EvilWithin

Análise: The Evil Within

Pela mão de Shinji Mikami, a mente brilhante por trás do Resident Evil, chega-nos The Evil Within, um jogo que prometia voltar às raízes do género Survival Horror, desde que foi anunciado em 2013. Agora que chegámos ao fim desta jornada sobrenatural, podemos dizer que o prometido foi, de facto, concretizado e o género voltou à ribalta com muito mais sangue e mais terror. 

O portfólio de Shinji Mikami é vasto, trabalhou em jogos como Aladdin, Resident Evil, Devil May Cry, Okami, enfim dá para perceber que é um designer à vontade em vários géneros de jogos. Mas aquele que lhe proporcionou o salto para produtor foi o Resident Evil, considerado hoje como o principal jogo do género. Já existiam alguns jogos na época, é verdade, mas foi com o Resident Evil que o nome “Survival Horror” surgiu.
Portanto, chegar até nós um jogo de terror pela mesma mente desta bem sucedida série, só nos deixa com a expectativa lá no alto.

Em The Evil Within, assumimos o papel de Sebastian Castellanos, um conceituado detective de Krimson City, que tem como objectivo investigar uma série de homícidos macabros. Estes homícidios ocorreram numa clínica psiquiátrica conhecida como Beacon Mental Hospital, mas o jogo não se restringe apenas a este hospital e darão por vocês em densas florestas, vilas assombradas e salas com muitos utensílios para desventrar humanos.

O jogo usa os maiores clichés de filmes de terror: Pessoas desfiguradas, corpos suspensos (a pingar sangue) e até criaturas ao estilo de Silent Hill. Se entrar em mais detalhes, posso dizer que há orgãos expostos e criaturas desfiguradas que são capazes de provocar pesadelos aos mais sensíveis. No fundo o jogo oferece tudo a que um fã de terror tem direito.

Qualquer confronto com estas criaturas proporcionam momentos tensos e cheios de adrenalina. Principalmente, porque Sebastian não é um detective com superpoderes e enfrentar uma criatura com os punhos não é, de todo, boa ideia.
É necessário pensar antes de agir, prepararmo-nos antecipadamente e quando mais nada funciona, esconder do inimigo… Muitas vezes a minha opção principal.

O jogo empresta algumas mecânicas vistas em Residente Evil 4 e outras do conceituado The Last of Us, da Naughty Dog. Exemplos disso são o sistema de cover, o modo furtivo e os escassos recursos que precisamos para nos mantermos vivos.
Todos os cenários convidam a ser explorados, principalmente quando os recursos são tão limitados.
Longe vai o tempo em que Mikami nos deixava, generosamente, munições espalhadas pelos cenários.

Apesar de Sebastien não ser um super-herói, podem melhorar algumas habilidades, que vão desde o combate a aumentar o tamanho do inventário. Para melhorar estas habilidades, o detective terá de viajar através de um espelho que o leva para outra dimensão, que na verdade é o tal hospital macabro.
Com a ajuda de uma máquina cheia de agulhas e um gel especial, que pode ser encontrado em vários lugares, poderão melhorar as vossas habilidades.

Em termos de gráficos, The Evil Within não desilude. Dei por mim, varias vezes, a admirar todo o cenario em redor, principalmente em Krimson City. Contudo, nas cutscenes os gráficos conseguem ser piores do que durante acção que decorre o jogo. Não sei se é algum detalhe técnico, mas se a PlayStation 4 (versão analisada) é capaz de processar melhor enquanto jogamos, as cutscenes deviam ser igualmente boas.

O mais curioso é quando Sebastian entra numa sala cheia de sangue com corpos mutilados e não reage a nada daquilo… Ou está muito habituado a este tipo de casos ou então tem um caso muito grave de miopia.

Veredicto

The Evil Within lembra um pouco a série de filmes Saw, o que não recomendo a pessoas com estômago fraco. Há muito sangue pelo cenário, humanos desventrados, enfim já devem ter uma ideia.
Os ambientes são intensamente claustrofóbicos e dão sempre a sensação que estamos a ser perseguidos. Por fim, a história podia ter sido mais clara, mas não desilude e só nos deixa mais ansiosos para ver o seu progresso. Se gostam do genero, não podem perder The Evil Within, mas joguem de luz acesa.

  • ProdutoraTango Gameworks
  • EditoraBethesda Softworks
  • Lançamento14 de Outubro 2014
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroAcção
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Incoerência entre as cutscenes e os gráficos

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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