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Battlefield 3 : Back to Karkand

Na senda das empresas de videojogos de criarem fontes de rendimento extra, os DLC (DownLoadable Content) são cada vez mais chamarizes para pseudo-novidades em jogos que as produtoras desejam espremer até mais não. Felizmente, há excepções.

As expansões que a DICE e Electronic Arts lançam para os seus jogos da série Battlefield, são mais que meros novos mapas com mais do mesmo de cara lavada. Já aqui falámos da fantástica expansão “Vietnam” para o jogo Battlefield Bad Company 2 que era mais um mod que uma mera expansão.

Com Battlefield 3 a DICE e a EA voltaram a criar um DLC (o primeiro de muitos) que visa não só introduzir novidades na jogabilidade, como novos objectivos de carreira e um revisitar das raízes de Battlefield com mapas míticos dos jogos anteriores da série.

Back to Karkand é a primeira expansão para Battlefield 3 e além de quatro novos mapas, traz também dez novas armas, novos veículos, novos objectivos, novas abordagens de jogo e, claro, mais razões para jogar BF3.

Os Mapas

Como já dissemos os mapas são recriações dos mapas de Battlefield 2 revisitados com a tecnologia Frostbite 2. Cada mapa possui características únicas, sempre vastos como é apanágio de Battlefield mas com zonas claustrofóbicas que convidam ao combate próximo em ambiente urbano.

Strike at Karkand

Dá o nome ao pack, é um mapa urbano, bastante intenso com imensas ruelas e becos entre avenidas e largos e bastantes edifícios favoráveis a emboscadas. As zonas de objectivos são bem protegidas e requer bastante táctica para as alcançar. Com tanques e transportes blindados, não possui veículos aéreos…. e nem precisa. Em modo de objectivos consegue ser desafiante pela sua dimensão.

Gulf of Oman

Um mapa gigante na cidade de Oman. Introduz os novos aviões F-35 Joint Strike Fighter que possuem capacidades de descolagem e aterragem vertical. É o mapa com mais veículos que mistura combate em espaço aberto e guerra urbana. Destaque para as gruas e prédios onde um atirador furtivo pode fazer muitos estragos.

Wake Island

Um clássico no histórico de Battlefield, uma ilha em formato de ferradura que dá muitas dores de cabeça a quem ataca como a quem defende. Totalmente em campo aberto e repleto de veículos, Wake Island é um mapa de média dimensão feito para combate a média distância e onde os veículos aéreos tem primazia. Nos jogos de objectivos o ponto mais importante é a base aérea no centro do mapa. Intensíssimo e tende a correr muito depressa no auge do combate.

Sharqi Peninsula

Mais um mapa de guerra urbana. Mas este tem uma nuance. Além de todos os veículos estarem disponíveis, o combate no terreno é feito em ruas estreitas e com imensos edifícios para tiro furtivo. Um dos alvos principais é a torre da estação de televisão que proporciona um óptimo ponto de vantagem para domínio do mapa como serve de heliporto para um helicóptero de ataque.

Novas armas, novos veículos e novos desafios

Desde a fantástica FAMAS à compacta PP-19, as novas armas são mesmo grandes novidades em termos de jogabilidade. Mas para as alcançar terão de cumprir determinados desafios (“Assignments”), sendo esta a verdadeira novidade no aumento do arsenal de BF3. Por exemplo, para obterem a mítica G53 terão de fazer 10 reparações como Engenheiro e matar um adversário com o maçarico de reparação. Fácil? Então tentem ganhar a caçadeira automática MK3A1 em que é preciso matar 10 inimigos com PP-19, 5 inimigos com o Jeep DPV, 10 inimigos com o transporte anfíbio BTR-90 IFV, jogar 2 horas no mapa Sharqi Peninsula e outras 2 horas no Gulf of Oman. Parece difícil mas até nem é. Apenas exige dedicação e paciência. E acreditem que as novas armas são mesmo geniais.

Os novos veículos também são uma adição interessante. Já falámos no espetacular F-35 JSF um avião STOVL que permite descolar e aterrar na vertical e mesmo pairar no ar com toda a capacidade de um helicóptero mas com a agilidade de um avião. Mas também novos buggies fazem as delícias dos que gostam de fazer rally nas dunas de Oman ou atropelar os incautos nas ruas de Karkand. Também um novo veículo de transporte blindado ou APC está disponível com a característica de ser mais ágil que os demais APCs do jogo por possuir rodas em vez de lagartas.

Por fim são os novos modos de jogo dentro do modo Conquest. Como sabem, este modo de jogo é uma espécie de captura de bandeira e combate por zona. Com esta expansão é introduzido um novo modo Conquest Assault que funciona nos mesmos moldes mas com uma nuance. Uma equipa arranca o jogo com os objectivos conquistados defendendo os mesmos e a outra com nenhum objectivo mas mais tickets tem de os conquistar.  Este modo já existia em Battlefield 2 e foi devidamente reproduzido neste jogo mais recente e é uma adição muito bem vinda. Só temos pena que Conquest Assault seja metido na lista de Conquest normal sem opção de escolha. Devia ser um modo de jogo independente.

Por fim, há a simpática adição de novas Dogtags para os alegres possuidores desta expansão. Não é nada de especial mas são uma oferta, por isso…

Veredicto

Não é uma enorme novidade no já fantástico jogo da DICE, mas Back to Karkand proporciona mais uma boa quantidade de horas de jogo a Battlefield 3, nem que seja para alcançar as novas armas. Os novos mapas são, acima de tudo, homenagens à excelente linhagem de Battlefield e um presente para os fãs. Todos os possuidores da Limited Edition podem já descarregar este pacote nas três plataformas PC, PS3 e X360 sem qualquer custo. O que também são boas notícias! Mas todos os outros que tem a versão regular, se quiserem mais e melhor do mesmo que já gostam, vale a pena o investimento.

  • ProdutoraDICE
  • EditoraElectronic Arts
  • Lançamento13 de Dezembro 2011
  • PlataformasPC, PS3, Xbox 360
  • GéneroFPS
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Conquest Assault não é opcional
  • Algumas assignments são complexos demais
  • Novos veículos não são usados noutros mapas

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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