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Análise: The Witch and the Hundred Knight (PS3)

Este JRPG conta-nos a história do pequeno Hundred Knight invocado pela bruxa do pântano Metalia para se tornar no seu lacaio favorito, enquanto tudo à sua volta se transforma em terrenos alagados por um muco verde. A análise WASD a este RPG de acção importado do oriente para estes lados pela NIS America chega agora.

O Hundred Knight é um demónio lendário e com a sua ajuda Metalia espera conseguir alcançar os seus objectivos de domínio de todo o território, transformando tudo em pântanos e despachando quem se atravesse no seu caminho. Pelo menos nesse campo, The Witch and the Hundred Knight traz alguma originalidade colocando o jogador no papel de um lacaio da má da fita principal, uma perspectiva pouco comum no mundo dos jogos.

Infelizmente, Metalia é tão desprezível que chega a colocar o jogador desconfortável com o comando na mão enquanto a ajudamos em determinadas situações com conotações sexuais desnecessárias. Por exemplo, quando Metalia transforma a própria mãe num rato só para ser depois perseguida por um gangue de ratos excitados ou até mesmo uma cena sado-masoquista que não vos quero sequer aqui descrever. Esta bruxa é, como diria Manuel Moura dos Santos, uma enorme azeiteira, com um palavrão sempre debaixo da língua e com um temperamento de quem ferve em pouca água.

A mecânica principal de The Witch and the Hundred Knight circula em roda das Gcals, basicamente um cronómetro sempre a contar desde as 100 Gcals e que se vai gastando consoante as acções que vamos desempenhando, incluindo estar parado, até chegar a zero. Nesse momento somos expulsos do campo de batalha e temos de percorrer tudo de novo até chegar ao ponto onde estávamos. Felizmente podemos ir recuperando Gcals enquanto derrotamos inimigos e, ao longo do jogo, podemos ir direccionando pontos de bónus para melhorar os nossos Gcals. Mesmo assim, esta é uma mecânica frustrante que não beneficia em nada este JRPG e que nos faz perder tempo desnecessário.

Depois surge outra mecânica descabida: os raides a todos os edifícios do jogo. Cada edifício tem o seu grau de dificuldade e, de cada vez que accionamos a opção raid, inicia-se uma sequência muito à Looney Tunes em que as casas andam aos saltos enquanto as assaltamos pelos itens especiais que contêm no seu interior. Falta-me dizer que estas sequências animadas demoram vários segundos e normalmente somos obrigados a atacar todas as casas das várias aldeias. No mínimo, uma tarefa penosa em momentos onde simplesmente ficamos a olhar para o ecrã enquanto aguardamos pelo sucesso do Hundred Knight e o aumento do nosso mau karma com as populações que, depois, se repercute nos preços praticados nas lojas.

As armas que vamos apanhando ou comprando, consoante o seu tipo de dano (slash, blunt ou magic) podem ser dispostas em forma sequencial de acordo com as nossas combinações de ataque. Uma boa disposição pode permitir dar dano extra nos inimigos consoante as suas fraquezas. Graças a esta profundidade, os combates até são interessantes, com destaque para as lutas com bosses, com uma boa resposta do Hundred Knight aos comandos que introduzimos através do Dualshock 3.

Veredicto

A produtora de The Witch and the Hundred Knight tem enviado alguns excelentes jogos para a Europa. Infelizmente esta aventura de Metalia e do Hundred Knight não é uma delas, recorrendo a situações com conotações sexuais exageradas e desprezíveis para esconder as suas fraquezas. No final, como resultado só as expõe ainda mais. Este é um JRPG de acção hack ‘n’ slash apenas recomendado aos fãs mais fiéis da NIS, os outros podem encontrar, por exemplo, uma melhor alternativa em Ys: Memories of Celceta.

  • ProdutoraNippon Ichi Software
  • EditoraNIS America
  • Lançamento21 de Março 2014
  • PlataformasPS3
  • GéneroAcção, Role Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Metalia
  • Gcals que se traduzem na temporização do tempo de jogo em cada área
  • Raides a edifícios

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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