeceamentos, onde terá de passar uma série de exames em frente da baliza. Ou melhor, somos nós que o temos de fazer, cabeçando o éter, com todas as vantagens de ser tudo virtual, claro.

O jogo começa na total escuridão, para nossa surpresa. Teria o PSVR Avariado? Não. Ao olhar em nosso redor, reparamos que no horizonte há arame farpado e algumas torres de vigia. Tudo se assemelha a um campo de concentração, mas assim que se acendem as luzes, vemos uma baliza à nossa frente e uma voz vinda de um altifalante dá-nos as boas vindas a esta instituição. Estamos prontos para a acção.

Carl, o nome por detrás da misteriosa voz, é a pessoa responsável por construir todos os desafios. Sem querer comparar directamente, posso dizer que tem um humor muito peculiar que nos faz lembrar a mecânica GLaDOS da série Portal. E até consegue igualmente provocar algumas gargalhadas entre os nossos mais flagrantes falhanços.

A jogabilidade neste título é simples. O primeiro nível explica-nos como devemos cabecear correctamente, onde Carl nos recomenda a usar toda a parte superior do tronco para o movimento e não apenas o pescoço. Para direccionar a bola só precisam mudar a direcção da cabeça. Rapidamente percebemos que não é necessário nenhum comando e apesar de simples, estes movimentos levam algum tempo a aperfeiçoar. Sobretudo porque este vosso redactor não é particularmente espectacular a jogar à bola.

Depois de espelharmos correctamente os movimentos que Carl indica, as bolas de futebol começam a ser disparadas na nossa direcção de diferentes ângulos e com diferentes velocidades. No momento certo, temos de as cabecear para a baliza tentando, ao mesmo tempo, acertar nos mais diversos alvos para ganhar mais os pontos. Tudo isto precisando de apontar e cabecear no tempo certo.

Existem várias tarefas adicionais em Headmaster, como acertar em vários objectos, que podem ser argolas, alvos, caixas e por vezes até piñatas. Apesar da sua simplicidade, a variedade dos níveis é imensa e nunca chega a cair na monotonia. No final de cada desafio, somos avaliados com um máximo de três estrelas, consoante a nossa prestação. Alguns exames mais avançados vão precisar de um certo número de estrelas para serem desbloqueados e podemos já avisar-vos que não será tarefa fácil. Os níveis finais tornam-se quase impossíveis de ultrapassar na sua plenitude e a perícia necessária é dificilmente alcançada com o PS VR a atrapalhar os movimentos, o que nos leva a crer que será mais uma questão de sorte para atingir a pontuação máxima.

Há ainda vários tipos de bolas, como uma leve bola de praia, lenta mas perfeita para acertar nos alvos, uma bola explosiva que rebenta ao tocar em qualquer sítio e ainda um bola cheia de facas. Mesmo com este formato simples, baseado em perícia e modificadores de físicas, o jogo oferece várias horas de diversão. É simples, difícil de dominar e perfeito para jogar em companhia.

Mesmo não tendo o grafismo mais deslumbrante dos últimos tempos, Headmaster até é bastante aceitável. Tudo decorre à noite, se olharem para cima verão o céu estrelado com nuvens e alguns corvos a passar. A produtora optou por adicionar cores vivas no centro da acção o que contrasta bastante bem com todo o ambiente escuro e oferece um aspecto interessante.

Esta simplicidade do cenário, focando a atenção nos alvos e apostando no elevado contraste com o fundo, torna mais fácil a percepção da posição das bolas. Além disso, todas as potenciais questões de desorientação tornam-se mitigadas pelo simples facto de só termos um local para olhar. E, claro, todos os que costumam sentir náuseas nos jogos de realidade virtual terão aqui um título bem menos exigente a nível fisiológico. E, notem, até fazem algum exercício pelo meio e tudo.

Veredicto

Apesar do seu conceito simples, Headmaster é um jogo que prova que os desportos funcionam bem na Realidade Virtual. A sua jogabilidade é acessível a qualquer um e oferece um bom número de desafios, mantendo-o interessante do início ao fim. Porém, existem níveis que a dificuldade pode deixar-vos um pouco frustrados, mas não deixa de ser um jogo muito divertido, fácil de aprender e que até ajuda a fazer algum exercício.

  • ProdutoraFrame Interactive
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento13 de Outubro 2016
  • PlataformasPS4, PSVR
  • GéneroArcade, Desporto
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Níveis finais demasiado difíceis

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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