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Análise: The Crew- Calling All Units

Está na hora de voltarem a The Crew. Mas, ainda o têm? Estão dispostos a comprar uma nova expansão para este jogo? A Ubisoft acha que sim e lançou agora o DLC “Calling All Units” que adiciona a dinâmica das perseguições Policiais. Vamos lá vestir a farda.

Nesta epopeia da Ubisoft em tentar fazer esquecer a série Need For Speed, eis mais uma das características que fez muita gente jogar essa outra série da EA. As perseguições policiais, sejam como fugitivo ou agentes de autoridade, sempre fizeram parte do conceito dos jogos de corridas de rua ilegais. NFS: Hot Pursuit foi um marco intransponível para a série, dando-nos exactamente a mesma experiência que o novo DLC da Ubisoft nos quer oferecer. Mas não vamos já descartar “Calling All Units”, catalogando-o como um mero aproveitar de ideias de outro jogo. Vamos dar uma hipótese a esta expansão.

Quando entrarem no jogo novamente, depois deste DLC estar disponível, Zoe contacta-nos para entregar um determinado pacote. De forma bizarra, porém, deixamos de ser nós próprios e vamos… perseguir-nos para nos prender… hã? Sim, sem aviso prévio, de repente, passamos a jogar na perspectiva da agente Clara Washington, cujo objectivo é prender o protagonista do primeiro enredo. E Clara tem uma missão… muito clara (desculpem a piada): Travar e prender todos os aceleras das estradas Norte-Americanas que andem a transportar pacotes suspeitos. Depois dessa primeira missão, vamos buscar o nosso carro patrulha e entrar ao serviço.

Se esperam um grande enredo por detrás desta expansão, podem esquecer. E seria óptimo se assim fosse, quanto a mim. No fundo, esta expansão é só um conjunto de novas missões e uns quantos veículos pintados com cores de polícia e sinalização a condizer. Seria bom expandir a história da nova personagem, por exemplo. Talvez revelando um pouco do seu passado ou com algo mais substancial que a sua simples apresentação e entrega ao serviço. De qualquer modo, este é um jogo de condução e o que queremos não é propriamente seguir episódios de alguma novela. Assim sendo, passemos lá para a acção.

Começando pelo que não mudou, toda a condução está na mesma. O que é bom e mau ao mesmo tempo. Se gostavam da condução que The Crew ofereceu até hoje, há boas notícias, nada realmente foi alterado. Se nunca gostaram das físicas estranhas, detecções de colisão ambíguas ou efeitos de velocidade em curva surreais, não é agora que vão gostar. Acima de tudo, a única dinâmica realmente nova é a capacidade de enveredar por missões de correio (levar pacotes o mais rápido possível) como street racer ou ser um polícia no seu encalço. O sentido de urgência nestas novas missões é algo diferente que apenas termos um mero contra-relógio. Só que, infelizmente, pode não chegar para entusiasmar. Até porque o sistema de “take down” para a polícia não é o mais intuitivo.

Algumas mecânicas e lógicas novas prometem ajudar a melhorar um pouco a experiência. Agora é possível fazer algumas operações directamente no telefone, ao invés de ter de procurar uma oficia para o fazer. Reparar o veículo, por exemplo, é uma delas. Também já não terão de aguardar que as animações terminem depois de uma missão bem sucedida ou para pegar no veículo depois de um  upgrade de peças. Esta era uma situação muito reclamada desde o início, sobretudo em sessões com outros jogadores em que os mais impacientes saiam abruptamente. Também foi aumentado o nível máximo de progressão para 60, embora não pareçam haver grandes diferenças entre a qualidade das peças do nível 50.

Segundo a Ubisoft, com esta expansão também foram resolvidos alguns bugs e erros. Só que, infelizmente, continuamos a ter algumas questões nas colisões, veículos presos ou a sair disparados da estrada e até dois crashes simplesmente a mexer no menu. Não sei mesmo o que resolveram, confesso. Também não deve ajudar esta permanente insistência de manter este jogo 100% Online. Basta que os servidores da Uplay estejam com falhas e teremos problemas sérios a jogar. Durante a nossa análise, nos primeiros dias deste DLC, foi quase impossível jogar algumas sessões dado o tempo absurdo só para ligar aos servidores. E, sem esta ligação, não há jogo sequer.

Por fim, tenho de falar do seu preço. “Calling All Units” tem de ser comprado à parte do jogo original e passe de época. Ou seja, terão de comprar o jogo base “The Crew”, com ou sem o passe de época, cujo preço rondará os 29,99€ e esta expansão que vos custará 24,99€. Apesar de oferecer também a anterior expansão “Wild Run” sem mais custos, considero este um preço exagerado para uma expansão com apenas algumas novidades na IA, 12 missões, um novo level cap e um punhado de veículos. Alternativamente, podem comprar a nova edição Ultimate que, por 49,99€ vos dá o jogo base, mais o passe de época e esta expansão. Mesmo assim, alguns poderão não achar que este seja um bom negócio.

Veredicto

Quem gosta de jogos de condução, apaixona-se por um ou outro título e por ali fica. Há quem adore a lógica MMO deste jogo de condução e não o largue desde que foi lançado em 2014. Mas, The Crew nunca foi realmente consensual entre a crítica. Ao fim de dois anos, algumas falhas nem com esta expansão “Calling All Units” parecem corrigidas. E o que traz de novo é quase cosmético. A única novidade realmente interessante é a possibilidade de assumir o papel de um agente da polícia e estar no outro lado das corridas ilegais. No entanto, é sensato continuar a bater na mesma tecla dois anos depois? Eu até gostei de “Wild Run“, confesso. Achei que tinha dado um último fulgor ao jogo. Se calhar deu mesmo.

  • ProdutoraIvory Tower
  • EditoraUbisoft
  • Lançamento1 de Dezembro 2016
  • PlataformasPC, PS4, Xbox One
  • GéneroCondução
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Falhas do primeiro dia ainda lá estão
  • Pouca oferta para justificar o preço
  • Ainda está 100% online...

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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