GOTYHeader1

Análise: Dishonored: GOTY

Estamos tão habituados que a Bethesda Softworks nos dê grandes jogos, que ver DisHonored numa Edição de Jogo do Ano não nos surpreende muito. Esta edição é uma compilação do jogo com os respectivos DLC. E se o jogo original que já analisámos foi um grande sucesso, nada como uns extras para torná-lo ainda mais apetecível. Vamos ver se este jogo ainda tem algo mais para dar.

Dishonored Game of the Year Edition, é um pacote com o jogo original da Arkane Studios, devidamente actualizado e o conteúdo descarregável ou DLC (Downloadable Content) Dunwall City Trials”, The Knife of Dunwall” e The Brigmore Witches”, juntamente com um bónus de extras chamadoVoid Walker’s Arsenal”, anteriormente apenas disponíveis por compra adicional e o último para quem fez pré-encomenda em determinadas lojas antes do seu lançamento. É o costume nas edições GOTY, como foi nos jogos recentes da mesma produtora,  Fallout 3 ou Skyrim.

Falando apenas e só do jogo-base, Dishonored continua intemporal. Já na altura falei-vos de como o jogo parecia uma obra de arte que ganhava vida. Ainda hoje quando peguei no comando para o jogar de novo com a nova edição, fiquei com a sensação que o joguei pouco. Honestamente, mesmo com os DLC que já vos falarei, este jogo merecia muito mais destaque e mais aventuras associadas. Quem sabe um Dishonored 2?

Mas antes de lá chegar, vamos falar deste jogo em mãos. Acção furtiva na primeira pessoa, mapas amplos com dezenas de possibilidades, armamento apropriado a um artista das sombras e do silêncio, Dishonored é um jogo muito táctico. O objectivo é cumprir as missões de Corvo sem ser detectado pela polícia, pelos infectados por peste e até mesmo os ladrões e gangsters que deambulam pelos becos e avenidas. A cidade de Dunwall é perfeita para a acção, com prédios altos e com becos sujos e esgotos amplos. Mas além de armas como pistolas, bestas que disparam setas normais, explosivos incendiários ou dardos tranquilizantes e as típicas espadas, contamos com poderes especiais dados por runas e outros poderes que permitem, por exemplo, possuir pessoas ou animais para cumprir determinados objectivos. É assim Dishonored. E os seus DLC visam aprofundar esta dinâmica com estórias paralelas.

Dunwall City Trials

28864_27_1

Em dez mapas distintos, Corvo testa o seu arsenal e poderes para se mover de forma furtiva e conseguir os objectivos. Cada mapa tem o seu objectivo. Seja resolver puzzles, seja sobreviver a vagas de inimigos, matar inimigos com limite de tempo ou combater até atingir um valor de pontos. Para se gabar dos seus feitos, os resultados são registados numa tabela mundial e há novos achievements/troféus para desbloquear. Além disso, por cada desafio completo, uma nova galeria de arte conceptual pode ser desbloqueada. Foi o primeiro DLC lançado em Dezembro do ano passado. Basicamente pretende pegar na excelente dinâmica do jogo e criar desafios para os maus audazes e perspicazes testarem as suas capacidades.

De resto, é só mesmo o jogo original em dez desafios. Os mapas são extraídos do jogo original e são colocados de modo a serem fechados sem hipótese de saída. São muitos os jogos que fazem este tipo de desafios. Assim, de repente, lembro-me de Assassin’s Creed ou Batman Arkham Origins. Só que estes desafios estão embutidos no jogo e não são um DLC.

The Knife of Dunwall 

30972_27_1

Foi o segundo DLC, anunciado como uma primeira parte de duas (em conjunto com o segundo DLC). Lançado em Abril deste ano, conta as peripécias de Daud, nada mais que o assassino da Imperatriz Jessamine no arranque do enredo principal. Este é o enredo da sua redenção. Daud recebe também uma visita do misterioso “Outsider” que o vai ajudar a corrigir o enorme erro que colocou Dunwall no caos. Armado com armas e poderes novos, além dos seus companheiros Whalers, Daud tem a seu cargo a tarefa de descobrir quem é a misteriosa Delilah e tentar recuperar a sua humanidade… ou não…

Em termos de valor, este DLC é o que mais acrescenta ao jogo. Sim, são eventos paralelos com os da história principal e não altera a jogabilidade. Mas as novas armas e habilidades são interessantes e até desejamos que o jogo original os tivesse. Por exemplo chamar os Whalers para ajudar quando a situação aperta ou os dardos e minas atordoantes. Tudo para que Daud passe despercebido.

