EpicMickey2_Hero

Epic Mickey 2: The Power of Two (Vita)

O rato mais famoso do mundo chega finalmente à consola portátil da Sony, depois das versões na Playstation 3, Xbox 360, Wiii e Wii U. Será que o salto das consolas para a Vita foi bem dado ou é este um passo em falso?

Mickey está de volta à Wasteland

Após seres introduzido com uma cinematic narrada pela voz sinistra de Christopher Lee (o actor que fez de Saruman em Senhor dos Anéis), Epic Mickey 2: The Power of Two começa precisamente onde o anterior jogo, que não conheceu versão para a Vita, acabou. Oswald e os restantes habitantes de Wasteland, um mundo onde vivem todas as personagens retiradas do mundo da Disney, tentam agora reconstruir este mundo quando acontece uma série de inexplicáveis tremores de terra. Aparece então o Mad Doctor que, após assumir que se quer redimir dos erros do passado, convida Oswald para impedir a ameaça eminente sobre Wasteland, a invasão dos Blotworx. Não confiando nas intenções de Mad Doctor, a namorada de Oswald, Ortensia, e o líder dos Gremlins, Gus, trazem o rato Mickey para Wasteland de modo a ajudar Oswald a resolver esta crise.

https://www.youtube.com/watch?v=mhMGewzGfqQ

Mickey tem como arma principal um pincel que lhe permite usar dois tipos de pintura: uma que cria estruturas e outra que as faz desaparecer. Esta jogabilidade em conjunto com o ecrã táctil da Vita proporciona algumas experiências interessantes. O ecrã da parte posterior da Vita é usado apenas em alguns feitiços.
Como companheiro, Mickey tem, ao longo de todo o jogo, Oswald. Este antigo personagem das histórias da Disney usa um comando que lhe permite enviar informação, dar choques eléctricos e ainda, através do uso das suas orelhas, pairar no ar. A interacção entre as duas personagens podia ser bem interessante não fossem os problemas que por vezes o Oswald tem em seguir-te ou fazer o que se espera dele. Tudo fica mais interessante quando activas o modo multi-jogador e um jogador noutra parte do mundo entra para jogar contigo. O jogo simula um mundo aberto que por vezes se torna demasiado confuso já que o mapa nem sempre te indica, com a informação mais explícita, para onde te deves dirigir. Alternando entre o 3D e o 2D simulado, na memória ficam sobretudo as lutas com Bosses que assumem um papel revigorante numa jogabilidade repetiviva e aborrecida.

Os gráficos do jogo são impressionantes na Vita com as animações das personagens muito bem feitas e cores que te transportam para o mundo Disney. Contudo, a versão que nos chegou, perde várias vezes a estabilidade do framerate e isso torna-se uma questão vital quando tens que te desviar daquele boss ou dar aquele salto milimétrico. A juntar a isto os bugs são comuns durante o jogo, com ataques de inimigos invisíveis, com Mickey ou Oswald a ficarem presos interminavelmente entre plataformas, ou simplesmente com a inteligência artificial do modo single player a não responder.

A banda sonora integra-te no mundo da Disney com bons temas, assim como as vozes que também são aquelas a que sempre nos habituámos a ouvir nas personagens clássicas como o Mickey, o Donald ou o Goofy (Pateta). No entanto, o jogo sofre de um grave problema: algumas deixas são repetidas vezes sem conta em determinados momentos, como por exemplo uma luta com um boss, para te ajudarem a alcançar os teus objectivos. Embora a intenção seja boa, bastava que a informação fosse dita uma única vez. A partir da segunda repetição já estás a rogar pragas às personagens da Disney.

Não obstante, é importante valorizar, na época dourada dos DLC’s, a quantidade de conteúdo para desbloquear que já vem com o jogo: 9 fatos diferentes para Mickey e Oswald; 46 desafios que desbloqueiam achievements da Playstation Network; 41 peças de arte conceptual; centenas de coleccionáveis e itens secretos escondidos ao longo dos níveis e ainda um cartoon para disfrutares dentro do jogo.

Veredicto

Se os fãs da Disney ficarão contentes com o conteúdo extra e com as cinematics que trazem, à consola portátil da Sony e as personagens que sempre nos acompanharam, os restantes jogadores já não ficarão tão contentes. O jogo chega por vezes a ser desapontante e vive no limbo entre um jogo infantil com argumento demasiado previsível e um jogo com dificuldade para adultos. Como se diz em bom português: “Ou sim ou sopas”. E aqui nem um nem outro. O jogo, o Mickey, a Disney e nós enquanto jogadores só perdemos com isso.

  • ProdutoraBlitz Games Studios
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento19 de Junho 2013
  • PlataformasVita
  • GéneroAventura, Plataformas
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Descidas no framerate
  • Bugs
  • Deixas repetidas vezes sem conta
  • Argumento
  • Inteligência artificial

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

Comentários