O que é ainda mais interessante é ver alguns eventos de outra perspectiva, como o assassinato da imperatriz e outros eventos que apenas tínhamos visto na pele de Corvo. Também Dunwall é vista de outra perspectiva com novos mapas, incluindo a impressionante fábrica baleeira ou revisitando o “Flooded District”.

Este tipo de DLC são raros. Poder jogar com novas personagens bem produzidas, ter novos mapas, novas funcionalidades ou armas e com uma nova história que apenas roça no enredo principal, aqui e ali. E o actor que dá a voz a Daud é o actor Michael Madsen. Genial.

The Brigmore Witches

34452_27_1

Continuando a saga de Daud e lançado em Agosto deste Ano, este DLC é uma continuação directa do DLC Anterior. Isto significa que havendo um savegame de “The Knife of Dunwall” esta estória pega nos eventos (e escolhas) da anterior.

Continuando a tentar parar os planos da maligna Dalilah, Daud parte no seu encalço depois de descobrir que se trata de uma bruxa de Brigmore. O problema é Delilah lançou um feitiço que Daud terá de interromper e para isso terá de ir ao seu covil acessível pela cidade de Dunwall. O problema é que para lá chegar terá de lidar com gangs e com a polícia da cidade. E adivinhem quem está a cargo desta força policial? O próprio Corvo do jogo original.

Este DLC aproveita todas as novidades introduzidas no DLC anterior. Na verdade actua como uma segunda parte de The Knife of Dunwall. Por isso, todas as novidades de armas e poderes ou habilidades são idênticas. A principal diferença está nos mapas revisitados e nas facções com as Dead Eels, um violento Gang que Daud terá de lidar ou os guardas da prisão de Coldridge.

A cereja no topo do bolo é, não só o confronto com Corvo, como a infiltração na Mansão de Brigmore, encerrando a saga de Daud. Mas sem levantar nada do véu, digamos que achei que fica um pouco por explorar tanto a personagem Dalilah como a interacção com Corvo.

Apenas acho que esta história podia ser muito bem compilada numa só e não espremendo a laranja em dois DLC separados por meses. Quem os jogou deve ter ficado aborrecido com o facto de o pagar duas vezes e ainda ter um hiato de tempo pelo meio. Mas pronto, aqui está num pacote e não chateia tanto.

Void Walker’s Arsenal

Este DLC é apenas um add-on de armas, extras e pontos para Corvo na história principal. São ao todo quatro packs de bónus que estavam disponíveis apenas por pré-encomenda em sites como a Amazon ou Walmart e que a dada altura se tornaram disponíveis para compra como um extra. Não acrescenta nada de realmente novo ao jogo, apenas Charms para evolução de poderes, dinheiro para compra de armas e munições ou upgrades e alguns poderes extra.

Este DLC é apenas um extra, na realidade, permitindo apenas ter mais poderes e finanças para evoluir no enredo principal. É mais como um bónus que propriamente uma característica interessante desta edição GOTY. Mas não deixa de ser simpático.

Veredicto

Se já possuíam o jogo original, falharam em não adquirir estes DLC. Pelo menos “The Knife of Dunwall” e “The Brigmore Witches” são obrigatórios para quem gostou (e acabou) o jogo original. Gostei muito do valor que acrescentam ao jogo original. Como já disse, não concordo com a divisão ao meio da estória, mas como pacote e em conjunto com os outros dois DLC, a edição Game of the Year de Dishonored sai a ganhar. E se não compraram o jogo original, não devem perder esta. Vale a pena pelo valor e pela qualidade!

  • ProdutoraArkane Studios
  • EditoraBethesda Softworks
  • Lançamento10 de Outubro 2013
  • PlataformasPC, PS3, Xbox 360
  • Género
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Divisão do enredo em dois
  • City Trials deviam estar já no jogo e não DLC

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

Comentários